Há poucos dias perguntaram-me novamente a razão pela qual
até agora, eu não criei um perfil e me aderi a uma das mais usadas redes
sociais do momento, aquelas que trabalham com a imediatice, onde quase que em tempo
real ou até em tempo real, você pode acompanhar a vida de outras pessoas, assim
como outras pessoas podem expor sua vida, nos mais impensados detalhes.
A pessoa respondeu por mim: Entendi, o problema é que você
tem um blog que substitui as citadas redes sociais. Simplesmente a Resposta está
Errada.
São propostas diferentes. O objetivo do meu blog não é viver
a vida dos outros, nem fazer com que os outros vivam a minha. Este não é um
mecanismo de exposição da minha imagem, com excesso de fotos e com preocupante
quantidade de selfies, cultuando de maneira doentia a própria imagem.
O blog pretende passar pensamentos, é uma abordagem mais
introspectiva e racionalizada. Não quero nem que os outros pensem como eu,
senão que saibam como penso e que se identifiquem ou não com as minhas ideias.
Não quero perturbar, nem importunar as pessoas com notícias
minhas e até criar estados de ansiedade e dependência. Quero que as pessoas me
procurem através do meu blog, quando quiserem, quando tiverem vontade e não
estarem obrigadas, sem perceberem que o estão, a saberem e acompanharem minha
vida, da mesma forma, em que eu não me veria obrigado, a mante-los informados.
Tenho muito para viver na minha vida e com os meus. Quero
que os outros sejam livres de viverem e enriquecerem suas vidas. Quando quero
saber dos outros, daqueles que me interessa realmente saber, entro em contato e
lhes pergunto, ou simplesmente lembro deles com alegria.
Só escrevo em prosa.
Se alguém gostar, rir, se incomodar ou tiver qualquer reação, não tem que
curtir ou não curtir.
Eu não sou poeta. Não conseguiria escrever um verso, quanto
mais uma poesia. Só um estúpido, poderia achar que eu tenho essa pretensão. Eu
só quero escrever, me expressar, compartilhar e ser avaliado por quem realmente
tenha alguma coisa a ver com o que escrevo. O resto, pode se sentir liberado,
isento da necessidade de saber o que passa pela minha cabeça.
Não escrevo para todos, mas escrevo para quem quiser ler.
Quem estiver afim de criticar pela arte de não tolerar. Quem
se incomodar com o que leu por albergar uma ou várias misérias humanas, certamente
estará malgastando o seu tempo, tendo muita coisa a fazer para emprega-lo de
uma maneira bem melhor: não me leia, não me procure, não se interesse por mim.
Agora, se você for do Bem, se estiver aberto a entender, a
receber, a deixar entrar uma mão que escreve para te ajudar e se ajudar a si
mesmo, continue lendo, que mesmo sem aparentemente eu saber de você, nem do
positivo da tua recepção, eu ficarei feliz e você também e quer saber como eu
ficarei sabendo? Por uma razão muito simples: ou porque me enviará um
reconfortante comentário, ou porque decidiu não enviar comentário algum, mas
principalmente, porque não tentará me incomodar e falo tentar, porque pessoas
más, não me atingem, a vida é tão rica que seria um crime se desarmar pela
pobreza de espírito dos que não sabem viver.
Quando se ama a vida, quando se têm muitos motivos para
querer viver, quando se ama e quando você é amado, correspondido, você é feliz
e por isso, eu sou muito feliz, pese a todo e pese a todos os que se empenham
em que não seja assim, mas os que querem a minha felicidade são os mesmos que
não querem a infelicidade dos outros. Somos tantos, somos muitos, somos mais.
Sempre ouvi dizer que se você desejar coisas ruins para os
outros, essas mesmas coisas podem se reverter e em dobro para você. Da mesma
maneira funcionaria ao contrário. Talvez esta seja a razão de todas as coisas
boas que têm acontecido comigo durante toda a vida. Você não precisa ser um
santo e nem uma alma caridosa para não desejar o Mal dos outros. Eu não sou
nenhuma das duas coisas e nunca desejei o mal de ninguém.
Vivam! Deixem viver aos outros! Fiquem menos pendentes da
vida alheia! Vão ser mais felizes.
Agora, se você quiser participar das redes sociais, se ficar pendente da
vida alheia, se viver a vida dos outros e não a tua, se expor a tua vida um
pouco ou até a saciedade, se a curiosidade, te fizerem feliz, quem sou eu para
te criticar? Por favor, continua fazendo aquilo que te reporta felicidade, sem
prejudicar a vida e a felicidade dos outros.
Mas, quem sabe um dia eu sucumba e entre nas redes sociais. Sei que também há coisas muito interessantes, postagens valiosas, que permitem se manter atualizados e que podem funcionar como um fórum, como um termômetro para avaliar questões gerais. O tempo falará por mim.