quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Refletindo (1)

Hoje falando com um dos tantos chefes que todos temos, constatei mais uma vez que este problema encoberto da discriminação, da xenofobia, do semitismo, do “panelismo” confundido propositalmente com equipe coesa, etc., estão latentes em todo quanto é canto, em maior ou menor proporção e desta situação não escapam nem os pálidos europeus, nem os amarelos asiáticos, nem os mestiços latinos, nem incrivelmente os países africanos.

Os anos, a experiência, os poucos cabelos brancos que tenho são suficientes para prever quando esta situação é iminente. O meu aguçado senso de auto-proteção, me fez avistar o presente, no passado quando o conheci.

Nunca faria parte dessa turma. Além de não ter o “porte” requerido, não tenho a capacidade de submissão e de me corromper com facilidade.

Não cumprir com o exigido, segundo você, para fazer parte da tua equipe, para mim não constitui um demérito, ao contrário me dignifica, é uma honra. Não gosto de vincular a minha imagem profissional com pessoas non gratas e unanimidades idiotas.

Desistir? NÃO.
Achar que fizemos alguma coisa errada ao virmos ao mundo? JAMAIS.
Ceder e abaixar a cabeça? NUNCA

Pese a todo o que aprendi, reconheço veementemente que não foi bom enquanto durou, foi simplesmente péssimo. Negligenciei pessoas valiosas e grandes conquistas. Deixei de me dedicar a assuntos e atividades que me proporcionavam prazer e crescimento como ser humano. O meu comprometimento me fez ficar obcecado por uma quimera. Ao final não obtive o reconhecimento que merecia. Não terei nem o prazer de ver e desfrutar dos resultados do meu esforço.

Enrolei-me numa macabra estupidece, num celeiro de nojentas experiências e pessoas, das quais ter me mantido longe, teria o mesmo preço do aumento salarial que recebi, nenhum. Pelo menos o dinheiro, alguma coisa teria compensado, mas a falta dele, daquele, me faz mais parecido com Lino, com o ideal e os valores que estas 04 letras, para mim representam.

Felicidade Total!!!! Hoje me sinto melhor. Sei que sou melhor. Sei que serei melhor.

Quê alívio! Já recuperei o meu sorriso, a minha tranqüilidade, a minha paz interior.

Sempre me propus com o meu proceder, afastar de mim o que não prestava, os que perdem o seu tempo com misérias, preconceitos, egos mal resolvidos e temporariamente tive que me policiar. Hoje não preciso mais. Sou feliz.

O slogan não seria: Vão ter que me engolir, porque este não é o meu propósito, senão: Vão ter que reconhecer.

Mais um com achômetro descompensado.

Ele se acha muito esperto, malandro, conhecedor, astuto, inteligente, articulador, estrategista, fodão, TDB.

A mentira tem perna curta e tua altura e o comprimento da tua perna não serão suficientes para impedir que a realidade seja desvendada.

Veremos quem que é o impostor, seu mentiroso de boca cheia.

Abre o olho seu jactancioso!

Já têm vários na tua cola e se pensa que está enganando alguém, o enganado está sendo você.

Seu babaca, você não engana ninguém.

domingo, 24 de outubro de 2010

Foto: Topo do Mundo. Serra da Moeda. Perto de Belo Horizonte.

Com certeza, este não é nem remotamente o lugar mais alto da região e muito menos do mundo, mas a sensação de espaço, de liberdade, de abrangência que se experimenta é inaudita.


Daqui, facilmente consigo enxergar o Pico de uma montanha, símbolo da mineração onde fiz o meu primeiro projeto em campo dentro do Brasil.

Lá eu conheci desde um “louco” que me proporcionou uma viagem estupenda, cheia de peripécias que culminou no Carnaval de Salvador, também na localidade da mineração (Itabirito) fiz entranháveis amigos, topei com um maluco enlouquecido e hipnotizado com a música de Bon Jovi, até que tive a sorte de conhecer a pessoa com o maior senso de justiça dos todos os seres com que já me relacionei na minha vida.

Anos mais tarde, numa estrada da sua querida Bahia, Deus decidiu que a sua missão na Terra, entre os mortais, teria chegado ao fim e o levou consigo para o descanso eterno. Ficou conosco uma extrema saudade (por momentos me parece escutá-lo) e uma infinita tristeza (obrigado Manu Chao).

sábado, 23 de outubro de 2010

Foto: Bruxelas. Bruggs. Bélgica.

Quando as pessoas viajam, geralmente procuram se informar, para saber quais são os lugares de interesse turísticos ou importantes da cidade, para visitá-los e se levar uma idéia do mais representativo do lugar.

Sempre digo que para mim, nenhuma experiência supera a de apreciar o comportamento da sua gente, o contato com elas (quando é possível), os costumes assim como as obras que simbolizam a região.

Num momento determinado nos perguntamos se alguém conhecia ou tinha ouvido falar de alguma coisa legal em Bruxelas e eu sabia do Atomium, mas para não entrar em detalhes e cansar com as explicações, comentei que era uma estrutura gigantesca cheia das bolas. Todos riram, mas ficou a curiosidade por conhecê-lo.

Eis aqui o lugar conhecido por alguns como o monumento ao átomo e por muitos outros como o monumento à molécula, mas com certeza se você se referir a esta obra como o monumento das bolas, todo o mundo saberá para onde você quer ir.


Aqui também tem esses comuns ônibus de dois andares para turista ver, ou seja, para os turistas apreciarem num city tour, os lugares mais significativos do centro da cidade.

Nesta cidade acontecem eventos interessantes ao ar livre, como o famoso carnaval de rua, que em nada parece com as nossas manifestações, é mais expressão corporal e evoluções do que sonoras, mas o povo capricha e fica muito feliz, participando dos diferentes blocos.

Há um famoso festival de Jazz, com praças ao ar livre, onde já se apresentaram os mais famosos expoentes desta manifestação artística no mundo. Curiosamente, há várias afamadas cantoras brasileiras, - ilustres desconhecidas no nosso país -, fabulosas intérpretes de jazz e de outros estilos, que já subiram nestes palcos e costumam ser em dias a atração mais esperada. Todos lembram sempre as memoráveis incursões de Bebel Gilberto, por exemplo. Ainda bem que esta maravilha de voz nos é familiar.



Este é o lugar mais famoso da cidade, o Manneken Pis Fountain, o Menino Mijão. Uma singular fonte com um bonequinho, disposta entre estreitas ruas, onde os turistas se esbarram constantemente. Aqui bater uma foto sem companhia não desejada, é quase uma proeza. Praticamente o consegui, aliás, eu não, senão o colega que bateu a foto.

Neste dia, como nos outros, esteve chovendo, fazia frio e lembro que atravessamos a rua e disputamos uma mesa num dos restaurantes da redondeza para comer o prato típico de turistas e jovens na Europa: um sanduba grego ou quando mais um kebab.




Esta foto foi tomada na praça central da linda cidade de Bruggs, mais para a parte setentrional do país e conhecida por muitos como a Veneza do Norte, que também poderia ser Amsterdã ou St Petersburg, ou até algumas cidades da Suécia ou da Noruega.

É um formigueiro de turistas para apreciar a beleza dos seus passeios pelos canais, onde sempre te mostram a menor janela do mundo, que foi colocada numa construção de há vários séculos, suas imponentes igrejas de vários estilos e denominações e não poderia faltar a avalanche de souvenirs explorando a qualidade ímpar do chocolate belga. Trouxe para os meus filhos e para minha esposa (mesmo estando de regime, não se conteve perante a tentação, cá entre nós, por que as mulheres sempre estão de regime?) e disseram que era realmente diferente e gostoso aquele que ainda é feito de maneira artesanal e que não conquistou o mundo todo.

Aqui não se fala muito francês e a língua é complicada. Isto me faz lembrar de uma popular frase de Mano Brown, num dos seus raps, ele faz referência a pessoas de povos distantes, neste caso ele disse: “Chinês e australiano, fala feio e mora longe”.

Gente: fazia muito frio, ventava fortemente, aquele passeio pelos canais por momentos tornava-se um suplício com aquelas águas esfumaçadas.

Se forem até a Bélgica, não deixem de dar um pulinho por esta cidade. Com certeza os belgas não te deixaram ir sem antes visitar este precioso lugar, que os enche de orgulho.

Fui embora do país e só fiquei com uma pequena decepção, ninguém sabia nada sobre Hercule Poirot.

Sobre Televisão (1)

Hoje acordei um pouco tarde, é Fim de semana, tomando Café, esperando para sair e ir até o aeroporto, já que a alegria viria por via aérea.

O aparelho de televisão estava ligado e passava o programa da Xuxa que nunca assisti e o controle remoto ficou longe de mim, não estava a fim de me levantar e a TV era só coadjuvante, mas lembrei do antigo programa que ela conduzia, onde havia uma simpática e bela Paquita Negra, que depois virou um chocolate que desandou e ficou conturbado, desvairado e mediático com traços de pagode, músculos, choros e carnaval.

No programa se apresentava uma daquelas orquestras infantis beneficentes e o que mais me chamou a atenção foi que tanto a agrupação como o coral tinham som de crianças e não eram uma comum imitação de adultos. Achei um selo muito bacana.

Se eu os pudesse ajudar, também o faria, mas eu estou mais para ser ajudado.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Artigo: "Negociando?"

Estamos negociando?

Quê nada!

Isso é leilão. Sim, Leilão de novo tipo. Ganha, quem se vende por menos.

Quando mais um jogo de cartas quase que marcadas.

https://www.webartigos.com/artigos/negociando/50100

Uma das mais lamentáveis situações que eu vejo, neste mundo de negociação entre empresas, é o despotismo praticado pelos usuários finais.

Cientes da importância que têm os negócios para os participantes, a necessidade de se ganhar pedidos, etc., durante o processo de escolha do fornecedor, tem lugar todo um sistema de pressões, no referente a esclarecimentos, cumprimento de prazos extremamente apertados, "pedidos" de redução de preços, quase que intimações, onde os fatores intriga, mistério, insinuação, tensão, estresse, enfeitam um almejado manjar.

Depois, a despeito de qualquer lógica imaginada, demoram o tempo que melhor entenderem para concluir o processo e num alarde da maior prepotência, não fornecem retorno aos excluídos sobre os dados do ganhador. 

Os processos se cancelam, se postergam, se adiam, e os interessados não são comunicados.

Questões como pedir para saber os motivos que sustentaram esta escolha ou a abertura do preço com que o ganhador concorreu, por exemplo, seriam elementos muito pueris na procura de alguma informação.

São tão segredos e sigilosos estes dados, que no primeiro encontro num bar, num coffe break de qualquer evento, ou num dos chamados happy hour, com um daqueles charlatães que têm o orgulho de sempre estar com a mais quente das informações, sendo um genuíno símbolo da maior discrição latina e masculina, te comenta o que você queria saber e com certeza vai além, passando muito mais do que estava precisando. É o início e a continuação de todo um vergonhoso processo especulativo.

Sempre que posso, nas minhas crônicas e artigos, faço um chamado ao: Respeito. Não custa respeitar. Amanhã as posições podem mudar e para quê esperar o amanhã?

Não é menos certo que os concorrentes têm que correr atrás dos seus negócios, mas em ocasiões, de tanto insistir e pesquisar, durante os contatos, somos objeto de humilhação no tratamento e só pelo fato da sensação de poder que sente o provável contratante, de reafirmar que ele está com aquilo que você deseja e precisa e por tanto é melhor se ater às regras ditadas por ele.

É evidente que quem está do outro lado da linha não ficou contente com a tua indagação, ou usando os benefícios do identificador de chamadas, pediu para outro funcionário atender a tua ligação e dizer que a pessoa procurada não se encontra e que só ela pode responder. Isto é um vexame.

Os mesmos recursos ou do mesmo modo que se as agenciam para disseminar as mudanças repentinas de escopo, os esclarecimentos, transferência de materiais, etc., poderiam agir na hora de comunicar a decisão final.

Os participantes têm os seus planos de estimativas, seus controles, seus empreendimentos para acompanhar - que não costumam ser poucos - um arsenal de problemas a resolver. Acredito que oferecer uma informação geral final sobre os resultados da concorrência, não faz mal a ninguém, não representa um custo significativo para o cliente.

É um sistema de cobranças perenes, onde se trabalha muitas vezes a cegas, mesmo que alguns arrogantes achem que sempre estão correndo pelas beiradas ou por dentro de tudo. Depois sofrem as decepções de ter que lidar com a perda. A derrota.

Simplesmente terrível é o caso em que quem negocia está bem distante de quem executa. Cada um defende o seu pedaço e o último na cadeia produtiva é quem terá que fazer magia para de adequar ao que foi vendido. Esta é a situação mais comum.

No caso de existir uma proximidade conceitual entre ambas as áreas, a de vendas e a de realização, a luta toma matizes trágicos, ao ver que os teus argumentos para o cliente não têm peso, que ele compra geralmente preço porque todos os finalistas conseguem atender ao especificado, cada um com suas peculiaridades e as suas soluções. A opção que você representa pode ser até melhor, mas a esta altura, para quem decide: isto e nada é a mesma coisa.

Depois exige e explora os malabarismos que fez o ganhador para atingir a desumana desvalorização do que foi comprado. O cliente está ciente da linha abusiva da negociação, mas se alguém entrar na dança, já terá que rebolar o suficiente para agradar e cumprir com o prometido.

E ainda por cima, temos que admitir que se esta negociando.

Meu conselho: Respire fundo e não peça licença para ir à luta.

sábado, 16 de outubro de 2010

Foto: Amsterdã. Holanda.

Para garantir o sucesso musical nas Américas, fundamentalmente na parte hispânica do continente, exige-se triunfar no Auditório Nacional de México, é uma porta de entrada para este complicado universo, que precisa de talento, carisma, e de um componente vital, que é a fama.

Para ter este aval na Europa, é tradição, é importante triunfar no teatro Carré de Amsterdã. Este foi o início de muitos legendários cantores, intérpretes e músicos em sentido geral. Cada apresentação é acompanhada por centenas de jornalistas e peritos no assunto que se encarregam de ditar os destinos da música.
O Museu de Van Gogh é imperdível. Nele, além das peças deste gênio, há singulares obras de outros artistas que não foram tão prolíferos nem famosos, mas que vale a pena apreciar e mais num espectro onde o foco de todo é o sexo, o prazer, a cosificação do ser humano, exposto em vitrines, que nem manequim de loja, animado e com preço a negociar, a bebida, a tolerância misturada com a intolerância, a luta contra o tráfico de drogas não despenalizadas e mais pesadas, contra a imigração ilegal fundamentalmente de africanos, do avanço das hordas de machos a procura do álcool proibido nos paises próximos, do desespero de turistas amarelos por ver o que esta representação de Sodoma e Gomorra lhes oferece. Mas não chega a ser deprimente como talvez os puritanos imaginariam que seria o Inferno.


Curiosidades:
-O paraíso das bicicletas, é impressionante a quantidade. Na área central da cidade não transitam veículos.
- O passeio pelos canais é reconfortante. Há muita curiosidade, casas e hotéis flutuantes, a pequena janela pela qual a menina judia Anne Frank via o mundo.
- Os diques e as obras feitas pelo homem para sobreviver abaixo do nível do mar.
- Os moinhos de vento.
- Os tradicionais tamancos.
- As coloridas e gigantescas flores.
- A Paz, a segurança, os seus parques com sua gente desinibida, falando uma língua da qual não dá para entender nada, ainda bem que com o inglês pode-se resolver qualquer problema..

Gostei, é bom para relaxar!

Sofrer não é Opção.

Estava lembrando uma popular e excelente música de um cantor e compositor cubano: Raúl Torres, que numa das partes da mesma disse: "não penso que sofrer, seja aquela opção, que deu-nos algum Deus para nos salvar".

Eu também acredito nestas palavras, só não entendo por que algumas religiões acodem à penitência, ao sofrimento, à histrionia com requintes de amargura, na hora de passarem as mensagens para os seus fieis.

Os momentos nas igrejas deveriam ser mais do que todo, de alívio.

É a casa do Senhor, mas Ele esta-nos recebendo, esta-nos protegendo. Aqui poderemos ser plenos. Aqui seremos felizes.

Às vezes, não sei se será pela edição que fazem destes programas na televisão. Eu não os assisto, mas inevitavelmente ao passar de um canal para outro, por momentos me detenho para ver alguma passagem, por me resultar curiosa e me transmitem uma dose de pesar, me afastam, mesmo que o resultado que obteve o alvo foi o desejado, positivo.

Quando eu sinto-me bem num lugar, acima de tudo sorrio. Se chorar é transbordando visível alegria ,mesmo que emocionado, mas não é essa a impressão que me passam estas pessoas.

Isto é só uma impressão.

Imagino que as pessoas não sejam tão masoquistas de freqüentarem um lugar, de virarem adeptos de uma tendência, de uma filosofia de vida, se é que realmente não lhes proporciona aquilo que procuram.

Não critico, não reclamo, não comento, nada sei.

Tenho dúvidas, mas não procuro respostas.

Eu conheço de doutrinas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Foto: Paris. França.

Aqui atrás, nesse estádio, Le Stade de France, o Brasil perdeu a Copa do 98, mas com certeza aquela seleção também ganhou muitas partidas. Como diria o poeta. O Sol tem Manchas, os ingratos só falam das manchas, os agradecidos falam da luz. Será que eu fiz bem ao comparar a aquela Seleção Brasileira com uma estrela como o Sol e não com uma Coleção de Estrelas como o foi aquela equipe?

Lembram do incidente com o Ronalducho. Não sou corinthiano, nem sou propenso a cultuar ídolos, mas pese a todos os escândalos nos quais se envolveu, muitos dos quais não são da incumbência de ninguém, dentro do gramado, ainda hoje mais maduro e “fofo”, impõe respeito, mesmo com aquele pescoço de caxumba e aquele seu avantajado diâmetro ventral.

Neste estádio assisti a vários jogos de futebol e outros eventos esportivos, que cá entre nós, mas bem pareciam concertos de música erudita. Não se vendem bebidas alcoólicas, tem que ocupar a poltrona que aparece no teu bilhete, é proibido fazer movimentos involuntários, gritar, levantar-se, nada que te faça sentir você e a multidão, senão o tempo tudo tem um contingente de guardas que te lembram que você faz parte de uma multidão homogênea.

Esqueci, podem fazer a original e criativa “onda” sempre que seja acompanhada pela maioria. Ah, também pode aplaudir.
Imaginem quanto ultraje e ofensa aos bem mal-educados brasileiros e de outras nações que não entendiam ou entendemos todas aquelas regras.

Sabe uma coisa: Adorei o estádio e todas as suas leis. Senti-me tranqüilo, seguro, sem chatos torcedores incomodando, em paz, quase que saía de lá, fazendo “biquinho”. KKKKK.



Ir a Paris e não ter uma original, singular e exclusiva foto do lado da Torre de Eiffel é quase que uma heresia e eu não sou pecador.

Bonitão eu, cheio de pose! Pareço um etcétera. KKKKK

Nunca cansei de ir até as proximidades e admirar a obra, de andar, de passear.

Acreditem se quiserem, fui nove vezes com a intenção de subir, mas só a última o consegui. Confesso, tenho pavor de altura. Cheguei ao topo, mas não sei se vi alguma coisa, se me deu tempo a enxergar alguma coisa. Eu subi.

Mas, esta não é ainda a minha Paris (lembram desta frase de um programa de viagens da TV aberta brasileira?).


Mais uma confissão. Se tiver que escolher entre velharias (cadê a tua cultura Lino?: Antiguidades) e modernidade, passaria um trator por cima do velho (Nossa Senhora! Até eu fiquei com medo da minha incultura, da minha agressividade. Não façam isso por favor, temos que preservar a história da humanidade, dos povos, prometo que nas minhas próximas postagens colocarei fotos em Ouro Preto, Paraty, com a Hebe (com todo respeito é só para zoar), etc., admirando estas belas paragens e com um merecido sorriso de paisagem.)

Ô, este espaço é meu e aqui eu escrevo o que eu quiser.

Também não é assim não, eu me importo com você que é meu seguidor e o meu leitor, te devo respeito, mas,,,,,,,,,, é a minha verdade.

Continue você apreciando-as por mim e por todos os incultos que habitamos no planeta.

Talvez em prol da modernidade, seja interessante trazer para o sul das Américas os Tigres Asiáticos e construirmos por aqui uma nova Cingapura, com suas rígidas leis, sua extrema limpeza, sem drogas, sem chiclete, sem guimbas de cigarro, ou uma mais tolerante kuala Lumpur.

Você gostaria de saber se as pessoas por lá são tão felizes quanto por aqui? Depois te conto.

Pensando bem, é melhor deixar eles por lá.

Mas o dia que foi apresentado a La Défense, senti como se tivesse descoberto Paris. Pareceu-me estar num daqueles colossais shows ou concertos de Jean Michel Jarre, com todos os seus efeitos visuais.

Para minha sorte depois fiquei um tempo considerável num hotel bem próximo, sendo esta a minha parada do Metrô e todos os dias saía para curtir os imensos espaços e a beleza inigualável do lugar.

Estes são os maravilhosos jardins do Castelo de Versailles.

Que cadê as fotos do Château?

Ah, ele está do outro lado.

Ele é lindo, gente!

Artigo: Os Limites da Exigência

Para os exigentes demais.

Para os intransigentes.

http://claudiiblog.blogspot.com/2010/11/os-limites-da-exigencia.html

Cuidado com exigir demais e sempre!
Cuidado com os excessos de “porém”!
Cuidado com a falta de medida!

Às vezes é recomendável simplesmente ficar no elogio, sem acrescentar mais nada, nem dicas, nem recomendações, porque senão o teu estilo de gerenciamento e de coaching pode chegar a incomodar mais do conveniente e isto pode se tornar um freio no relacionamento desejável a existir entre você e o seu instruído.

Você, meu querido Coach, nunca atingiu a perfeição, você não é perfeito no que faz.

O fato de ser ou ter sido melhor na função que outros agora desempenham, não implica em se colocar como advogado supremo. É bom e é inerente a pessoas inteligentes sabermos quando estamos beirando ou ultrapassando os limites do aceitável.

A nossa responsabilidade ao frente da organização ou de atividades específicas, nos ofusca e nos faz sentir a obrigação de zelar porque tudo funcione com a precisão e a harmonia dos antigos relógios de corda.

Este tipo de abordagem desmedida pode desanimar a quem sempre procura se superar, obtém um bom resultado, mas aquela voz, não perde tempo em apontar qualquer detalhe negativo, por mínimo e intranscendente que seja. Chega ao ponto de você se acostumar e a esperar sempre a segunda parte, porque a primeira é irrelevante.

Perde-se o respeito, perde-se a confiança, perde-se a vontade de compartilhar, perde-se o desejo de ser ajudado, de aprender.

Um excelente profissional esta-se desmoronando pelo vício das cobranças. Não passará muito tempo e este começará a pensar em mudar de área ou de empresa e neste caso, quem perderá, acreditem se quiser, não será o indivíduo pelo fato de se desvincular do tão afamado e capacitado instrutor. Ele sempre estará receptivo a novos conhecimentos e ensinamentos. Continuará crescendo. A empresa será a grande perdedora.

Tão importante quanto o bom treinador o é o bom discípulo.

Certa vez, após obter uma promoção de função e cargo bastante significativa dentro do ambiente organizacional, um colega além de me parabenizar, perguntou-me sobre qual seria o meu próximo passo, a minha próxima aspiração.

De cara não gostei da colocação. Parecia como uma evidência de algo que não queremos interiorizar às vezes e é que para crescermos e sentirmos satisfeitos, temos que subir degraus, caso contrário nada mudou, mesmo que resulte pesado saber que inconscientemente nos projetamos para a ascensão.

O conceito de crescimento horizontal, infelizmente ainda, nos nossos tempos, no nosso sistema, não atingiu a valorização, a remuneração e a consideração suficientes para se tornar o desejo mais comum, um fim.

Os descansos nestas escadas da vida servem como trégua na incessante luta por avançar, para respirarmos e analisarmos futuras estratégias de poupar fôlego, para continuar a subida. Os degraus devem ser pisados de maneira sólida, para constatar a firmeza da escada que estamos vencendo.

Depois de corrigir que sinceramente não era esta conquista o que realmente estava esperando, pese a reconhecer que tinha condições para desempenhar a função, mas que duvidava deste desenlace devido a fatores alheios a minha vontade durante o processo seletivo e aptidões. Mesmo assim não posso nem devo ocultar o regozijo pelo reconhecimento. Há algum tempo esperava que olhassem para mim, para ser descoberto e ao parecer, os olhares se voltaram na minha direção.

Deixei bem claro que eu estava inconformado pela minha antiga condição e posição, onde sabia muito bem o que não queria e acho que ter ciência disto é essencial e importante, mas, como muitos outros colegas, também desconhecia o que seria melhor para mim, porque não sabia o que podia ser ofertado. A propósito, isto acontece muito nas empresas. Fala-se bastante de planos de carreira e coisas do gênero, mas os funcionários não são informados de todas as possibilidades de crescimento e mobilidade dentro do grupo.

Afinal ele ficou surpreso com a minha resposta: “Eu por agora, simplesmente quero ser bom, aliás, muito bom, naquilo que acabei de tomar posse”, enfatizando na máxima de que é melhor dar um passo de cada vez, mesmo que alguns sejam mais curtos e outros mais cumpridos. Sonho em ser tão bom nisto que comecei agora, quanto o fui naquilo que felizmente hoje concluiu.

Falando de outro assunto interessante.

Qual o tempo suficiente e justo para começar a cobrar do novo eleito o que se espera de um expert na posição?

A resposta não se faz esperar, - “depende”- de muitos fatores:
- da necessidade de dar resposta rápida numa área que careceu da devida atenção.
- da necessidade de corrigir velhos problemas.
- do nível de exigência dos superiores.
- do que se esperava do profissional, sabendo o histórico do desempenho do mesmo.
- do poder do “e se”, ou seja, e se tivéssemos colocado ao outro candidato na função?
- do nível de organização dentro da organização.
- dos acertos na estruturação das funções.

Esta lista poderia ser interminável.

O teu nível de hierarquia, não significa em hipótese alguma que você sempre esteja certo. Aquele ditado de que Chefe nunca erra, é pura burrice e adulação. Erram sim e muito, por sinal, muito mais do que deveriam e gostariam e os maiores erros concentram-se fundamentalmente nos desacertos no gerenciamento das pessoas e procedimentos.

Chefe, chefão, professor, gerente, diretor, ou como se chame, respeite por cima de tudo. O respeito é uma via de mão dupla.

Espero que ninguém esteja confundindo minhas palavras com consentir, aceitar, admitir sem a menor das considerações. Os meus questionamentos estão muito longe desta filosofia. Não defendo a idéia de panos quentes, mas as mãos fortes e precisas não têm que ser necessariamente de ferro, para o negócio não desandar.

É ser conseqüente, corresponder ao momento, saber aplicar a dose indicada e precisa em cada oportunidade e circunstância, ser portador da sabedoria que não só os conhecimentos adquiridos te proporcionam, senão também as experiências resultantes da tua dedicação e do teu próprio comportamento.

Para conseguir objetivos, não é necessário abusar provocando distanciamentos. Para arriscar, precisa-se de união, de linguagem comum, de paz.

Ter noção dos esforços e da atitude do funcionário por conseguir tudo o exigido, nos engrandece, assim como analisar o cenário como um todo antes de julgar.

Toda obra humana pode ser aperfeiçoada, mas os humanos temos limites e você, mesmo que munido de uma porção um pouco até que um pouco além do admissível de sarcasmo e crueldade, também é humano.

Errar é humano. Procurar o erro nos outros, é relativamente fácil. Consertar os erros se colocando no lugar dos outros pode se tornar desumano.

A inversão de posições na hierarquia da vida é um fato que a diário vemos e conferimos. Outrora estagiários hoje em cargos de destaque e superiores ao teu. Funcionários que antigamente conduzíamos, agora têm plenitude de faculdade para ensinar a todos incluindo você.

Possuir o conhecimento, a capacidade é circunstancial, é relativo. Por mais vastos que sejam, estão sempre circunscritos a um contexto. Por outro lado o prestígio e a admiração podem ser eternos.

A exigência também tem fronteiras.

Na mesma proporção em que você vai se tornando um exigente desmedido e sem noção, nessa mesma medida, o teu brilho irá ficando mais opaco. As pessoas começarão te enxergar com outros olhares, procurarão falhas e como bem reza no ditado: “Quem procura: acha”. Todos temos as nossas telhas de vidro, sem considerar que para as telhas racharem, não têm que ser expressamente feitas de vidro.

Curiosamente, a gente só repara no acima tratado, quando se é vítima, quando se é platéia. Ao agirmos como atores e estarmos no palco, esta situação torna-se imperceptível.

A exigência como bandeira, como pedestal, como paladino, sim; mas honrando-a sempre.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Foto: Moscou. St. Petersburg. Rússia

Na Praça Vermelha de Moscou. Imponente, magnificente. Fui várias vezes com a intenção de ver ao Lênin embalsamado, mas sempre alguma outra coisa me desviava e andava e andava, até que um dia, quase quando estava prestes a partir, decidi fazer aquela fila enorme, sob uma temperatura de -17 graus Celsius e passei pelo momento solene de render o meu tributo a um pequeno grande homem, que se bem não acertou em muitas coisas, fundamentalmente por desconsiderar que toda obra humana leva impressa o selo dos humanos que a fabricam, não é menos certo que foi um ser humano bem intencionado e por isso vale o meu respeito, mas não acredito que isto lhe faça merecedor de idolatrias nem de prestar adoração eterna e infundada.

Estes procedimentos errados e impositivos fazem com que desborde a raiva dos homens como a vi desatar, durante uma visita que fiz a linda cidade de Tbilissi, a capital de Geórgia, uma das antigas repúblicas do chamado império soviético, onde as estatuas eram ultrajadas e derrubadas com muito ressentimento. Era a barbárie de volta. Cenas feias, dantescas e dolorosas que podiam ter sido evitadas, dando a cada coisa seu valor intrínseco e não irmos além do que são e representam Não impondo aos povos heróis estranhos, com os quais não se identificam.

Espero que o mundo gaste mais em construir monumentos aos valores, às idéias, ao bem-estar e deixe aos homens descansar em paz e que seja opção de cada quem, enaltecê-los em seu ambiente, da mesma maneira que colecionam a foto de um ídolo ou as vistas de uma paisagem.


A foto é um pouco velha, foi a parte que consegui salvar.
Nessa viagem, efetuada alguns anos após a conclusão dos meus estudos, tive a grande sorte de contar com a companhia do meu pai e poder lhe mostrar o país onde estudei, que me deu abrigo (talvez um pouco frio por causa do clima de Moscou) e que queira ou não queira contribuiu com a minha formação.
Este é o Museu Estadual Hermitage em Saint Petersburg, maravilhosa cidade, de imponentes castelos e construções em geral, muita água e muita história.
Este grandioso museu, impossível de apreciar em toda sua magnitude e plenitude. Parada obrigatória não só para quem gosta das artes, senão também para quem gosta do mais belo que a nossa espécie já produziu e consagrou.


A neve e eu, somos bem diferentes, mas nos demos bem. Como costumam dizer: Foi bom enquanto durou! Só isso.

Toda vez que lembro dos mais de 05 anos que passei em Moscou, naquela época capital da antiga União Soviética, estudando para me formar como engenheiro e obter o título de Master of Science, MSc in Economy, os que felizmente conquistei, vêm a minha cabeça milhares de lembranças, afortunadamente quase todas boas, pela qualidade da vida, o monte de boas pessoas que conheci de todos os cantos do mundo, das safadezas (ninguém é de ferro!), o elevado nível do ensino, das descobertas, de todas as experiências em sentido geral.

Tem uma música que para mim simboliza este período, ela foi famosa na interpretação de vários cantores, mas os que a conhecem devem ter como referência a Chris de Burgh:

Moonlight and vodka takes me away
Midnight in Moscow is lunchtime in L.A.
Ooh, Play boys, play.

Dias atrás procurei na internet músicas de uma excelente cantora daqueles tempos: Alla Pugachova e passaram por mim, tantos filmes que provavelmente poucas cinematecas conseguem suportar. Se puderem, procurem os vídeos, mesmo sem serem um exemplo de qualidade visual, nem criativa, constatarão a força interpretativa de: "Essa mulher que canta". Vale a pena!

Как тревожен этот путь. How disturbing is this way.

Eu nunca imaginei quão conturbado seria tudo depois.

Cheguei a essas terras com escassos 18 anos, deixando para atrás uma alegre e furtiva lágrima do meu país. Parti de navio, de cruzeiro e aos poucos o horizonte me avisava que estava na hora de pensar no presente e na minha responsabilidade e comprometimento com o futuro. Ao voltar estava próximo a cumprir os 24.

Uma época marcada pela veneração e as lembranças do finado cantor ronco e russo Vladímir Vysotsky.

Onde Berioska poderia significar muitas coisas, mas francamente era o sonho de consumo de toda uma população.

Um sistema para cuja instauração precisou-se de valiosos milhões de vida e que logo, trás a sucessão fugaz de 04 presidentes, um bom dia acordei, sem ter ouvido um tiro, mas com o sistema desfeito.

Lembro-me agora da música do grupo mineiro Pato Fu: "Será que isso é bom o ruim?". Simplesmente sei que aconteceu e que muito provavelmente, foi necessário. Quem sou eu? O meu amigo o Tempo, responderá por mim.
Sempre digo que para mim na vida todo transcorre em etapas e esta foi mais uma, tão importante como a atual e as vindouras, porque é destas que eu vivo, as passadas são só lembranças.

No meu modo de vida há várias máximas e uma delas é aproveitar ao máximo as oportunidades e os momentos, por se foram bons, não deixar que a nostalgia me derrube e se foram maus, ter a convicção de que não o farei nunca mais ou ao menos farei por me manter afastado daquilo que me lacerou.

Tirar experiência de tudo e de todos.

E aonde irão …?

Para onde foram...?

Eu sempre me despedi.

O Mal Desnecessário. (Maldito FÊ).

Dias atrás o anunciei e hoje já está aqui. O prometido já não é mais dívida. Não esqueçam de me avisar onde é que o "Felício" está, para nem chegar perto.

Tantas vezes pensei escrever sobre este assunto, mas me resultava tão deprimente, que toda vez que retomava a lembrança, ou seja , o motivo da inspiração, a antipatia me fazia adiar a crônica.

Realmente o que aparecerá escrito a seguir, nunca aconteceu, ao menos da maneira que está sendo narrado. É uma realidade recreada e com situações envolvendo personagens dissímis, agrupados todos sob a figura do “Felício”.

Maldito FÊ!

Assim que cheguei tropecei com um sujeitinho com um arrogante aspecto saxão, até que um pouco fenício, sim, aquele mesmo visual que caracteriza a muitos dos bem-sucedidos deste lado do mundo, que sente uma mórbida predileção por adorar estas aparências.

Bastou cruzarmos poucas palavras, para ter certeza, de que se a incompetência andava solta, estaria muito próxima de encontrar um excelente hospedeiro: o Felício.

Maldito FÊ!

Entre perguntas capciosas, olhares de desconfiança e incrédulos e outras asneiras do gênero, consegui conciliar a situação e tragar o amargo gole da obrigação, de ter que compartilhar momentos, com tão desagradável exemplar.

Às vezes, a importância do conteúdo compromete-se com a errada forma da apresentação do mesmo, aqui não foi diferente e durante o encontro primou a falta de correspondência entre estas duas categorias.

Há momentos em que as pessoas deveriam se tornar grandes, gigantes, enormes, mas pelo contrário ficam pequenas, minúsculas, insignificantes, quase desprezíveis. O Felício era tudo isto último, até que um pouco mais, ou melhor dito, um tanto menos do que isto.

Maldito FÊ!

Não perdia uma oportunidade para gabar-se dos seus ancestres europeus, como se fosse um verdadeiro troféu, até o ponto de ficar inconveniente, o que em se tratando do Felício, não era tão difícil, não era raridade. Pobre infeliz! O que deveria é agradecer todas as manhãs do mundo a esta bendita terra cosmopolita e hospitaleira, que acolheu seus queridos ascendentes, os que com certeza não vieram na melhor das condições, nem eram lords, nem da nobreza, e que mesmo assim com essa enorme carga de ingratidão, os valoriza e ainda por cima são capazes de ignorar e não reconhecer, que a ela, a estirpe brasileira devem tudo o que têm.

Maldito FÊ!

Lembro-me agora de um antigo colega, injustamente rotulado de intolerante e sem noção, que em certa ocasião, ante um sujeito de características e hábitos similares, fez um protesto mudo, quase calado e espetou ao ar: No meu caso a coisa é mais simples, minha mãe é da roça e o meu pai é um cara muito legal que nasceu nesta cidade, somos felizes e cultuamos nossos belos costumes, uma mistura do melhor que cada um aportou na união que selaram há mais de 40 anos. Há pouco tempo atrás, a família toda se juntou, para comemorar e foi tudo tão bom, que não vejo a hora de que outro evento similar aconteça.

Este, o meu colega, costumava ir mais longe no tema e “explicava” que os seus sobrenomes eram quase commodities, todos no país os têm, todos os aceitam com orgulho familiar, fazendo parte das legiões dos Santos e dos Silva.

Outra das “qualidades” do meu querido Felício: o cara era bebum.

Maldito FÊ!

Sempre ouvi dizer e para ser sincero, também o constatei, que o álcool servia como abre-pernas quando se deseja conquistar uma mulher, uma daquelas beldades que começa a ficar animada e alegre, entrando no clima, com aquele seu bumbum avantajado e provocando dizendo que um tapinha não dói e você fica por dentro pensando, que para doer pelo menos terá que levar um “Antônio Nunes”.

Hoje eu sei que o álcool também pode abrir as bocas e fazer com que se expulsem palavras presas que provocam bochorno, vergonha, capazes de deixar perplexo até quem acredita ter ouvido as piores aberrações.

Não posso dizer exatamente que ele fala, mais parece que late ou que cospe as palavras.

Surtos de soberbia e pirraça, não se justificam, não é o caminho para conseguir algo nesta vida, nem para resolver problemas, mesmo até existindo algum motivo aparente para tal postura.

Já passou da hora de saber administrar a própria raiva. Está bastante crescido: velho.

Maldito FÊ!

Para aqueles que são do “Mal” eu falo sempre que eu sou do “Pior”.

Isto é para você, para onde quer que os maus ventos tenham te levado. Desejo-te duas grandes coisas:
- Que mude! Ou ao menos que aprenda a se policiar.
- Que nunca mais te encontre.

Maldito sejas uma e um milhão de vezes FÊ!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Foto: Veneza. Itália.

Esta foto foi tomada no lado não turístico da ilha. Ainda bem que a vista é para o exterior. Os habitantes do lugar precisam se proteger da avalanche de turistas e dos altos preços que isto acompanha. Se algum dia visitar este legendário lugar e quiser economizar e ver como vive sua gente, procure se sair do roteiro turístico e com certeza o seu bolso agradecerá pelo que levar à boca.



Do lado de canal principal, o mais limpo de todos com saída / entrada direta do mar. É por aqui que navegam as famosas gôndolas fundamentalmente para turistas. Onde se conseguem ver as realizações dos sonhos de vários casais de fazerem um passeio pelos canais de Veneza e todo aquele romantismo que envolve. Será que eu sou tão pouco romântico que não consegui entender este misticismo?

A Praça de São Marcos (Piazza de San Marco). Não é tão grande como possa parecer para alguns, mas é bonita e aconchegante. É uma de manhã, outra de tarde e a noite muda novamente, só pelo matiz das coisas que nela acontecem. É famosa por vários eventos, o inesquecível show de Pink Floyds, porque quando a maré está alta, as águas do mar a invadem e outros de maior relevância histórica. Ela fica muita próxima ao cais por onde chegam os vaporettos carregados de estrangeiros ávidos por descobrir o mundo como era há tantos séculos atrás.

Logicamente eu não me hospedei na cidade, fiquei na localidade de Jesolo, no continente, numa praia do lado do Mar Adriático e todos os dias ia para Veneza.

Devo contar-lhes uma jocosa anedota relacionada com esta viagem. Estava morando e trabalhando em Paris e decidi junto com dois colegas brasileiros pagar uma excursão da Aliança Francesa, que costumam ser bem baratas e têm destinos às vezes inusuais ou incomuns.

Era um feriado prolongado e decidimos encarar esta viagem. A mesma seria em ônibus leito, onde a única semelhança com o que nós conhecemos por leitos é o nome, o resto dista muito de ser no referente a condições para dormir e conforto. As poltronas atingem um ângulo de inclinação muito próximo do nada, quase não reclinam. Surpreesivamente transformam-se num curioso esquema de beliches que quando chega a noite, o motorista pede para todos saírem e começa a montagem, de estreitas “camas” para duas pessoas e sem delimitações, ou seja, os pés de um dando na cara do outro e assim por diante, além de duras, fora de tomar em consideração o demorado do percurso, mesmo passando por lindos lugares entre eles o Mont Blanc, Milão, Genova, etc.

A guia era uma senhora idosa, uma “gracinha”! No Comments.

Quando chegamos ao nosso destino, depois de percorrer a ilha a pé, o que pode ser feito em pouco tempo, começamos a odisséia por achar uma outra via de retorno para Paris, porque ficamos traumatizados com aquele coletivo, tentamos de avião, de trem, de TGV, a qualquer preço e nada deu certo. Tivemos que pegar, dois dias depois, o trem para a cidade de Mestre onde majestosamente aguardava a nossa querida condução.

Foi um martírio e uma experiência única porque nunca a repetiria.

Meu amigo: O Tempo

Sou da opinião de que o Tempo cura todas as feridas,
e se por acaso alguma até agora não sarou,
é simplesmente, porque ainda não deu Tempo.

Foto: Região Norte do Brasil. Amapá. Macapá.

Macapá, capital do estado de Amapá.
No monumento à Linha do Equador.
Com um pé no hemisfério norte e outro no sul.
Esta mesma linha também divide o estádio principal de futebol da cidade e faz com que uma equipe jogue num lado do mundo e a outra, no outro lado do mundo, acontecendo o mesmo com as torcidas.
Pena que o lugar esteja no lamentável estado em que eu o vi, o mesmo criticável estado do aeroporto e o precário estado da cidade como um todo.
O Brasil que o sul e o sudeste não conhecem, nem imaginam que seja do jeito que é.

Produção Acadêmica: Gerenciamento de Projetos. Análise e Administração dos Riscos.

A versão original deste artigo foi publicada na Revista Intech América do Sul. Número 117, págs 32 - 37.

Uma versão modificada para internet, foi publicada no link que aparece a seguir:

http://www.administradores.com.br/producao-academica/gerenciamento-de-projetos-analise-e-administracao-dos-riscos/3432/

domingo, 10 de outubro de 2010

Pese aos Esclarecimentos.

Mesmo com todos os esclarecimentos que fiz, a série: “Não é para Ninguém. (X)”, trouxe-me mais dores da cabeça dos que havia calculado. Sobrou gente demais que nada entendeu ou entendeu mais do que devia ou era para entender.

Peço desculpas se alguém se sentiu lesado ou ferido na sua mais profunda sensibilidade.

Para a tranqüilidade destes, a mesma já faz parte do passado e não terá continuidade.

Para os que gostariam de continuar apreciando estas passagens, recomendo assistir alguns exemplares do cinema nacional. A propósito, recentemente foi lançado com bastante algaravia, um daqueles filmes-bombas brasileiros e eu sigo sem entender por que as pessoas pagam para ver aquilo que não gostariam de ver, presenciar e padecer.

Recomendo sim, porque ao tempo que estariam prestigiando as obras dos nossos conterrâneos, usufruiriam de uma pós-graduação no assunto a baixo custo e em condições de segurança se é que ainda restou alguma segurança nos shoppings, quando os assaltos que passam nas telas dos cinemas, saem de lá para a joalheria do lado da sala onde se está assistindo tranqüilamente ao filme.

Para patrícios e plebeus, os meus mais sinceros agradecimentos.

Falou, tá falado! Não se fala mais nisso. Nisso não se fala.

Ô Deus!

A Razão de Escrever.

Eu sou só um ser humano, que sempre quis se expandir, que sempre deu muita importância a se exprimir, a se expressar, a dividir e compartilhar seus pensamentos e afortunadamente teve a felicidade de viver numa era onde é possível, com um simples clicar, chegar muito longe, onde o infinito se torna alcançável, onde o impossível tem também o seu modo de virar realidade.

Escrever para mim, não me ocupa tempo, porque a escrita transcorre numa dimensão paralela ao meu tempo.

A inspiração, quase sempre parte de um fato real, que é recreado até o ponto de ser em ocasiões desvirtuado para não ferir susceptibilidades, para não atingir ninguém.

Não persigo a polêmica, procuro o raciocínio, chamo à reflexão.

Para os que gostam: meus agradecimentos. Fico muito feliz.

Para os que não gostam: espero que um dia gostem, mas nem da beleza das flores, todos conseguem gostar e não por isso as flores deixam de ser o que são.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Quando o Riso é Saúde

O riso é sinônimo de saúde.

Mesmo que na minha adolescência, quando tive a “____” idéia de entrar num colégio militar, onde os oficiais reprimiam o riso, segundo eles em excesso, por exemplo, nas formações (para ser sincero, era toda vez que eles queriam) e mal pronunciavam um provérbio com trocadilho em espanhol: “A risa es la sal de la vida y a quien se ríe mucho, se le sala la vida”, alguma coisa parecida com que o riso é o como o sal para a vida e quem muito ri, pode ter a vida “salgada” que traduzido seria, vida infeliz, com aziago, e continuando a traduzir para ajudar na interpretação e na conotação dos fatos, isto poderia significar ficar o fim de semana sem poder sair do internato, para visitar os pais e amigos, ou outros castigos de natureza diversa.

Para não entrarmos em detalhes, porque esta não é a essência desta minha postagem, pelo contrário, é quase que uma ode à alegria, devo dizer que no meu núcleo familiar existe uma grande tradição burlesca ou burlona, e a mesma tem como tronco ou espinha dorsal, ao meu pai.

A minha mãe não ficava para trás. No pouco tempo que Deus permitiu que estivesse fisicamente conosco, ríamos muito e fomos muito felizes.

O meu pai é um grande homem, mas não hesita, com todo o respeito e contida discrição, em rir de tudo e de todos, começando por ele mesmo. Ri de mim, da minha irmã e por ai, de toda a descendência. Graças a Deus, as ligações telefônicas entre nós transcorrem num ambiente de total descontração e gastamos muitos minutos rindo. As nossas conexões, quando estamos juntos acontecem num nexo de real telepatia, um simples olhar revela a cumplicidade e a causa do riso dissimulado e depois quando temos a liberdade e a ocasião, desatamos enormes gargalhadas, para o nosso alívio.

No caso dele: rir é saúde. Já passa dos 80 anos e parece um touro de forte e saudável. Que Deus lhe dê muita saúde ainda e me permita encontrá-lo sempre, pese a estarmos geograficamente muito longe.

Os meus filhos, incrivelmente também herdaram esta característica, desde o mais extrovertido até o que aparenta ser mais enclausurado em si mesmo, é só fachada. A minha esposa às vezes surpreende-se de ver os motivos aparentemente bobos que provocam nossos surtos de risos e mais quando o fazemos de nós mesmos.

Ver os meus filhos sorrir, é a confirmação da presença do sublime, do maravilhoso, da plenitude, da vida.

Dias atrás na escola deles organizaram uma curiosa atividade cultural, onde os pais podiam fazer apresentações artísticas, em dependência do talento de cada um e assim os colegas dos meninos poderiam saber e ver o desempenho dos próprios pais e dos outros alunos conhecidos, ao tempo que os filhos teriam motivos para se orgulhar das habilidades dos respectivos progenitores perante o coletivo.

Mas como nem sempre o que se planeja de um jeito surte os mesmos efeitos, o evento despertou inevitavelmente as brincadeiras entre os estudantes e teve alunos que pagaram reverendos micos.

Vou centrar o meu comentário num pai de um aluno que tem uma academia de dança contemporânea, progressiva e radical e este artista apresentou-se desbordando movimentos, gestos, contorções, caras e bocas, que as crianças e adolescentes não entenderam muito bem e com certeza não conseguiram em sua maioria, interiorizar a mensagem. Curiosamente os meus filhos acharam o cara: “massa”, mesmo sem entender o que ele estava fazendo, só porque foi lá e mandou ver do jeito que ele quis.

Tadinho do menino!. Nada a declarar. É a vida no colégio, antes e depois daqueles instantes de esplendor cego para o pai, mas para o filho: ….

Mas os meus príncipes latino-africanos são bem estruturados e cheios de atitude. Por serem filhos de estrangeiros, possuem sobrenomes um pouco diferenciados, nomes um tanto peculiares e os colegas observam com freqüência as conversas com os pais em outra língua. Isto além de atiçar a curiosidade, também é motivo para burlas, mas eles tiram de letra.

Eu fiz a proposta de aparecer um dia na escola, no recreio, no pátio e fazer uma apresentação de surpresa, bem esquisitona, cheia de elementos raros, com sons guturais e toda a raridade que eu pudesse incorporar. Em outras palavras: a Performance.

Na medida em que contava os detalhes, eu que estava dirigindo dentro de bairro, trazendo eles da escola, ria até doer o diafragma e eles me acompanhavam do mesmo jeito e me davam idéias para incorporar ao meu espetáculo.

A resposta deles não se fez esperar e foi bastante inesperada para mim: vai, faça e verá o mico que você vai pagar, porque os primeiros que vamos rir somos nós e dizer que você é debiloide. A gente não está nem ai para o que os outros digam. Vamos rir à beça.

Eles me desafiaram. E agora que é o que eu faço?