quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Refletindo (4)

Hoje, dando uma passada obrigatória pela internet, descubri uma frase, que talvez seja bem antiga e conhecida de muitas pessoas, mas para mim foi uma descoberta, aplicável a tantas pessoas que conheci e a outro tanto que pessoalmente nunca encontrei, mas de cujos procederes obtive a maior decepção.

"A luz é mais rápida que o som. Por isso há pessoas que brilham antes de abrirem a boca"

Algumas continuam irradiando, outras caem no eterno apagão.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Um dos meus amigos (6)


Os fatos que originaram esta crônica são bem recentes e como no caso das anteriores, também preservarei a identidade daquele que atiçou a minha inspiração.

Este meu amigo é recém saído de uma relação amorosa, que se alastrou por vários anos.

Durante todo este tempo, ele teve uma vida sexual ativa, mas sempre com a mesma namorada e estava acostumado com a dinâmica do ato sexual, que mesmo que digam e que algumas pessoas se esmerem em trazer coisas novas para o momento, o leque é finito e geralmente as ações são preconcebidas, pre-imaginadas e farto conhecidas.

Acabou, logicamente, de forma conturbada, a relação depois de tanto tempo e para variar a menina sentiu que perdeu todos estes anos, albergando uma ilusão, uma esperança.

O meu amigo estava no início, logo após a separação, um pouco - bastante abatido, mas com ajuda dos achegados, levantamos o ânimo (lembrem que o ânimo dos homens muitas vezes está situado entre as pernas) e ajudamos a que levantasse outras coisas também, como a auto-estima, a alegria, etc.

Pouco depois, acostumado com a proximidade feminina constante, se envolveu num novo relacionamento, com uma garota que teve um passado similar ao dele, ou seja, saída de um relacionamento longo e os dois começaram uma linda história de amor, com saídas para comer, passeios, cinemas, mas “daquilo” nada, até que surgiu o tema e combinaram um dia, após um determinado evento, para irem a um motel e ..”pimba”.

Ele estava apreensivo pela novidade, queria fazer o seu melhor, depois de tanto tempo acostumado com o B A BA, queria causar uma boa impressão. Estava imaginando se ela iria gostar dele sem roupas e coisas do gênero.

Bom. Chegaram a o lugar do “Crime” e tudo rolou muito bem. Ele gostou dela. Ficou meio impressionado com a exuberância das curvas, já que a ex era mais reta e a atual por sinal era bastante fogosa e isto o animou bem, até o ponto de elevá-lo até as nuvens.

Ela parece que gostou do que viu, não sei se foi do cumprimento o da grossura, mas me poupe destes detalhes, não fazem parte da minha preocupação, nem imaginação, mas em se falando de imaginação, ao parecer, ela gostava de alimentá-la e saberão por quê.

Há pessoas que mesmo se sentindo satisfeitas com o sexo com o parceiro ou parceira, estão acostumadas a se auto-satisfazerem e a nossa amiguinha era destas. O meu amigo foi até o frigobar e pegou uma garrafinha de água com gás e a colocou perto da cama, continuaram na brincadeira, que não eram mais preliminares e sim posliminares.

Num momento determinado ele precisou ir ao banheiro e a deixou sozinha na cama e ai ela deu rendas soltas à imaginação, começou a se masturbar e conseguiu finalizar antes do meu amigo retornar. Quando ele voltou, ela estava “desfalecida” na cama, extasiada e próximo dela havia muito líquido por cima dos lençóis.

O meu amigo, que teve poucas experiências com diferentes mulheres, desconhecia que algumas delas conseguem liberar, tanto ou mais fluido do que certos homens, como resultado da ejaculação, é uma dádiva que não muitas conseguem e na ingenuidade, ele comentou para ela que a garrafinha de água tinha se derramado.

Aquele foi um grande mico!

A relação não superou este encontro. Alguma coisa falhou, fundamentalmente, do lado dele. Acredito que agora ele quer só experimentar e se libertar daquela opressão que viveu durante anos.

Hoje liguei para ele e perguntei se tinha encontrado outras garrafinhas de água mineral, ou seja, esta era uma contra-senha entre nós para falarmos do tema de ter “arrumado” alguma coisa e respondeu que depois daquele caso, já teve “finalmente” com duas, mas que nestes casos não encontrou regadoras, senão que a irrigação ficou só pela parte dele.

Grande abraço meu caro jardineiro.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Desabafo no Desabafo

Recentemente recebi um e-mail do meu amigo "Coelhinho", que costuma enviar curiosidades que vasculha na net e achei interessante compartilhar esta em específico, mesmo sendo eu, um aliado da modernidade e dos avanços tecnológicos, mas há comportamentos, que valeria a pena ...

DESABAFO

"Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa, que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente. "

"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo.

Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas.

Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós.

Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.

Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.

Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra.

Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época.

Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas.

Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos.

E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

(Agora que voce já leu o desabafo, envie para os seus amigos, e especial para os que têm mais de 50 anos de idade.)

domingo, 2 de outubro de 2011

Havaneando

Ontem, 01/10/2011, o Butiquim da Carne organizou um evento singular para o espaço: a inauguração de uma exposição de fotos, do fotógrafo Hector Falcón Rodríguez.

Havaneando é o nome sugerido pelo autor. É um conceito, um olhar nostálgico, quase decadente, de uma cidade perdida num tempo velho, ou talvez saída de um velho tempo, a qual viveu dias de esplendor e hoje perpetua o passado, para assombro e admiração de muitos e também, para pesar de muitos.

Uma interessante, cuidadosa e sutil passagem pelas suas tradicionais ruas, mostrando ademais o melhor que elas têm: os seus moradores e visitantes.

Um presente com muito amor.

Por uns instantes, parecia que a alegria do momento estaria comprometida. Foi quando o meu amigo, o fotógrafo, aproximou-se e me confessou que teria sido muito bom, se a família dele estivesse presente, compartilhando com todos e junto a ele. Um ar de tristeza.

Este é um dos preços da emigração, mas para quem já teve que lidar com a saudade e virar mestre na arte de procurar saídas, aquilo foi uma inevitável fraqueza, que conseguiu resolver de maneira muito curiosa. Numa área da exposição, que bem que poderia se chamar de álbum de família, apareciam todos os seres queridos, aqueles que a distância e as leis impostas pelos humanos não conseguem ter por perto, sempre ou quando se quer e até aqueles que, infelizmente,  só podem ser vistos em imagens.

Havana: uma cidade onde até as esquinas são diferentes, de tudo o que alguém possa ter imaginado.

Com Havaneando me senti, como se estivesse caminhando, andando pela própria Havana, a cidade que me viu crescer, a cidade abandonada, a cidade que abandonei, porque nela também me senti abandonado.

Venha conhecer esta maravilha, vista e criada pela lente do fotógrafo, que morreu de dor com cada flash e que renasceu com a impressão, de cada uma das fotos.

Muito obrigado amigo. Sucesso em tua caminhada.