terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Três Marias.

O título desta postagem, poderia nos remeter ao nome de uma cidade mineira, à produtos comerciais, a um sem fim de coisas, mas a referência exata são as três Marias que encheram a minha vida de felicidade e fazem com que cada dia eu agradeça mais por estar vivo e conquistar um novo amanhecer.

A Maria, minha mãe, que me deu a vida, mas que infelizmente não conseguiu acompanhar meus dias por muito tempo, mas os anos que fisicamente estivemos juntos serviram para uma eternidade. Ela nunca partiu, sempre está do meu lado.

A Maria, a virgem, que demorei um pouco para entender da sua sublime existência. Antes não me era permitido.

E a Maria, minha esposa, para a qual tanto fiz, mas que nunca conseguiria retribuir o tanto que ela fez por mim, pese a todo. Aquela entrega. Aquele amor quase calado, afogado.

Palavras não teria para expressar e exprimir com exatidão os meus sentimentos, mas o Roberto Carlos e o Erasmo, se encarregaram de fazê-lo.

Desde que descobri esta canção, que foi cantada durante um daqueles inesquecíveis shows de Maria Bethânia, soube que essa era a nossa música.

É um reflexo do meu amor, do que sinto.

Você não sabe quanta coisa eu faria
Além do que já fiz
Você não sabe até onde eu chegaria
Pra te fazer feliz
Eu chegaria onde só chegam os pensamentos
Encontraria uma palavra que não existe
Pra te dizer nesse meu verso quase triste
Como é grande o meu amor

Você não sabe que os anseios do seu coração
São muito mais pra mim
Do que as razões que eu tenha pra dizer que não
E eu sempre digo sim

E ainda que a realidade me limite
A fantasia dos meus sonhos me permite
Que eu faça mais do que as loucuras que já fiz
Pra te fazer feliz
Você só sabe
Que eu te amo tanto
Mas na verdade meu amor 
Não sabe o quanto

E se soubesse
Iria compreender
Razões que só
Quem ama assim pode entender

Você não sabe quanta coisa eu faria
Por um sorriso seu
Você não sabe até onde chegaria
Amor igual ao meu

Mas se preciso for, eu faço muito mais
Mesmo que eu sofra ainda assim eu sou capaz
De muito mais do que as loucuras que já fiz
Pra te fazer feliz

Mas se preciso for, eu faço muito mais
Mesmo que eu sofra ainda assim eu sou capaz
De muito mais do que as loucuras que já fiz
Pra te fazer feliz.

DE CORAÇÃO.

PARA VOCÊ.

https://www.youtube.com/watch?v=Iew0qbFHcdo

Você sabe de quem estou falando?

Esta é uma homenagem a uma artista em toda a extensão da palavra, mas acima de tudo, esta postagem é uma dedicatória a uma amiga. Eu escrevi, como se eu fosse você. Me coloquei no seu lugar. Espero ter conseguido. Conheço da tua paixão, da tua quase devoção.

Nos shows, raramente ela fala com o público. Ela fala o tempo tudo consigo mesma, com seus poemas, que ainda sem tê-los gerado, os adota como a mais divina das mães.

Ela não se dirige especificamente a ninguém, mas todos abandonamos a sala como se ela tivesse cantado exclusivamente, para cada um dos presentes.

É íntima e distante. Próxima e inatingível.

É frágil. É feroz. É forte. É delicada.

Tudo nela é peculiar, desde o pezinho de uma etérea bailarina, até o langor das mãos, dos seus finos dedos, chegando até uma exuberante caveleira, capaz de incorporar as mais inimagináveis gamas de cores.

Ela não fala para ninguém, mas tem o dom de se comunicar com todos.

Se corre, suamos e ofegamos com ela.

Se grita, nos exaltamos com ela.

Se sofre, podemos até chorar por ela.

Que é uma excelente cantora, já foi dito inúmeras vezes.

Que é uma extraordinária intérprete, já foi apontado infinitas vezes.

Mas o que mais me impresiona, é a maneira singular que ela e só ela tem, de dizer as coisas, desde as mais simples belas frases até as mais complexas melodias.

Ela já tocou, melhor dito encostou na minha mão e confesso que me senti temporariamente, abençoado. Possuído pelo feitiço da fada.

Ela não é uma mulher, não é uma mulher que canta, é quase uma divinidade no palco. É praticamente, uma entidade para a platéia, que a venera e a qual ela sempre honra.

É a rainha imortal de todas as colmeias, capaz de atender a todas as operárias e a todos os zangões.

Ela também é plural. São muitas e é única.

Longa vida para você! Que pese a toda esta metáfora, é tão real, tão verdadeira, tão humana como todos nós e um dia pode nos deixar, partir para o firmamento, deixar uma interminável estela de saudades e um incomparável poço de nostalgias.


Apareça mais por aqui, por favor!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Ghandi

Recentemente, recebi de um bom amigo, um famoso diálogo atribuído a Mahatma Ghandi, da época em que ele estudava Direito no College London em 1888, respondendo com DIGNIDADE e ORGULHO SADIO às provocações de um arrogante professor, chamado Peters alguma coisa.

Depois reparei que esse mesmo texto tem sido reproduzido em inúmeros blogs pelo mundo. Os brasileiros também ecoaram estas palavras.

É ótimo, quando os recursos virtuais ficam em função de disseminar o bem. Não obstante, que infelizmente muitas pessoas já encontraram desgraças e infelicidades  nas redes, ainda acredito que a balança esteja a favor do bom uso, como por exemplo, estreitar as relações, diminuir as saudades e elevar os conhecimentos.

Se certamente, estas palavras foram ditas pelo pensador, só lamento o fato de ter demorado em conhecê-las, agradecendo a este, meu bom amigo, por me oferecer as mesmas, talvez porque viu algum grau de íntima identidade entre o que estava escrito e o meu proceder.

Sem temor a errar, reconheço que a MORAL da história, não é mais que um reflexo da minha caminhada: Semeie a Paz, Amor, Compreensão. Mas trate com FIRMEZA quem te trata com DESPREZO, REJEIÇÃO, INDIFERENÇA, MALDADE e mais quando não há reais razões para isso. Raramente as haverá. Ser Gentil não é ser Capacho, nem Saco de Pancadas. Viver com DIGNIDADE faz muito bem. Eu sei disso. Tenho muito orgulho do que sou. Eu continuo. Eu ando. Eu progrido. Eu erro. Eu acerto. Eu conserto. Eu avanço. E o mais importante é que sei para onde: para o futuro, Acredito nele. Acredito no presente, como acreditei no passado.

Esta é a anedota:

Para o professor, que presumivelmente, não gostava do Gandhi (quem sabe por quais motivos? Ainda que para quem conhece um pouco da história da humanidade, das relações entre indianos e ingleses, acredito que não terá muitas dificuldades para achar uma resposta), o pensador nunca baixou a sua cabeça e foram vários os encontros entre eles, os quais muitas vezes eram tensos e até por vezes depressivos.

Um dia o professor estava se alimentando no refeitório da universidade e casualmente Gandhi (aluno na época) sentou-se à mesma mesa com ele.  Então, o mestre como não teria ficado satisfeito com a coincidência e talvez querendo menosprezá-lo apresentou a seguinte indagação:

O professor disse-lhe em tom de deboche:
Senhor Gandhi, você não sabe que um porco e um pássaro não comem juntos?  - Ao que o Ghandi respondeu: Ok. querido Professor,  já vou voando… - e mudou-se de mesa no mesmo instante ....

O professor ficou aborrecido, e resolveu vingar-se no exame seguinte, mas o aluno respondeu brilhantemente a todas as perguntas formuladas, pois como se sabe, ele era um excelente aluno.

Então, o professor resolveu fazer mais uma pergunta: Senhor Gandhi,  meu querido  e brilhante aluno, vou fazer-lhe outra pergunta: - Caso você estivesse transitando por uma rua e o senhor encontrasse  uma bolsa, e abrindo-a, encontrasse duas coisas: a sabedoria e muito dinheiro .... - Se pudesse escolher entre eles, com qual ficaria? 
- Claro que ficaria com o dinheiro! ... professor ...
- Ah!... pois, eu no seu lugar ficaria com a sabedoria!…
- Tem razão professor, cada um fica com o que não tem!...

O professor furioso com tudo isso escreveu na sua prova “Idiota” e entregou-a.
- Gandhi recebeu  a  prova e sentou-se, e alguns minutos depois  foi ter uma conversa com o professor e disse-lhe:
- Professor! ... O Senhor assinou a prova, mas não pôs a nota…