quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma DR Singular.

Esclarecimento ao Leitores.

Inicialmente o conteúdo desta postagem correspondia a um sketch, uma espécie de diálogo entre um casal, querendo discutir a relação, ou seja, a chamada DR.

Mas, um ator amigo meu, pediu-me um pequeno texto para fazer uma audição e que lhe permitisse manifestar os seus recursos e possibilidades histriônicas.

Pensei e adaptei o que era uma conversa presencial, para um monólogo ambientado em qualquer escritório ou serviço em geral, após receber uma ligação inesperada da companheira.

Sempre tenho muito receio em postar este tipo de textos com uma linguagem que sem deixar de ser coloquial e rotineira, é de baixo nível e não usual para a grande maioria das pessoas. Mas, estes conterrâneos existem e aqui lhes vai mais uma produção de baixo calão, que cumpriu o seu objetivo e o ator ficou muito entusiasmado com o presente.

Reitero-lhes, por favor, separem minha pessoa do que está escrito, são só surtos de inspiração.

Grato.


Alô!

Que surpresa! Tudo bem?

Aconteceu alguma coisa meu Bem? Você nunca me liga neste horário.

Tava com saudades?

Ah não! O quê foi então.

Está querendo discutir a relação?

Eu sabia. Há vários dias que tôu te sentindo arredia, distante, estranha, esquisitona. E tu não és assim não. Te conheço!

Quê foi?

Hum! Deu merda. Eu sei por onde tu vens. Eu sei o que isso significa.

Que está gostando de outro? Ah. Tá querendo dar para os outros!

Não estou te entendendo. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Cê tá trocando as bolas ou tá com um parafuso a menos?

Daonde você tirou isso. O negócio não é por ai não!

Imagina se toda vez que você estiver a fim de dar para um cara, vai encerrar um relacionamento. Aonde vai chegar? Vai ficar que nem aquelas famosas naquele troca-troca o tempo tudo. É burrice, custa dinheiro e é assunto que não acaba nunca.

O quê que é isso meu. Daonde tu sacou isso. Isso não existe meu. Assim não dá!

O querer dar ou comer uma pessoa é muito passageiro, temporário. Isso dura um tempinho e depois, começar de novo? Isso é para os outros, coisa de gente lerda e tola, que não saca, viu?.

Tá louca.!

Não é assim não. Se você quiser descabelar um palhaço por ai, isso não significa que tem que terminar comigo. O assunto nosso é outro. É amor, afinidade, cumplicidade, compreensão e agora também vadiagem.

Se começar a trocar de namorado todo dia, vai ficar mal falada. Tem que fazer o que faz todo o mundo, costurar, ir pelas beiradas, esconder o lixinho por baixo do tapete e depois a gente aparece por ai como o Casal 20.

É um saco essa logística toda, de ter que mudar de casa, arrumar outro lugar para morar, se acostumar com outro bafo de manhã, outras chatices. De jeito nenhum. Sem chance! Não vingou não, ta!

É simples, você vai e faz, que eu também faço os meus trabalhinhos que eu chamo de atendimentos e assim ninguém fica entediado. Quem sabe o cara topa e a gente faz uma festinha coletiva. Talvez ele tenha uma ficante, alguma amiguinha que quer se juntar a nós e é nós na fita!

Comigo não tem tempo ruim. O que entrar na cama é lucro. O importante é ser feliz. Lembra o que falou a senadora: Relaxa e goza!

Então, Vê se dá um jeito nesses pensamentos, fala com o carinha ai e depois me comenta. Eu sei que coisa boa vai dar.

De qualquer forma, hoje a noite, a gente vai dar um trato na Jiripoca para que ela consiga piar bastante e o cara fique animado e veja que o meu material não é de se jogar fora.

Eu também tenho umas coleguinhas que vou te apresentar e quem sabe a gente faz maravilhas, faz milagres.

Não tem grilo não. Ficamos numa boa, todo o mundo feliz e contente. Curtindo a vida com safadeza e não deixando a peteca cair que é o mais importante.

Esquece esse negócio de paixão, que isso passa e depois, volta para o mesmo lugar.

Bom meu Bem. Te vejo a noite.

Beijão.

Caraca!

Era só o que faltava.

Vir para cima de mim com esse papo de honestidade, fidelidade.? Eu é!

Ninguém merece!

Eu sou safado de carteirinha.

Muita calma nessa hora minha filha. Fica tranqüila que agora é que o bicho vai pegar. O negócio ficou bom mesmo, do jeito que o diabo gosta. Vai bombar na minha horta.

Fora com as preocupações. Ter que estar-se escondendo. Nunca mais.

Era tudo o que eu queria. Demorô!

sábado, 20 de novembro de 2010

Artigo: Santo de Casa.

Como era bom o meu ...

Qualquer tempo passado foi ...

O que vem de fora sempre é ...

Carregamos a contradição de nos parecer que: o que não temos é ...

E por essa razão, Santo de Casa, Não...

http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao=15064 

Constantemente, os funcionários pronunciam-se a favor da iniciativa da escolha, para ocupar as diferentes vagas promocionais dentro da organização, partindo de processos e critérios de seleção interna, questão que acredito seja muito justa e necessária, mas em comparação com outras situações, caso for eleito um colega para ocupar a vaga em disputa, as exigências adquirem um outro matiz, às vezes dramático, chegando ao ponto de sermos extremistas.

Para o recém promovido nada é perdoável. Haverá sempre quem achará que ainda não está preparado, nem muito menos pronto para desempenhar a função. O coletivo vai demorar bastante em enxergar a este funcionário como o ocupante de uma outra posição, começará toda uma seqüência de atos mesquinhos, por parte de alguns membros, como por exemplo, a negativa de ajudar, colaborar e facilitar a vida e o trabalho de quem agora está assumindo uma nova função.

Começamos a exigir deste antigo colega que outrora estava num outro nível, atitudes e avanços para os quais nem o tempo nem a experiência ainda foram suficientes. Ninguém nasce sabendo, temos que calcular o tempo razoavelmente suficiente, para podermos entrar em questionamentos.

Se pelo contrário, o novo chefe for importado, colocado e apresentado com credenciais de papel, antes de demonstrar incerteza e incredulidade, geralmente o pessoal assume uma postura de aceitação ou até de aproximação, ou seja, uma mistura de curiosidade, com costume e com resignação, sem saber se realmente esta pessoa tem mais condições e méritos do que os mais prováveis ocupantes do cargo, internamente falando.

Outra questão: dentro das empresas estabelece-se uma escalação que mais do que todo está na cabeça dos colaboradores, onde os mais velhos têm mais direitos a ocupar melhores posições. Até que visto de maneira plana deveria ser assim, mas se posteriormente se incorporar ao grupo uma pessoa com qualidades e diferenciais além dos que apresentavam os mais antigos no coletivo, o fato deste último ser promovido, não deve ser visto como desrespeito, nem usurpação de lugares. 

A história dos profissionais contempla em boa medida a passagem pela organização atual, mas ele vem acompanhado de um acervo que pode ser tão ou mais convincente para ocupar posições gerenciais e superiores, dos que levam mais tempo dentro da empresa. E se ele tivesse vindo de fora e o tivessem colocado como o teu chefe? Qual seria a tua reação?

A condição e os critérios para definir o grau de merecimento da promoção, não pode ser vista como uma simples operação matemática de tempo na empresa, etc., é todo um conjunto de fatores que determinam a decisão a tomar, inclusive o tempo de casa.

Sempre chegamos à conclusão de que: O Santo de Casa Não faz Milagre. 

E é lógico. Em primeiro lugar porque ele não é santo, é um mortal tão semelhante quanto os outros, ao qual se podem atribuir virtudes e defeitos e por outro lado, ninguém está aqui para fazer milagres, senão para tentar gerenciar e articular todos os fatores, poder atingir as metas e os resultados esperados, seguindo sempre as regras estabelecidas e considerando o capital humano, como sua maior riqueza.

As pessoas esquecem que na situação atual daquele que está sendo bombardeado por todos os cantos, pela avalanche de novas informações, novas obrigações, novas responsabilidades e acima disto tudo, pela negativa de colaborar, pelos rumores, pelas adversidades e as reações negativas constantes, hoje se encontra um ser alheio, um estranho, amanhã pode ser você.

Mesmo sem pretender ser assim e até de maneira inconsciente, sempre achamos que quem vem de fora é melhor ou mais idôneo, não temos muitas interrogantes iniciais e por outro lado, nos custa entender que dentro do grupo há pessoas com capacidades suficientes para desempenharem funções de maior responsabilidade e a frente de nós mesmos, ajudando a guiarem nossos destinos, o nosso trabalho.

São circunstâncias muito contraditórias, quando o temos, não o queremos e apreciamos como deveria ser e quando não se aplica, começa a luta e as inconformidades, pela forma em que foram conduzidos os processos seletivos.

No lugar de ficarmos comentando nos corredores, somando-nos aos comentários mal havidos e infundados, o melhor seria darmos um voto de confiança e depois de um tempo considerável, julgar a situação. 

Entender que a missão dele é pelo bem de todos e que o menos que podemos fazer é agregar e entrar nesta obra que é conjunta, que precisa de mim, dele, de todos e fundamentalmente de você, que cisma e insiste em ser do contra.

Em hipótese alguma estou fazendo referência aos casos em que o promovido foi o resultado de puxa-saquismo, adulação ou até os chamados testes de sofá, seguidos de toda uma carga moral (amoral) que desrespeita ao coletivo. 

Nestes casos, se você tem realmente coragem, expresse a sua opinião de maneira clara e aberta, sem medos, que se estiver bem fundamentado e em dependência do teu prestígio, os teus colegas te apoiarão, te seguirão e então, aquele que cometeu o erro ou a ousadia, de impor a quem acharia que ninguém teria a valentia de contradizer, começará a se medir e respeitar mais ao grupo. 

Quem não se faz merecedor de respeito, quem não se dá a respeitar, dificilmente alguém o respeite um dia. E este “quem” também pode ser o coletivo, o grupo, a organização.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Foto: Santiago de Chile

Santiago, cidade sitiada por cordilheiras, um gigantesco e plano vale onde o vento não circula e a luta contra a poluição ambiental, mas do que uma mera prática para salvar o planeta é uma obrigação para continuar vivendo.


Com suas Grandes Alamedas que poderiam resultar pequenas para quem já viu outros passeios colossais e descomunais. Mas este tem o seu singular encanto, talvez o maior deles seja a tranqüilidade, que nem o intenso trânsito lateral consegue abalar.

No caminho: "El Palacio de La Moneda", com sua carga de fatos e acontecimentos que o tempo não consegue apagar e também não consegue acertar as respostas sobre o que aconteceu com Salvador Allende neste lugar. Não foi suicídio, não foi fuzilamento, simplesmente a resposta possível de ouvir é um termo tão ambíguo quanto explícito: “Ele se auto-eliminou”, ou seja, nada e tudo dito.

Uma cidade que cresce e se desenvolve. Sempre que a visito conheço novos lugares e me parece distinta.

Curiosamente a avenida que nos leva do aeroporto internacional até a cidade, foi construída por baixo do curso do rio Mapuche em forma de túnel. Uma engenhosidade e uma solução urbanística interessante quanto as árvores que predominam na cidade para combater o excesso de CO2, assim como a inversão da circulação das principais radiais na hora do rush.

A vida noturna é intensa, animada.

É um paraíso para comer frutos do mar, no Mercado Central, a gente se perde na quantidade de excelentes ofertas.


Os brasileiros se auto-catalogam como um povo apaixonado por carros e futebol. Acho que o endereço certo desta descrição são os chilenos.

É a porta de entrada de carros importados ao continente. É um grande laboratório para ver a aceitação dos mesmos na região.

Vi as famosas casinhas branquinhas do Bairro Alto, as que Vitor Jara imortalizou com suas músicas usando a sua sutil ironia.

Apreciei a beleza da singular pedra preciosa lapislazuli ou a pedra azul, que somente é encontrada neste país e em Afgenistão. Acredito que a de Kabul ou Cabul nunca a conseguirei ver, pelo menos lá. Mais do que a pedra preciosa, aprecio a vida.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Artigo: Profissional Estilo Cartão Postal

A competência está sendo abalada.

Os competentes estão sendo esmagados e desestimulados.

Valores e Ética estão-se tornando termos cafonas e em desuso.

O meu amigo @efmdiz postou:" Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta? " e nós recriamos a ideia.

Estou preocupado!

https://www.webartigos.com/artigos/profissional-estilo-cartao-postal/52074

Você não conhece este tipo de profissional? É a primeira vez que ouve falar sobre este assunto? Saiba que infelizmente é o mais procurado no mercado hoje.

Quando falamos de mercado, geralmente vem a cabeça um mundo irreal, de aço e cristal, de gravata, salto alto e almoços em ambientes "clean", de pessoas preocupadas com carros, happy hour, clínicas de estética e academias, assim como modalidades de esportes e hobbies diferenciados, mas o mercado, o mundo e a vida são muito mais do que isso, é bom que fique bem claro.

A falta do bom profissional atinge esta procura, na sua mais vasta extensão. Está tão difícil achar um excelente pedreiro, quanto um estelar mestre de obra, tanto mais um arquiteto extremamente competente.

Pergunta: Qual o profissional tipo cartão postal? 

Resposta: Aquele que é gerado e criado nas principais e até secundárias faculdades de administração e em outros cursos de nível superior e pós-graduações, clamando dos seus formandos, por uma presença bem impactante, que nem uma foto "retouchada" sobre paisagens turísticas, com uma inscrição em inglês apurado. 

Ou seja, traduzindo para o mundo humano-animal, é a pessoa acima de qualquer indício que a torne alvo de preconceitos e que, sobretudo, fale um inglês bem fluente. 

O espécime pode não saber nada de nada, mas boa aparência e conhecimentos avançados da língua inglesa, já lhe garantem um lugar de destaque, uma posição gerencial ou no descanso da escadaria para alcançar degraus superiores, só precisa ser enfeitado com algumas técnicas de posicionamento e extrema frivolidade, para encarar com aguçado cinismo e sem a menor ética, a aqueles que indiscutivelmente têm a competência e os valores dos quais ele carece, sem esquecermos que ele também é treinado, ou como é "chic" dizer, é submetido a um processo de coaching, com excelentes professores, de origem parecida com a deste sujeito e que se dariam a tarefa, de transmitir os seus sucessos, esquecendo que o que mais transmitem são suas frustrações e misérias, sob a máscara do êxito.

A competência está abalada, está sofrendo uma dura degradação, assim não chegaremos longe, no horizonte nos aguarda um imenso buraco criado pelo excesso de incompetência e para continuarmos nossa marcha, teremos, ou melhor, terão que se empregar a fundo as futuras gerações, para enchê-lo com solvência, conhecimentos e boas práticas.

Se este procurado sujeito tiver experiências internacionais e outros atributos que o assemelhem, a aqueles que decidem nos processos seletivos: pronto!, é só aguardar o chamado. 

Pessoas que mal conseguem se auto-avaliar, dificilmente conseguiriam apreciar de maneira certa aos outros.

A interessante idéia de projetarmos um planeta melhor, para se viver e aproveitar os seus recursos esbarra numa contradição, numa evidente discrepância, a de não estarmos criando melhores seres humanos, capazes de preservarem o conquistado.

Contamos com mais confortos, elementos que facilitam e enriquecem nossas vidas ao tempo que exaltamos menos a ética e os valores. Matérias com esta ótica (ética e valores) deveriam fazer parte do currículo, da grade de todas as especialidades.

Cadê os bons profissionais? Cada vez existem menos, estão em extinção.

Aquele que trabalha, se esmera, conhece, em fim produz, é o modelo que está mais ausente do umbral e das aspirações da sociedade moderna. Ele só serve para ser mais um, para sustentar aproveitadores e vagabundos cheios de regalias e o que se valoriza, considera e remunera é aparecer, acontecer e outros termos desvirtuados pelo uso indiscriminado e indevido, em outras palavras, aparentar.

Todos almejam gerenciar e trabalhar com equipes ideais, multidisciplinares, integrais e toda uma gama de adjetivos que seria interminável, mas o quê estamos fazendo para consolidar a formação dos indivíduos que integrarão estas equipes, quanto mais, o quê estamos fazendo para colocar à frente deste grupo o gerente que eles merecem, que agregue, que os atenda e entenda, os respeite, os valorize moral e economicamente e os trate como verdadeiras individualidades?

Certamente perfis tipo cartão postal, não atenderiam estas necessidades.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Refletindo (3). Tôu Zangado

Tôu zangado

Hoje recebi a visita do funcionário da Prefeitura, que fica por conta de detectar focos de larvas de mosquitos transmissores da dengue, da leishmaniose e outras doenças.

O rapaz, - eu já o conheço de outras ocasiões-, explicou-me que o motivo da sua presença em casa, num intervalo de tempo tão curto, considerando a última vez que nos visitou, deveu-se a que receberam uma denúncia anônima, de que na minha casa tinha um “buraco grande com água parada”. Assim, nestes termos, estava escrito no relatório que me mostrou.

Facilitei-lhe a entrada e percorremos todos os lugares passíveis de ter o tal do buraco. Ele mesmo ficou surpreso, porque faz tempo que atende o meu lar e nunca observou nada suspeitoso ao respeito, tudo o contrário, ele sempre elogiou o cuidado que temos neste aspecto.

Eu senti vontade de ter em casa um criadouro de pernilongos adivinhos, capazes de me disserem quem foi o FDP que fez tal ligação, para esclarecer para ele onde estava o buraco e o que ele continha. Pena que não posso escrever aqui em sentido direto a minha resposta.

Em casa eu tenho um estanque, muito bem estruturado e construído, onde crio, sem fins lucrativos, carpas e tilápias, é uma espécie de terapia sadia, trato delas, colaboro com a reprodução, tem um sistema de recirculação de água e de oxigenação constante, que evita que a água fique parada, compro o tipo de ração indicada para estes animais que crescem e se desenvolvem bem, fora do fato dos peixes comerem as possíveis larvas que aparecerem.

Nos jardins, zelo para que não fique água estancada em nenhum lugar. Aliás, somos bastante organizados em casa e não albergamos objetos estranhos que ficam jogados, possibilitando a proliferação destes insetos.

Com freqüência limpamos as áreas, recolhemos o excesso de folhas no chão, podamos as árvores para facilitar a ventilação e tomamos os devidos cuidados, para garantir primeiro que tudo, a saúde da nossa família e, por conseguinte a da vizinhança.

Mais uma vez, lamento não poder dizer para ele onde que está o buraco grande, não sei como foi que ele conseguiu ver, a não ser que tenha se auxiliado de um espelho e o que tem dentro.

Acredito que o recurso de ligações anônimas é útil e válido quando bem intencionado e fundamentado.

Imagino que tenha sido algum dos moradores do prédio que fica do lado da minha casa. Talvez estejam incomodados com a falta de espaço que têm nos seus apartamentos, em contraposição com a abundância do mesmo, na minha moradia.

Por momentos senti vontade de contratar aqueles caras que confeccionam faixas e que as pessoas colocam para agradecer por atendimentos em hospitais, ou porque os filhos passaram no vestibular ou se formaram, ou  porque nasceu ou morreu alguém, etc.

No meu caso era para explicar para esse FDP onde é que estava buraco e com certeza não é no meu quintal. VSF.

Bom. E se foram os bombeiros que estiveram recentemente em casa, para cortar o Ipê Amarelo que morreu e tombou em cima do telhado da casinha da anciã dos fundos. ? Não acredito que sejam, mas ... a revolta também vai para qualquer um que tenha sido.

O Ipê morreu e os Pica-Paus foram embora.
Vizinho(a) de má entranha! (Obrigado Pedro Luis!)

Há tanta gente má!

Há tanta má gente! (Obrigado Amaury!)

Se te pego….

KKKKKKK

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Artigo: Gerenciamento e Administração do Medo.

A importância de saber gerenciar o comportamento perante o medo.

A necessidade do autoconhecimento para administrar os recursos de luta contra o medo.

O medo devora a alma. E nós somos em boa medida: alma.

Vantagens da luta para vencer os medos.

Medo de avançar, de lutar, de viver, de se apresentar, de ser, de se defender, de se posicionar.

As máscaras e disfarces do Medo.

http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/gerenciamento-e-administracao-do-medo/49567/

Aprender a gerenciar e administrar os medos, se não for uma das maiores aspirações de cada ser humano, pelo menos deveria estar entre os propósitos mais relevantes.

O gerenciamento do medo não inclui somente a luta contra os mais conhecidos estímulos ou agentes causadores de fobias tais como: a dor acompanhada do alívio, a pena e sua contrapartida o consolo, a morte com a resignação, os mortos com a superstição, as doenças, mas não os doentes, a solidão seguida da procura incessante de companhia, a própria vida como tal passando pelos conflitos bélicos e as diferentes catástrofes naturais.

O medo como constante que aflora no nosso proceder. A necessidade de combatê-lo e vencê-lo.

Experimentar medo e as conseqüências quase que inevitáveis dos resultados desta experiência, provocam comportamentos que em muitas ocasiões são motivos para sermos humilhados, desvalorizados e até auto-censurados, enquanto desprezados pela sociedade. O mundo enaltece aos valentes.


Para muitos, este é resultante da evolução do indivíduo. Partindo da base do desconhecimento que tem o recém nascido de quase tudo, também desconhece esta categoria, se considerar o fato de ter consciência plena ou mínima do mesmo, mas o medo também é catalogado de inibição e está comprovado que os fetos têm respostas inibidoras ou o que também se chama de fisionomia medrosa.

Na medida em que começam a sentir dor por ações próprias ou provocadas por elementos externos, como manifestação de proteção, a mensagem de medo, é enviada ao cérebro, mas nem sempre se traduz em mecanismo ativo de defesa ofensiva, geralmente a ordem que recebemos e executamos não é a de enfrentar senão a de recuar.

Administrar os recursos para se posicionar perante o medo, para encorajarmos é em extremo necessário. A questão não é ir e bater de frente contra o agente que o provoca sem antes analisarmos e fazê-lo em condições de desvantagem, senão termos a astúcia e perspicácia necessária, para que com rapidez consigamos juntar as nossas forças e capacidades e irmos ao confronto em um estado de aparente conforto.

Sentir medo é humano, é mais do que humano, é animal.
Os animais sentem mais medo do que as pessoas. Segundo vão se colocando em níveis mais baixos da cadeia alimentícia, esta sensação adquire dimensões mais consideráveis.

O homem, cada vez mais poderoso e dominador do mundo e de todas as espécies, independentemente de que minúsculos vírus e bactérias consigam abatê-lo e extingui-lo, na mesma proporção em que se fortalece, fica paradoxalmente mais vulnerável e medroso.

O crescimento descomunal das grandes cidades, as aberrações mentais de muitos indivíduos, a exacerbação da violência e a impunidade, fazem com que o medo apareça com mais freqüência e intensidade.

Perdemos o controle das nossas próprias invenções, das quais poderemos nos tornar refém e alvo dos ataques. Não faço referência somente a produtos criados em laboratórios, a armamento, etc., senão também a situações do dia-a-dia criadas por nós mesmos, a manipulações que pretendemos fazer, a cenários que ideamos, a estratégias que traçamos e não dão certo e que nos deixam em estados alterados e instáveis, conduzindo mais cedo ou tarde ao medo.

O medo nem sempre impede dar um passo a frente e irmos à luta. Ele pode constituir o motor impulsor das nossas ações. Às vezes enfrentamos, destruímos e até matamos por medo, quando nem sempre o perigo precisava de ser neutralizado mediante a eliminação física.

À semelhança de todos os seres que experimentamos este sentimento, eu também tenho sei lá ou sei cá, os meus medos e não são poucos, comparando com o que geralmente ouço das outras pessoas.

Indiscutivelmente todos mentem, todos ocultam, até por medo e simples instinto de preservação e predisposição a estimular as ações de quem pretende provocar o pânico.

Mas o meu maior pavor é me colocar numa situação que me provoque insegurança, ou seja, o meu maior medo é sentir medo, tenho medo do medo e para isso, me ocupo em evitar determinadas circunstâncias ou as enfrento no meu raciocínio antes de acontecerem, ou seja, vivo num processo intenso e quase que constante de preparação e proteção.

Para vencer ou administrar certos e determinados medos, requere-se de muito autocontrole, de superação, de emocionalmente elevarmos a planos superiores do pensamento e da análise, compreender na medida exata ou próxima dela, o que representa o agente que o provoca.

Quando se apresenta com sua poderosa aliada: a imaginação torna-se quase que invencível. Não podemos fugir daquilo que nós mesmos temos criado, do que só existe nas nossas cabeças, daí as distorções que fazemos dos poderes dos outros, da nossa incapacidade para enfrentar alguém, do por que alguns temem tanto dos mortos, quando realmente estes são inofensivos e não conseguem no plano físico executar qualquer ação.

O mesmo poderia dizer dos fantasmas que até agora ninguém conseguiu demonstrar sua real existência, mas dão lugar a dúvidas, presságios, suspeitas e finalmente temores.

Você sabia que é possível ter medo e não senti-lo? Mas este enunciado não funcionaria ao contrário, em hipótese alguma, não é possível sentir medo sem tê-lo.

O sofrimento é a cobertura ideal do medo, mas este pode ser evitado com só observar algumas simples normas de conduta, as que não podem ser impostas senão que devem ser criadas e adotadas por cada um de maneira voluntária, na medida em que as ações e experiências te demonstrem a verdadeira dimensão dos fatos e motivos para termos medo.

As pessoas cada vez mais se interessam em entender e estudar o mundo em que vivem chegando a ter uma visão aceitável do entorno, mas inacreditavelmente cada dia têm menos referências do seu próprio universo pessoal, em outras palavras, não se conhecem a si mesmas.

O auto-conhecimento evita extrapolar e "sobre" ou "sub" dimensionar a tua posição perante o ambiente e as diversas situações a resolver. Isto tem seus motivos: a velocidade em que a vida transcorre, a dinâmica com que os processos acontecem, as variações das situações que temos que enfrentar.

O medo tem diferentes disfarces que vão desde os mais leves como a modéstia (auto-limitação voluntária das ambições para não entrar em conflitos e passar inadvertido, não ser foco e objeto a destruir), a prudência (com a por vezes excessiva e nociva cautela) e a preocupação (com sua elevada dose de angustia), até outros que trataremos a seguir.

Dentre as camuflagens mais comuns do medo usadas pelos humanos temos:

- A timidez: companheira inseparável e permanente do sofrimento. É o pavor ante o fracasso ou o ridículo nas relações ou no caminho para o sucesso e a realização. Confundir timidez com ingenuidade é muito comum, mas é errado. Pessoas tímidas sabem bem o que querem. Tímidos, desejam sim, serem reconhecidos e tidos em consideração.

- A meticulosidade: a obsessão, o exagero por deixar tudo bem claro, no seu lugar, em preto e branco escondendo um pequeno covarde que tem medos e quer paralisar os outros, com atitude com requintes de agressividade e solvência. O anseio da perfeição que na prática quase nunca alcança. Esse indivíduo entorpece o curso natural dos acontecimentos e realiza uma ação negativa e destrutiva do seu ambiente.

-O pessimismo: É a personificação da covardia escondida por trás de inúmeras justificativas e razões. Costuma convidar a tristeza para lhe fazer companhia. Ele quer conquistar alguma coisa, mas não se atreve a lutar por ela. Por esta razão, os pessimistas devem ser alocados em funções associadas com a execução dos trabalhos, sem intervir em decisões, sem necessidade de enxergarem e se preocuparem diretamente com as metas e os objetivos.

-O ceticismo: Partimos da base de que a vida não é sempre o que achamos que é. Pode ser e de fato é o resultado da nossa idealização e de quanto conseguimos enfeitar a realidade, sendo esta a razão pela qual não é assimilada e assumida por todos de igual forma. Assim o cético acredita em não acreditar, valoriza a desvalorização, glorifica a anulação, é o culto do nada. Consegue até plantar a dúvida sobre a sua própria existência e a necessidade de continuar neste plano. Tem medo de viver.

Há outras máscaras menos comuns, tais como:

- O aborrecimento: os aborrecidos têm geralmente medo de si próprio, de ficarem sozinhos, de terem que enfrentar a si mesmos, o que requer de muita serenidade e auto-conhecimento para vencer estes momentos.

- A vaidade: Esconde um medroso que tenta não sê-lo. Se as agencia para se reafirmar, para não se sentir inseguro. Precisa se auto-convencer e convencer aos demais de que é melhor estando consciente ou com dúvidas de que não o é. Vaidade e orgulho não são a mesma coisa, mesmo que a segunda possa ser um degrau acima na corrida dos vaidosos.

- A hipocrisia: o hipócrita preserva uma linha de conduta orientada a ganhar a confiança de quem se teme ao tempo que se odeia. Vive em perene angustia por albergar esta dualidade de sentimentos. Ë pobreza de espírito. É fingido e dissimulado. Dificilmente consiga deixar de ser assim.

- E finalmente a mentira, que é a arma mais comum dos hipócritas, mas também dos que não o são. Costuma em ocasiões ser tolerada e entendida por quem a sofreu. A prática indiscriminada pode nos conduzir a um círculo vicioso, sem saída, de incalculáveis efeitos negativos, onde uma mentira só serve para solapar a outra e para ocultar o medo ao surgimento da verdade.

Estas características que foram acima citadas e analisadas convertem-se em problemas quando se manifestam em grau superlativo. É comum apresentarmos um pouco de cada uma ou de algumas, em dependência das circunstâncias, mas fazermos apologia de qualquer uma delas, deverá se chamar à reflexão e a mudança urgente de comportamento.

Estamos falando de medos e não de fobias. Estas últimas constituem patologias e o tratamento é químico e diferente.

Contra o medo podemos lutar e podemos dominá-lo. Para isto recomenda-se seguir as seguintes etapas:

1.- Tirar a máscara, o disfarce para podermos identificar o objeto e descobrir a verdadeira motivação do medo a combater. Reconheço que não é tarefa fácil definir a quê temos medo e muito menos ainda concluir o porquê temos medo. Para superar esta fase devemos fazer uma observação neutra e criteriosa da situação. Saia de si e olhe o seu comportamento desde fora. Ao tempo que analisa os outros, use a mesma escala de valores para se analisar a si mesmo.

2.- Dedique-se a reunir e selecionar as armas que usará para lutar e vencer a este real inimigo, depois chamamos à guerra, ao combate. Lembre-se que a escolha das armas dependerá da circunstância e da envergadura do contrário. Estes recursos dever-se-ão comportar como facas de dois gumes, por um lado atacarão com a razão tentando atingir o núcleo explícito do agente provocador do medo e pelo outro lado atuará a inteligência, a capacidade de desorientar e desvirtuar as intenções do adversário. As armas podem ser remédios indicados por um especialista, a ajuda de amigos e familiares, e acima de tudo: você.

3.- Analisar o porquê ficamos refém e vulneráveis ao medo. Dedicarmos a corrigir nossos erros e falhas de modo a fortalecermos de maneira sustentável e evitar que ele, o medo, retorne e nos possua. Ajustar e reajustar conceitos e esquemas de conduta.

De cabeça quente nunca conseguiríamos fazer um juízo assertivo de uma situação. Esta não é tarefa de um dia e se puder se acompanhar de um especialista, de um psicólogo, provavelmente o caminho para o alcance dos objetivos se encurtará, facilitará e será menos traumático, mas fique atento: a falta de escrúpulos de certos maus profissionais fará com que eles virem a droga e você se torne o eterno dependente.

É bom saber que você venceu certos medos e melhor ainda que se livrou de certos penosos disfarces.

Lute contra os medos, proponha-se acabar com eles, ocupe-se em vencê-los, já que tendem a crescer e se desenvolver como tudo nesta vida. Temos que intervir no nosso próprio destino e lutar, se necessário, contra o nosso temperamento, até esculpirmos com muito esforço e perseverança, uma personalidade superior.

Confesso que tive muito medo para me decidir a escrever sobre este assunto e muito mais para publicá-lo. Tinha medo de ser mal interpretado, de ser cruelmente criticado, de expor de mais o meu Eu interior, mas me documentei, organizei as minhas idéias e vivências, e o melhor de todo, venci o medo.

sábado, 6 de novembro de 2010

Foto: Madri. Espanha.

Na Espanha tive a oportunidade de me aproximar mais da obra de Eugenio Salvador Dalí, Sempre admirei sua arte. Entendi mais um pouco sobre aquela incógnita de descobrir onde acabava o louco e onde começava o Gênio. Simplesmente um Gênio-Louco.

Hoje, tenho a certeza de que para nós que falamos português, há dois singulares erros no nome do Dalí. Um de grafia e outro de pleonasma. O nome dele deveu ter sido somente Gênio porque o Eu é redundante. Os gênios já nascem como tais.

Para muitos Eugenio nunca formou parte da lista dos nomes do artista mouro-catalão, é só uma invenção de Mecano, que brincou com a imaginação e a criatividade que lhes caracterizava.

Nesta foto encontro-me perto do Ponto Zero da cidade de Madri.

Vi a Cibeles a Chorar, sentei à sombra de um leão com a minha eterna namorada , -não quero namorar mais ninguém- e conheci até uma Dona Manolita inesquecível, que fez meus dias mais felizes naquela cidade, tão distante do mar (obrigado Chico).

Experimentei aquilo que tanto me intrigou durante anos na música de Joaquin Sabina, que a Ana Belén cantava com a mesma paixão com que a Gunila interpretava "Vida" e com a mesma ternura que a Laugart entoava “Ni un ya no estás”.

É lamentável que esta última tenha adquirido tanta vulgaridade no Norte, que primeiro tentou nos roubar o “Son” como dizem por ai, depois atacou a canção e nos roubaram a Xiomara, mas ela não é de lugar nenhum, é do mundo.

Mensagem: Eu e todos os teus seguidores temos um encontro marcado contigo no Teatro Nacional da Havana, para que nos deleite, para que nos impacte com tua voz, como só você sabe fazer.

Quê coragem Cucú Diamantes! Pretender dividir um palco com esse ser do além. O palco é dela, é o lugar para A Voz, é o lugar para a Laugart. Você só poderia ficar na platéia aplaudindo-a e venerando-a.

Com a Xiomara acontece o mesmo que com a Betânia e um grupo reduzido de seletas e geniais intérpretes, que sem serem compositoras, nem as originais cantoras de uma determinada composição musical, toda vez que se decidem por uma interpretação, mudam a história da citada música. A partir desse momento, haverá um antes e um depois, no qual outros cantores medem-se para cantá-la novamente ou costumam pedir licença.

Ai está vendo passar o tempo: A Porta de Alcalá.

Pena que junto com tanta beleza e proximidade cultural, reparei em facilmente perceptíveis certos flagelos lamentáveis da humanidade, de seres que acham que a cor e a procedência são credenciais, que me fizeram ficar tão longe, quanto já tinha sido advertido. Não posso dizer que seja uma questão institucional, porque não tenho elementos, senão de nação terrível e hipocritamente dividida. E de seres inferiores e diminuídos. Eu não o padeci explicitamente, mas implicitamente estava bem latente.

A Praça de Touros. Com o fim da carnificina, quando a lei chegar a Madri, este lugar se converterá em quê?

Madri, e a Espanha como um todo, é um lugar ideal para turismo. Agora!, para viver e crescer, sem ter nascido espanhol, não acredito que o seja, nem o aconselho. Sempre sentirá a sensação de que não se chegou até onde devia e nunca se sentirá pleno, nunca terá o prazer desbordante que eu tive de cantar deste lado do mundo, junto com o Ivan Lins: “Aqui é o meu país”


Aqui estou  num dos lugares mais simbólicos e representativos da cidade: La Plaza Mayor.

Acabou que falei mais de outros assuntos do que de Espanha propriamente dito, mas é que o “comportamento” de uma parcela dos seus habitantes me decepcionou tanto, o achei tão de pessoas inferiores, que perdi o tesão e a vontade de fazer referências nacionais.

As coisas das quais falei, para mim, são bem mais importantes, interessantes e valiosas.

De que vale um lindo país com pessoas com pontos tão feios na alma? Ainda bem que não são todos.

Pese a todo, acredito que há muito para descobrir no país dos pioneiros em descobrimentos na era moderna ao tempo que responsáveis, pela destruição das culturas pré-colombianas, pelo saqueio indiscriminado do Novo Mundo, pela monstruosa instauração da escravidão e tráfego animalesco de SERES HUMANOS negros. Ao menos uma considerável fatia desta barbárie, penosamente lhes pertence. Mas, que mais poderia se esperar? Ainda bem que não foram todos.

Vale a pena apreciar a decoração desta porta. É Show!!!

Todos clamam porque o mundo, a Igreja Católica, etc., peçam perdão aos judeus pelo holocausto e eu o aprovo, mas quando se pedirá perdão a todo um continente e a toda uma raça, pelo racismo, pela segregação, pela humilhação, pelo desprezo?

Se alguém não gostou de algumas coisas que aqui leu, infelizmente, eu também não gostei de algumas coisas que lá vi e que para ser justo, não é privilégio só deles.

É a minha opinião Negra. É o meu direito Negro.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Refletindo (2)

As pessoas costumam dizer: “se melhorar, estraga”. Eu sou adepto de uma pequena convicção, a de que vamos fazer para que as coisas melhorem, sem sombras de estragarem. Andando sem excessos, podemos considerar que não há obra humana que não possa ser superada.

Para pessoas com comportamentos animalescos, é recomendável perguntar se elas possuem carteira de identidade e transmitir a dúvida, sobre se animais também têm o mesmo cadastro dos seres humanos.

Cansei de padecer e sofrer por FDP, de pecar por muita modéstia, de ser comedido em extremo e deixar os maus, pícaros e astutos, se subirem em cima de mim. Propus-me ser um justiceiro por mim e por todos os do bem que foram ultrajados, vilipendiados e estiveram acompanhados durante muito tempo das suas vidas, por aquela adaga como a de Dâmocles, prestes a perfurar as suas cabeças.

Redenção sem rancor, não há espaços para malvadeza, para repetir os erros que tanto mal nos fizeram, são os tempos de construir, de reparar, de avançar.

Que bom! Eu posso contar comigo mesmo.

Parece que estou revoltado, mas não é exatamente isso, estou é com o estômago revirado de tanto rir.

Eles estão pagando. Eu estou vendo e confesso que não consigo não sentir dor ao ver o quanto estão sofrendo, é a minha essência humana, mas o que lhes pertence, está guardado, eles vão pagar, eles têm que pagar, elês terão que aprender!

Estes sujeitos indesejáveis dividem-se em dois grupos:

- Os que têm que sofrer em carne própria as mesmas coisas que fazem para os outros e assim aprenderem, ao menos durante o tempo efetivo da dor.

- Os que têm um comportamento um pouco mais pro ativo, ou seja, tomam iniciativa de se abster e proteger porque conseguem prever que as situações perigam para eles, mas assim que o perigo passa, arremetem novamente.

Dos dois, temos que nos afastar, manter distância.

Não brinca comigo, que eu te posso presentear com uma surpresa não muito agradável.

Vai procurar sua turma, seu infeliz, enquanto tiver tempo.

E não é que tudo está saindo do jeito que planejei?