terça-feira, 17 de março de 2015

Circuito das estações. Outono.

A empresa onde trabalho organizou um programa global de competição entre as diferentes unidades do grupo, visando melhorar o condicionamento físico de seus colaboradores e ao mesmo tempo se inserindo numa iniciativa mundial de luta contra o câncer.

Eu me aderi à causa e dentre as diretrizes presentes no programa, há todo um conjunto de metas a serem fixadas por cada participante, orientadas à prática de atividade física e à melhoras nos hábitos de alimentação.

A nossa equipe decidiu participar no Circuito das Estações de 05 e 10 km, que teve lugar no dia 15 de março de 2015 no circuito da orla da Lagoa da Pampulha.

Sem mentir, fazia mais de 20 anos que eu não corria, mas me mantinha regularmente fazendo caminhadas e sou assíduo da musculação.

Dez dias antes do evento fiz a primeira tentativa, para testar a minha aptidão e qual não seria a minha surpresa ao constatar que não conseguia correr 500 metros. Fiquei simplesmente alarmado e faltavam poucos dias para participar da corrida. Já tinha a palavra penhorada.

Decidi então me propor todos os dias, ou sempre que possível, à noite, depois do serviço, treinar aos poucos e ver os avanços na minha preparação.

Fui progredindo paulatinamente, com desafios na medida do tempo que dispunha e superando também o que eu achava que eram os meus limites. Passei pelas diferentes etapas: 2 km, outro dia consegui 3,5 km até que no último dia da preparação consegui correr com relativa tranquilidade 4,8 km. Já estava pronto para enfrentar o circuito dos 5 km.

Feliz e apreensivo.

Não demorou muito e chegou o dia “D”.

Gostei muito do ambiente que circundava o evento. Respirava-se saúde, camaradagem, felicidade, realização e eu fiquei contagiado com o clima.

Por causa do elevado número de participantes e pela quantidade de ruas fechadas ao trânsito, tive que estacionar o carro a aproximadamente 03 km do lugar da largada, o Ponto Zero.

Para chegar a tempo de pegar o chip e poder participar da prova, boa parte dessa distância a tive que percorrer correndo.

Felizmente, tudo deu certo e até encontrei com os meus colegas de empresa e fizemos a conveniada foto do antes do cansaço.



A largada foi dada e lá fui eu para a minha estreia nas corridas de rua.

Tudo transcorreu conforme previsto até completar os 04 km. Para surpresa de todos e quase que parecendo pegadinha, o último km reservava dificuldades impensadas.



Primeiramente, uns 450 metros de subida, por uma rua mal asfaltada, de pedras e escorregadia. Esse trecho a maioria dos corredores o venceu andando. Depois viriam uns 250 metros de descida, o suficientemente íngreme, como para não descer sem tomar as devidas precauções e logo no final do quarteirão, o tão apreciado asfalto da avenida da orla. Mas isso não significava o fim da corrida, porque ainda restavam 300 intermináveis metros.

Parece que a organização do evento me passou esse número 1492, como para sutilmente indicar que sou velho, que estou velho, que quase vim com Colombo na época do descobrimento do Novo Mundo.

Em fim, objetivo cumprido: Cheguei.



Fiz um bom tempo para um estreante: 28 minutos.

Encontrei depois da corrida casualmente, com vários amigos que nem eu sabia que também tinham esse hobby. Foram muito reconfortantes todos aqueles abraços.



Os 03 km que restavam para chegar até o meu carro, duraram uma eternidade. Estava visivelmente cansado e parece que pisei em falso algumas vezes no último km e as dores na perna direita começaram.



Essa noite não consegui dormir, mas não foi da emoção, senão das insuportáveis dores que quase me fizeram ir para o hospital na madrugada, mas que  pouco a pouco foram cedendo.

Ao todo, no dia eu andei 11 km, dos quais uma boa parte foi correndo. Nada mal para quem até 10 dias atrás mal conseguia correr meio quilômetro.



Lembrei de um velho ditado que disse: "galinha que acompanha pato, morre afogada" e confesso que me senti desse jeito, só que este GALO - C.A.M aqui, é bastante corajoso, não desiste nunca.

Continuarei acompanhando os patos, porque peguei o gosto pelas corridas e não morrerei afogado, senão que pretendo um dia chegar com e antes de muitos patos.

Que venham as 04 estações! Me aguardem! O Vivaldi das pistas chegou.

(Será?).

quarta-feira, 11 de março de 2015

Planejamento de Projetos Internacionais.

Recentemente eu fui convidado para oferecer uma palestra, para alunos de Pós-Graduação sobre aspectos acadêmicos referentes à Engenharia de Planejamento de Projetos Internacionais, incluindo a minha experiência nesta modalidade de projetos, que indiscutivelmente têm suas peculiaridades, além dos muitos pontos comuns que possuem com os projetos convencionais de carácter mais restrito ou locais.

Para a exposição do tema elaborei o material que já está disponível para ser acessado por todos os interessados no assunto, mas as minhas experiências pessoais foram poupadas do artigo publicado, mas sim foram abordadas no ambiente da palestra.

Se alguém estiver interessado em compartilhar seus pontos de vista com os meus ou conhecer outro olhar sobre o assunto, tenha uma boa leitura no link a seguir:

http://www.administradores.com.br/artigos/academico/engenharia-de-planejamento-em-projetos-internacionais/85582/

segunda-feira, 2 de março de 2015

Reflexões 2015, 2016, 2017, 2018

Todos vaticinaram um 2015 funesto para o Brasil, para a economia do país e ao parecer e infelizmente, o nível de acerto está superando as estimativas, após terem sumido dois meses do ano amaldiçoado. 

Por enquanto, só tem mais podridão aparecendo, ficando mal resolvida e sem esperanças de soluções.

Ao mesmo tempo, fala-se e falou-se muito sobre a recuperação para 2016.

Eis agora a minha pergunta: Alguém poderia apresentar um único motivo que me faça entender o porquê a situação deve melhorar para 2016? Está prevista alguma mudança da equipe que fará as coisas acontecer ou é que alguém acredita que aqueles mesmos que hoje estão agindo da forma que todos estamos vendo, por arte de magia, começarão agir diametralmente oposto, sem mentiras, de maneira honesta, correta, assertiva?

Sempre as pessoas porfiam em dizer que aqui no Brasil não vai acontecer o que aconteceu em algum outro canto do mundo, às vezes bem próximo geograficamente. Sobre quais bases as pessoas têm essa certeza?

Será muita falta de imaginação minha ou excesso de criatividade dos otimistas?

Eu acredito ser uma pessoa otimista. Eu quero muito colaborar para que as coisas melhorem. Não quero que aqui aconteçam as barbaridades que estão surgindo, acontecendo e erros históricos se repetindo aqui e em países vizinhos.

Ficaremos só no fatídico 2015 ou teremos que nos preparar para décadas de desgraças, só pelo capricho ou ambição de alguns homens ou algumas mulheres, que se intitulam defensores e representantes da vontade de milhões, quando muitos desses milhões, nem sabem a ciência certa qual a sua verdadeira vontade? Confundir vontade com limitação de escolha, não será nunca a aspiração de um ser humano digno e racional.

Pesquisem bastante sobre outros modelos de sociedades que se nos apresentam como ideais ou melhores e tirem suas próprias conclusões. Ainda há tempo para pensar, raciocinar, se expressar. Depois você perde até a capacidade de imaginar, de sonhar.

Procurem saber. Não nos deixemos levar pela soberbia, o obscurantismo. 

Sem economia não há política. Podem até não concordar comigo. Agora, pensem num país com economia deplorável, péssima e com um sistema politico que se preze?

Amanhã pode ser muito tarde!

Mas,