quinta-feira, 26 de maio de 2011

Fotos: Brasil. Rio de Janeiro

Faz algum tempo que não ia ao Rio como turista.

Será que terei que dizer que estava em Copacabana?

Mas, o Rio de Janeiro continua ...

Lagoa Rodrigo de Freitas

Maracana e Maracanazinho

Ponte Rio - Niteroi. Deixe a preguiça de lado e faça um esforço visual, que a ponte está ai. 

Pão de Açúcar

Cristo de Frente

Cristo por trás.
Daqui, do Cristo Redentor, do Corcovado foram feitas as vistas aéreas.
Todas as fotos do Cristo foram postadas na horizontal. É coincidência?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Feliz Cumpleaños Pollitos.


Hoje é o aniversário dos meus filhos, mas tenho a sensação de que é o aniversário de todos em casa.

Neste mesmo dia, que por coincidência feliz, naquele ano foi Domingo Dia das Mães, nasceram não somente os meninos dos nossos olhos, senão também uma nova mulher-mãe e um novo homem-pai.

A alegria era uma só, ao tempo que multiplicada!

Já são 14 anos de continuidade, de aprendizado, de trocas, de conquistas...

Que a vida nos reserve muitas coisas mais, por cima de tudo boas e como sempre: juntos!

domingo, 1 de maio de 2011

Crônica: O Rapaz do Sinal.

Aconteceu comigo.

Fiquei aquém no pré-julgamento.

Ajuda nem sempre é sinônimo de dinheiro, ao tempo que dinheiro não é a única via para o reconhecimento.

Se o encontrarem, repassem as minhas saudações, talvez ele lembre.

http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao=18354

Hoje tem sido um dia sui generis. Recentemente recebi o contato de um ex-colega de trabalho que estava interessado em me encontrar e conversar sobre assuntos profissionais de interesse comum e este foi o primeiro acerto do dia, já que valeu muito a pena ouvir e discutir sobre a proposta.

Casualmente, após estacionar o carro, o meu celular tocou e tratava-se de uma ex-colega de trabalho, que virou uma grande amiga e que há algum tempo, os nossos contatos estavam silenciados e experimentei novamente o prazer de escutá-la e rir.

No lugar marcado para o encontro, tive a oportunidade de reencontrar outro antigo colega de trabalho o que foi bem reconfortante e na saída, coincidi no elevador do prédio, com um velho e legal ex-colega. Foram instantes. Foram gigantes.

Conheci também novas pessoas vinculadas com o motivo inicial.

Próximo da hora de almoço, concluímos a conversa e sai de pressa a procurar os meus filhos na escola, onde um colega deles estaria também me aguardando, porque iria para a nossa casa e lá me esperava a enorme tarefa de preparar o almoço para o qual minha esposa já tinha dado todas as instruções. Estava apreensivo. Sou uma negação na cozinha.

Mas, para completar esta parte do dia com boas lembranças e agradáveis fatos, aconteceu um que parecia, inicialmente, ser desagradável ou ao menos tristemente rotineiro.

Parei o carro num tumultuado sinal da cidade, altamente freqüentado por ambulantes, entregadores de panfletos, procuradores de esmola e até de ocasionais assaltantes.

Estava com o vidro aberto e o mantive assim. O meu bom senso, - graças a Deus desta vez acertei -, permitiu-me prever que não me aproximava de nenhum perigo iminente. Já ouvi muitos desgarradores relatos de pessoas que se sentiram discriminadas e diminuídas ao perceberem o som das travas e da subida dos vidros acionados pelos motoristas, quando se aproximavam deles e tentei fazer a minha parte para não aumentar a dor do próximo. Decidi tentar a sorte e cheio de fé aceitei o avanço daquele pessoal, que lutava sob o sol escaldante do meio-dia.

Peguei alguma que outra propaganda e ato seguido aproximou-se do carro um rapaz numa cadeira de rodas, visivelmente deficiente físico. Cortez, educada e simpaticamente pediu dinheiro, mas o reservatório onde costumo depositar moedas para eventualidades estava vazio, alguém em casa adiantou-se e expliquei-lhe que estava sem dinheiro nesse momento. Ele aceitou a minha justificativa, agradeceu e retirou-se, mas em seguida voltou e pediu-me licença para me fazer uma pergunta e eu dei-lhe toda a faculdade do mundo para perguntar o que quiser. Pensei que talvez faria alguma pergunta sobre a minha origem por causa do meu sotaque, ou alguma coisa do gênero.

Eu costumo dirigir com uma luva de couro, daquelas usadas para malhar, na mão esquerda. Esta é quase uma marca registrada minha. Alguns a catalogam de frescura, de ato de playboy, mas, com todo o respeito: não estou nem ai para esses comentários. Aperto muito o volante e aparecem calos que incomodam para certas atividades. Se por acaso a tua cabeça podre começou a imaginar detalhes maldosos, devo te dizer que você está certo, também o uso para essas coisas e machuca. 

E não é que o rapaz ficou sério, com evidentes sinais de vergonha e pediu-me a luva, caso não acarreta-se problemas para eu cedê-la?

Inicialmente não entendi o inusitado do pedido, não o associei com nada, mas confesso que não pensei duas vezes, tirei-a da minha mão e a entreguei. O momento requeria velocidade de resposta. O sinal abriria em frações de segundos.

O que aconteceu depois, acredito que não existam palavras para descrever a alegria que ele experimentou ao colocá-la na sua mão esquerda, não sem antes me mostrar o quão calejadas estavam suas mãos de acionar as rodas da sua velha e precária cadeira, dizendo que agora as coisas melhorarão para ele.

O brilho nos olhos daquele rapaz comoveu-me profundamente. Faz muito tempo que não via nada parecido. Os meus olhos também umedeceram e brilharam.

Na hora só tinha a luva da mão esquerda. Passarei por aquela mesma esquina para entregar a da mão direita.

Se passarem pelas esquinas em Belo Horizonte, onde confluem as ruas Augusto de Lima, Contorno, Ituituba, do lado de uma grande drogaria na rua João Lúcio Brandão e encontram um jovem numa cadeira de rodas com luva ou com luvas, conhecerão ao rapaz do sinal.

Que Deus te mande muitas outras ajudas!