quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Eternidade

Um dia como hoje, mas há 39 anos, perdi a Maravilha.
Falo em singular, mesmo sendo ela de muitos, mas para mim, era, é e será só minha, só posso ter ela, só poderia ser ela.
É egoismo?: Sim. 
Ela foi embora e com ela interrompeu-se a infância, para nunca mais voltar.
Período do qual restaram escassas lembranças, algumas distorsidas, como a das flores de páscoa vermelhas do jardim da entrada, que eu, quase quarenta anos depois, transformei em rosas, e não foi só literalmente; ou daquele mesmo portão alto, que não lembro ter traspassado. Será que eu nunca sai daquele lugar?
A alegria tornou-se triste, incompleta.
Uma renûncia inconsciente à felicidade, pese a ter tido muitos momentos felizes, Graças a Deus.
O tempo passou, mas a dor não.
Quanto daria para te ter comigo, para te ver, para.

Nenhum comentário:

Postar um comentário