O que aconteceu naquele fatídico dia de 2013, só ele e a
Reeva o sabem. Melhor dito: somente ele o sabe.
Talvez algum advogado ou familiar saiba exatamente o que
aconteceu.
Talvez a perícia saiba realmente o que aconteceu,
Será o Pistorius lembrado como uma glória esportiva,
vencedor do Laureus, o Oscar do esporte, que nos ensinou sobre superação e
aceitação das diferenças, como um atleta que ganhou inúmeras medalhas e que
achou que deveria ganhar muitas das que não ganhou, como o incidente com o velocista
paraolímpico brasileiro Alan Fonteneles, durante as Paraolimpíadas de Londres
2012, na final dos 200 m T44?
Será o Pistorius lembrado como o Monstro sem pernas e quem
sabe, sem coração, que cometeu semelhante atrocidade e que como diria a mãe da
namorada assassinada, culposa ou dolosamente, catalogando-o de ser "arrogante, louco,
lunático, explosivo, possessivo, distraído e sorrateiro".
Será o Pistorius lembrado?
Para aqueles que acham que onde houve fogo, cinzas ainda
restam, estabelecendo o paralelo com as reminiscências de um Apartheid, que
ainda não saiu, nem sairá das lembranças de uma população negra dizimada, que
compara e considera leve, a pena de 05 anos pelo crime cometido por um sul-africano branco, quando esta quantidade de anos é bem inferior a que
receberia um cidadão, preferencialmente negro, por matar um rinoceronte e
outros animais selvagens. Não é menos certo que alguns desses animais estão em
perigo de extinção.
Nenhum dos dois fatos têm justificativa.
Seriam estes, fatos comparáveis?
Em fim, as minhas palavras só albergam tanta dúvida como
comportou todo o processo em torno deste incidente, que infelizmente teve tanta ou até
mais cobertura da imprensa do que os funerais dos doze dias da morte de Nelson
Mandela, segundo algumas estatísticas.
Será que a vida de Pistorius é mais importante que a Vida e a morte
de Nelson Mandela? Mas, aqui terminam as minhas dúvidas: NUNCA.
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