Há algum tempo que estava me devendo esta postagem.
Na vida da família, chegou um momento muito importante e
esperado. A formatura dos meus filhos, que concluíam o ensino médio, depois de
uma satisfatória passagem, sem repetir nenhum ano durante toda a escola e sem
maiores problemas.
Sempre foram elogiados, dentre outras coisas, pelo
comportamento, pelas habilidades, pelas experiências de vida que tinham graças
ao fato de nós pais, termos podido proporcionar para eles o melhor que a gente
pôde, pela educação, pelo respeito, pelos valores que carregavam e professavam.
Era um momento singular que fixava um marco na vida deles,
fundamentalmente. Começariam novas etapas. A entrada na vida de adultos. O
ingresso à universidade.
Escolhas importantes.
Mas quero me remontar um pouco à cerimônia ou missa da
formatura. Foi muito bonita. Um dos meus filhos foi quem tocou os teclados durante
o evento. O outro teve que ser puxado à força, porque não queria participar.
Coisa absurda. Ele é bem querido na escola. Entender adolescentes é uma tarefa
complicada.
Os dois estavam lindos.
Senti-me o pai mais orgulhoso e feliz do mundo. Mas a minha
alegria, egoistamente era triste. E digo
egoísmo, porque não deixei de pensar na minha formatura há quase umas quatro
décadas atrás. Foi brilhante. O meu pai ficou emocionado com todas as coisas
que disseram de mim. Só dava eu, por ter sido o melhor aluno de todos os
tempos, etc.
Mas eu chorei, porque teria gostado que minha mãe tivesse
estado fisicamente, no ato e ter visto no que se converteu seu pequeno
príncipe. Mas Papai do Céu a levou para
lhe fazer companhia, alguns anos atrás.
Tive que me conter para não entrar numa crise de choro, entre
a emoção pelo que significava para mim o momento e as lembranças.
Felizmente os dois conseguiram vagas nas faculdades públicas
a partir do exame ENEM e por mediação de vestibulares, nas privadas, mas todo esse processo (leilão
do SISU) é bem estressante.
Uma grande amiga nossa (Y) visitou-nos na época que
aguardávamos os resultados e ao ver a gente tão preocupada com o assunto, ela sugeriu
uma simpatia: “Vocês como pais já fizeram o que deviam ter feito, os meninos
estudaram, se esforçaram e os resultados foram bons, agora lhes peço para
acender uma vela para Santa Clara, que ela ajuda a clarear os caminhos. Eu fiz
e deu certo”.
E não é que Santa Clara clareou, como dissera a nossa grande
amiga e como repete constantemente o Ben Jor na sua tão escutada música?
Os nossos filhos, nossos eternos meninos, não seguiram a tradição de engenharia dos pais, recusaram engenharia mecânica e engenharia de minas, ambas obtidas pelos resultados do ENEM em faculdades do governo, mas isso não nos faz sentir nem um pouco desapontados, pelo contrário estamos muito felizes com as decisões deles: Física e Relações Internacionais. Um em Universidade Pública, outro em Instituição Privada.
Aos nossos filhos eu lhes exijo muito, mas é porque quero que sejam cada vez melhores, mas quero que saibam que tenho um infinito orgulho de vocês e que não encontro unidade de medida capaz de mensurar o amor que sinto por vocês.
PARABÉNS AOS DOIS.
Aos nossos filhos eu lhes exijo muito, mas é porque quero que sejam cada vez melhores, mas quero que saibam que tenho um infinito orgulho de vocês e que não encontro unidade de medida capaz de mensurar o amor que sinto por vocês.
PARABÉNS AOS DOIS.
Bons caminhos para todos.
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