quarta-feira, 8 de maio de 2013

O tempo passou e ... nada mais


Hoje, passados quase dois meses do meu retorno ao Brasil depois de ter ficado em Buenos Aires, por questões de trabalho, durante 09 meses, num projeto que foi cancelado, encerrado repentinamente, mas que de maneira nenhuma podemos chamar de falido, lembro-me dos momentos da despedida, às pressas, que fiz, das pessoas que não consegui me despedir e daquelas que feliz e tristemente abracei, com a certeza de que um dia tudo terminaria, com a felicidade que voltaria à casa, para os meus, para o que é meu, do presente de aniversário que não ganhei, por causa da partida iminente, mas que os colegas, os mais próximos, num gesto, que de veras me emocionou, decidiram me entregar o dinheiro arrecadado até o momento, para usá-lo naquilo que eu desejar, de todas as coisas que teria gostado de fazer antes de partir, mas que tive que me ajustar a o que tinha: praticamente, poucas horas para voltar.
 

Foi um bom período, uma boa experiência. Consegui materializar, profissionalmente falando, muitos conhecimentos adquiridos ao longo dos quase 30 anos de engenharia, me desempenhando em diferentes funções. 

Tudo era necessário, tudo valeu a pena, desde as conquistas até os desacertos, desde pessoas inesquecíveis até as descartáveis.

Conversando com os meus filhos e reiterando-lhes, sobre a necessidade de tomarem consciência da importância, de assumir o comando sobre o futuro, a partir de ações no presente, percebo, mais uma vez, o infinito e o efêmero do tempo. 

O tempo não pára, não tem fim, mesmo quando não houver nada, hipoteticamente, porque a matéria não termina ou não tiver alguém para medi-lo, ele continuará, mas as nossas vidas são tão curtas, que devemos aproveitar cada instante, porque a oportunidade talvez não seja a última, mas o momento é irrepetível, ele já passou.

Os que conseguiram ficar na Argentina mais uns dias decidiram organizar um churrasco de despedida e o convite foi enviado por cortesia, a todos, os que comumente nos reuníamos, mas a possibilidade de eu comparecer era bem improvável. Na ocasião, só pôde enviar um e-mail confirmando o que todos sabiam, ou seja, a minha não presença, já seja, para bem, para mal, ou para nada.

Reproduzo o texto da mensagem, para que a leiam todos os que de uma forma ou outra, desconhecem a minha impressão daquela cidade, daqueles dias.
Hola

Por razones conocidas por todos, físicamente no estaré con ustedes, mas les llevaré mis recuerdos, los mismos que me esforcé por recopilar, aquella tarde, donde con una carga emocional grande, me despedí de casi todos, salí por aquella misma puerta que tantas veces me vió partir y regresar y me volví andando por aquellas calles, de una encantadora ciudad, cuya belleza y encantos, ni sus propios habitantes consiguen calcular.
Quiero reiterarles que les soy eternamente grato, por todo lo que ocurrió y hasta por lo que no pasó.
Yo albergo espacio para las cosas buenas, para lo que aprendí, para lo que aporté, para las personas que conocí. Para mí, el ser humano y las relaciones humanas, son el centro de todo.

Las cosas no tan buenas, sirven para el libro de las experiencias, de lo que debe ser evitado, descartado, para me prevenir y sinceramente no tuve que agregar muchas páginas, durante este período en Buenos Aires.
Aproveché el tiempo en cosas más útiles, en crecer.

Hoy comencé a trabajar en las instalaciones de la empresa en Belo Horizonte, para comenzar un nuevo ciclo o quizás para dar continuidad, al que inicié antes de ir para Argentina. De cualquier forma, con la misma dosis de optimismo. No hay frustraciones. Hay experiencias. Hubo vivencias.
A todos les deseo que encuentren sus buenos caminos y que algún día podamos reunirnos, reir del pasado y sonreir para el futuro: Sonríanle a la vida para que la vida les sonría.

Entrañable abrazo y excelente asado!!!
Lino

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