Peça licença para si mesmo para ir à luta.
Batalhe por não ser uma Ovelha Negra, mas não pense que este é o fim do mundo.
Sair dessa condição é possível.
O prazer e o orgulho de respeitar e ser respeitado.
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Chefes ruins precisam e procuram ovelhas negras, alvos para desovar suas frustrações e insuficiências.
Bons gestores fazem triagem, analisam, observam e apóiam aos supostamente mais fracos, detectando neles os talentos mais visíveis e até aqueles bem ocultos e que muitos, - em tom de "brincadeira sem graça" -, costumam dizer que estão tão profundos, que são imperceptíveis ou difíceis de enxergar.
Bons gestores também perseguem as habilidades que mais proveito poderiam trazer para a equipe, atraem aos menos experientes com tacto e respeito, incorporando-os, tendo ciência real de que a obra é coletiva, que o aporte de cada um pode ser vital, significativo, inclusive o dos novatos, os aprendizes e os egos, em sentido geral estão melhor resolvidos.
Isto tudo parece obra da imaginação ou de idealizar um sonho, mas até de forma intuitiva acontece quando se é um bom gerenciador de pessoas. É real e é possível.
Se desafortunadamente você cair na categoria de perturbado, se for tido como sinônimo de conflitos e dúvidas, centro das más atenções, objeto das chacotas de infelizes que se contentam em saber que há sempre quem está pior do que eles, não se desanime e proponha-se sair da situação.
Mostre para si mesmo suas forças e potencialidades, ouça, escute, mas aja sutilmente por seu próprio juízo, mesmo que exteriorize outra coisa. Faça uma auto-análise bem criteriosa. Não se dê o luxo de colocar panos quentes ou de tampar o sol com a peneira perante os seus próprios problemas. Seja o seu maior crítico.
Coloque-se metas e objetivos concretos e precisos, planeje estratégias a curto prazo com espectros de longo alcance, pense de "cabeça fria".
Aceite e procure ajuda, mas aprenda a discernir dentre as aproximações, as colaborações e dicas, aquelas bem intencionadas. A tarefa é difícil, mas não é impossível. Faça uso da sua experiência de vida, do seu olfato, da sua intuição.
Há uma essência insana e com alto poder destrutivo, em superiores que se sentem ameaçados por algum motivo. Não suportam, não toleram serem contrariados, ficarem opacos ou dividirem o mesmo brilho.
Para alguns "a equipe" que comandam, deve se comportam como um rebanho, onde nunca haverá preocupação com as reações, porque sempre ou serão facilmente controladas ou simplesmente o poder de manipulação e coerção é tão forte que nem cogitam esta possibilidade. Pensam: "os meus súbditos já me conhecem e sabem do que sou capaz". É fácil governar assim. É muito tranqüilo achar que todos os teus subordinados estão prontos, aptos e capacitados e que só te corresponderá cobrar e recolher bons frutos. Você especializou-se na palavra, em cobrar das pessoas e não em treiná-las. Você nunca criou nada. Você nunca plantou nada. Você sempre se beneficiou do resultado das ações dos outros. Parece taxativo, mas é real.
Se você ficar fora deste espectro de submissão, complacência e cenário pre-desenhado e preconcebido, sua situação está prestes a se tornar em extremo complicada, tornar-se-á centro das atenções, converter-se-á em ovelha negra.
"Superiores" gostam de acreditar que têm poder sobre a tua pessoa, teus atos e pensamentos.
Para virar ovelha negra não é preciso ser incompetente, errar. Basta não agradar ou simplesmente existir, ser ou estar.
A hipocrisia, como disfarce pesado do medo, não é a solução, considerando também que se alguma coisa você não tem é medo, mas atue com cautela, jogue o jogo dos outros, não se desgaste em lutar contra detalhes que não merecem atenção, seja exatamente isso: inteligente.
Para você que já virou Ovelha Negra, uma estratégia funcional nestas circunstâncias e visando contornar a situação, é tentar ficar nem além, nem aquém. Procurar na medida do possível o ponto certo e se manter bem longe dos holofotes.
Deixe-os rirem de você, não se preocupe com isso, não tem como evitá-lo. Dê crédito ao tempo, à ironia do destino. Esteja preparado para surpresas desagradáveis. Fortaleça-se. Não pense em vingança, senão ficará obcecado e não avançará e você precisa andar. Pense em se superar. Aconteça e empregue-se a fundo. Use e abuse da inteligência, da astúcia, bote para fora os seus sonhos, estes albergam sempre coisas boas. Continue. Posicione-se. Anime-se, interaja e integre-se. Lembre que você é um ser social.
Aprofundando um pouco mais neste assunto e seguindo as linhas de convergência do tema que nos ocupa, saliento que o espírito de coletivo, de grupo, não se impõe. Nem todos sabem trabalhar em equipe.
O trabalho em conjunto não pode estar fundamentado em bases espontâneas, precisa de concentração, dedicação, de uma mão sábia e experiente, a propósito, que seja assim e não que acredite ser.
Para trabalhar em equipe, como para tudo nesta vida é necessária ter disposição, querer, interiorizar a vantagem, a importância e a razão deste evento. É por aqui que deve começar a missão de quem organiza e conduz. Pela persuasão, pelo convencimento. Não pela imposição e muito menos pela eliminação ou decantação de capital humano.
Anos dirigindo equipes não necessariamente significa que você seja um campeão em matéria de liderança e gestão de pessoas. Seres humanos são complexos e diversos. Exemplos para corroborar o anterior sobram. Esportistas de alto rendimento nem sempre costumam ter um desempenho excelente. Artistas ensaiam até ficarem extenuados, exaustos e nem todos chegam até a categoria de virtuosos. Ser um eterno dirigente, não necessariamente implica que você seja bom na atividade. Exemplos sobram. Tudo pode ser muito circunstancial. Esqueceram de Gulliver e os liliputenses? Raciocinem, pensem e cheguem a uma conclusão.
Pode existir um enorme abismo entre o que se é, o que se acredita ser e como você e visto e avaliado pelos outros. As opiniões podem ser intermináveis e os critérios extremos, diametralmente opostos sobre a tua pessoa e desempenho, sendo você o mesmo e único. Isto depende em grande medida do grau de informação e de conhecimentos que se tenha sobre o determinado indivíduo e suas atividades.
Quando não se têm elementos suficientes, o mais aconselhável é não julgar, já que podemos estar sendo injustos com o próximo. Documente-se e pergunte antes de avaliar.
Todos estamos sujeitos à avaliações.
Todos estamos sempre sendo observados.
Se o resultado não for o esperado, o desejado, não fique dissuadido, nem desapontado. A vida, dentre outras coisas, não é mais que uma seqüência de aprendizados e a luta só acaba no último dia e este felizmente ainda não chegou.
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