Toda vez que ouço ou lembro-me dessa canção,
escrita pelo grande Ivan Lins, não consigo deixar de sentir emoção e nostalgia.
Para mim, sempre estará associada a uma
atividade de fim de ano leitivo, que aconteceu na escolinha dos meus filhos, no maternal, quando estavam
com aproximadamente 03 anos e a turminha deles ensaiou uma apresentação, na
qual entoavam, mesmo sem quase entender, ao menos assim eu acredito, a letra e
a melodia, com uma paixão e uma alegria, que só conseguiu arrancar lágrimas dos
que presenciávamos aquela maravilha de ternura, inocência, de curiosidade, de
avidez pela vida.
Palavras
sábias, frases que ganharam a eternidade:
“Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
...”
Hoje, chegou a vez dessa realidade ter se
incorporado ao dia a dia dos meus filhos. A infância ficou para trás e o
presente-futuro depende fundamentalmente deles, mas também de nós, que como
pais não deixaremos de ajuda-los a viver.
Na faculdade é diferente. Ninguém fica por
conta de você, do teu aproveitamento escolar, da tua conduta. Isso pode
provocar distúrbios, desequilíbrios.
Eu não lembro ter tido esse tipo de reação, quando aconteceu a passagem do ensino médio para o superior, mas lembro do "baque" que tive quando finalizei a engenharia, vi que todos nos despedíamos,
fingindo ou aparentando que estávamos prontos para seguir a vida.
Estava entrando num universo raro, de competição diferenciada, de relacionamentos com matizes às vezes complicados, de responsabilidades, de surpresas e que hoje mais próximo da aposentadoria e pensando que já vi muito ou quase tudo, me deparo com situações e comportamentos inimagináveis.
Estava entrando num universo raro, de competição diferenciada, de relacionamentos com matizes às vezes complicados, de responsabilidades, de surpresas e que hoje mais próximo da aposentadoria e pensando que já vi muito ou quase tudo, me deparo com situações e comportamentos inimagináveis.
“Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem (ou essa mulher) tem feito
...”
Isto é só um pretexto inconsciente, simplesmente uma ocasião
para lembrar que o ciclo da vida se repete, que o desenvolvimento em espiral é
real, que aquelas criaturinhas indefesas ainda precisam de nós , pese a termos
que falar com eles olhado para cima e que em poucos anos, gerarão outras
criaturinhas que nem eles foram, que nem nós fomos um dia e que ainda preservamos
muito delas, Graças a Deus, das pessoinhas que um dia já fomos e que por
natureza, cada dia vamos mais ao encontro delas.
Os velhinhos são só crianças com experiências,
no melhor dos casos, quando não se perdem as habilidades de reter conhecimentos,
cheias de fragilidade e impedimentos, se despedindo da vida, mas com muitas ganas de viver. Do belo que é viver, é dai que eles tiram as forças.
“Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar”
Que viva a
continuidade!
Que vivam as rugas! Perai, rugas não, ai é palhaçada!
Então: Que viva a VIDA!
Que vivam as rugas! Perai, rugas não, ai é palhaçada!
Então: Que viva a VIDA!
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