quarta-feira, 29 de abril de 2015

Reflexões: Absurdo – Incoerente

Às vezes, as pessoas insultam aos parceiros, a aqueles seres, supostamente amados, com tamanhas ofensas, que não seriam ditas, nem aos piores inimigos.

Protegidas sob a fantasia do amor, de obrigações contraídas e compromissos, são capazes de ofender despiedadamente, magoar, humilhar, destruir.

Já vi vários casos de conhecidos, amigos, colegas e achegados, que nunca mais se falaram depois de uma palavra que não foi bem dita, de uma frase que não teve a melhor das colocações. Assunto encerrado e nunca mais.

As ofensas ferem e as feridas deixam sequelas, marcas indesejadas que ninguém gostaria de carregar e muito menos imaginar que foram provocadas por quem jura te amar.

As feridas doem, deixam lembranças horríveis chamadas de cicatrizes, que ninguém quer exibir e que sempre te remetem às circunstâncias que as provocaram.

Logo, simplesmente, chega o momento do arrependimento, da etapa para muitos obrigatória, de achar que palavras doces, lindas, conseguem curar os estragos provocados pela selvageria.

Por cima, essas pessoas querem ser novamente amadas como antes, virar a página, passar uma borracha, fazer um Faz de Conta que nada aconteceu e empurrar a vida.

Querem amor, fazer amor, respirar o mesmo ar, compartilhar.

Perdão!

Agiram de cabeça quente, como se o calor existisse só uma vez como sarampo e nunca mais contaminará e se manifestará.

Querem tudo, querem mais.

O direito a errar, a vilipendiar, a desrespeitar, a desabafar.

Proclamam para si o direito de serem amadas, adoradas, respeitadas, aceitas e perdoadas. A obrigatoriedade de viver uma vida sem rancores, ou seja sem memória, sem reações lógicas, sem passado ou com passado seletivo.

Tirem suas próprias conclusões: qualquer um discute um dia e fala aquilo que não queria dizer.

Dizem-se algumas verdades afogadas, entaladas na garganta, que poderiam ter sido ditas antes, em outro momento, em melhores condições, de outro modo.

Dizem-se algumas inverdades só para incomodar, para lesar, machucar e esculhambar a quem supostamente se ama.

Será que isso é amor? Também?

Só se estiver AMANDO  e muito, ou seja À MANDO do Capeta!

Palavras podem matar, apagar chamas de amor. Se não for de uma única vez, pode ser pouco a pouco. 

Palavras podem botar um ponto e final e não um ponto e seguido como muitos pensam, confiam, porfiam que sempre poderão reverter as situações.

O tiro pode sair pela culatra.

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