sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Kiev


Outra das cidades que visitei muito rapidamente há alguns anos e que afortunadamente tive a oportunidade de senti-la e vive-la um pouco melhor desta vez.
Bonita, funcional, com boa infraestrutura e qualidade de vida bastante facilitada. Vários lugares interessantes para visitar e mesmo sem procurar, as curiosidades daquele mundo chegam a você. Pessoas hospitaleiras e agradáveis. Respeitam o próximo.



Capital da Ucrânia, antiga república soviética, que alcançou sua independência com o fim da URSS, através de um decreto. Na prática, esse processo, vai um pouco além.
Cheguei no auge de um momento histórico, mundialmente conhecido: a ocupação da Praça de Maidan ou Praça da Independência na avenida Khreschatik, por parte de grupos de pessoas insatisfeitas com decisões governamentais e que poderiam atentar contra a preservação da independência, tão almejada e que precisou esperar longos anos.

Conseguirão ser plenamente independentes? Deixarão de ser dependentes de um para se tornarem dependentes de outro? Eles são independentes? Há alguém totalmente independente no mundo de hoje?


Se essas pessoas estão certas ou erradas, eu não sei. Só sei que estão convictas com suas ideias, que podem ser bem elaboradas ou até confusas, mas quem sou eu para julgar?

Impera bastante bagunça. Respira-se clima de insegurança. Dá a impressão de que de um momento a outro, aquela paisagem predominantemente branca, por causa da neve, pode atingir outros matizes mais escuros. Ninguém sabe com certeza se haverá diálogo. Ninguém pode confirmar se serão reprimidos novamente. Ninguém acertaria o desenlace desse conflito.

Bati fotos, algumas, muitas. La tem de tudo. Desde inconformados convictos ate oportunistas de todo calibre. Também não poderiam faltar aqueles cuja missão é descaracterizar o movimento e criar o terror, evitando que mais pessoas se adiram a causa.
Ao bater uma foto, alguém se aproximou e pediu para aparecer na mesma. E disse: “Eu quero que todo o mundo saiba que eu estive aqui, que existi e que até o dia da foto, eu estava vivo”. Ouvir aquilo foi difícil. Ver que sorria foi inacreditável.


Mas, essa foto, vai ficar comigo. Ele não vai morrer. Se Deus, que sempre quer e os homens quiserem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário