Todas as pessoas, ao chegarem a uma etapa determinada da vida deveriam escrever um pouco sobre si. Ao menos se não forem as clássicas memórias, seria bom relatar sobre fatos que aconteceram ao longo dos tempos.
O momento depende de cada um, de sentir que se chegou ao auge da sua caminhada, a um nível de amadurecimento que permita escrever com critério e dedicação.
Eu estou quase decidido a fazê-lo, mesmo sem saber se é por ter amadurecido ao ponto de quase apodrecer ou porque esteja no ápice do fundo do nada, mas o farei.
Tenho algumas-muitas preocupações. Há inúmeras passagens que não saberia como descrevê-las para que sejam assimiladas da maneira em que aconteceram. Há outras que gostaria que nunca as entendessem.
Reconheço que é mais fácil confundir do que explicar, mas não quero que ninguém se perca, senão pelo contrário, que me encontrem, que me achem, que me enxerguem simplesmente como o que sou: filho, irmão, primo, tio, pai, amigo, homem,..., ser humano.
Quero dizer coisas, falar do meu refinado gosto por coisas toscas, da minha oculta inclinação a rir de todo, da minha renúncia a hipocrisia, - não consigo dissimular os sentimentos -, mas estou aprendendo sem me tornar mais um hipócrita neste mundo.
Falar das minhas absurdas metas ou das fotos tiradas de perto que ficaram horríveis.
Será o livro do riso.
Será o livro da dor.
Será o livro da verdadeira vida.
Fatos protagonizados por mim.
Coisas que sei.
Coisas que vi.
Coisas que senti.
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