quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Foto: Santiago de Chile

Santiago, cidade sitiada por cordilheiras, um gigantesco e plano vale onde o vento não circula e a luta contra a poluição ambiental, mas do que uma mera prática para salvar o planeta é uma obrigação para continuar vivendo.


Com suas Grandes Alamedas que poderiam resultar pequenas para quem já viu outros passeios colossais e descomunais. Mas este tem o seu singular encanto, talvez o maior deles seja a tranqüilidade, que nem o intenso trânsito lateral consegue abalar.

No caminho: "El Palacio de La Moneda", com sua carga de fatos e acontecimentos que o tempo não consegue apagar e também não consegue acertar as respostas sobre o que aconteceu com Salvador Allende neste lugar. Não foi suicídio, não foi fuzilamento, simplesmente a resposta possível de ouvir é um termo tão ambíguo quanto explícito: “Ele se auto-eliminou”, ou seja, nada e tudo dito.

Uma cidade que cresce e se desenvolve. Sempre que a visito conheço novos lugares e me parece distinta.

Curiosamente a avenida que nos leva do aeroporto internacional até a cidade, foi construída por baixo do curso do rio Mapuche em forma de túnel. Uma engenhosidade e uma solução urbanística interessante quanto as árvores que predominam na cidade para combater o excesso de CO2, assim como a inversão da circulação das principais radiais na hora do rush.

A vida noturna é intensa, animada.

É um paraíso para comer frutos do mar, no Mercado Central, a gente se perde na quantidade de excelentes ofertas.


Os brasileiros se auto-catalogam como um povo apaixonado por carros e futebol. Acho que o endereço certo desta descrição são os chilenos.

É a porta de entrada de carros importados ao continente. É um grande laboratório para ver a aceitação dos mesmos na região.

Vi as famosas casinhas branquinhas do Bairro Alto, as que Vitor Jara imortalizou com suas músicas usando a sua sutil ironia.

Apreciei a beleza da singular pedra preciosa lapislazuli ou a pedra azul, que somente é encontrada neste país e em Afgenistão. Acredito que a de Kabul ou Cabul nunca a conseguirei ver, pelo menos lá. Mais do que a pedra preciosa, aprecio a vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário