quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Refletindo (3). Tôu Zangado

Tôu zangado

Hoje recebi a visita do funcionário da Prefeitura, que fica por conta de detectar focos de larvas de mosquitos transmissores da dengue, da leishmaniose e outras doenças.

O rapaz, - eu já o conheço de outras ocasiões-, explicou-me que o motivo da sua presença em casa, num intervalo de tempo tão curto, considerando a última vez que nos visitou, deveu-se a que receberam uma denúncia anônima, de que na minha casa tinha um “buraco grande com água parada”. Assim, nestes termos, estava escrito no relatório que me mostrou.

Facilitei-lhe a entrada e percorremos todos os lugares passíveis de ter o tal do buraco. Ele mesmo ficou surpreso, porque faz tempo que atende o meu lar e nunca observou nada suspeitoso ao respeito, tudo o contrário, ele sempre elogiou o cuidado que temos neste aspecto.

Eu senti vontade de ter em casa um criadouro de pernilongos adivinhos, capazes de me disserem quem foi o FDP que fez tal ligação, para esclarecer para ele onde estava o buraco e o que ele continha. Pena que não posso escrever aqui em sentido direto a minha resposta.

Em casa eu tenho um estanque, muito bem estruturado e construído, onde crio, sem fins lucrativos, carpas e tilápias, é uma espécie de terapia sadia, trato delas, colaboro com a reprodução, tem um sistema de recirculação de água e de oxigenação constante, que evita que a água fique parada, compro o tipo de ração indicada para estes animais que crescem e se desenvolvem bem, fora do fato dos peixes comerem as possíveis larvas que aparecerem.

Nos jardins, zelo para que não fique água estancada em nenhum lugar. Aliás, somos bastante organizados em casa e não albergamos objetos estranhos que ficam jogados, possibilitando a proliferação destes insetos.

Com freqüência limpamos as áreas, recolhemos o excesso de folhas no chão, podamos as árvores para facilitar a ventilação e tomamos os devidos cuidados, para garantir primeiro que tudo, a saúde da nossa família e, por conseguinte a da vizinhança.

Mais uma vez, lamento não poder dizer para ele onde que está o buraco grande, não sei como foi que ele conseguiu ver, a não ser que tenha se auxiliado de um espelho e o que tem dentro.

Acredito que o recurso de ligações anônimas é útil e válido quando bem intencionado e fundamentado.

Imagino que tenha sido algum dos moradores do prédio que fica do lado da minha casa. Talvez estejam incomodados com a falta de espaço que têm nos seus apartamentos, em contraposição com a abundância do mesmo, na minha moradia.

Por momentos senti vontade de contratar aqueles caras que confeccionam faixas e que as pessoas colocam para agradecer por atendimentos em hospitais, ou porque os filhos passaram no vestibular ou se formaram, ou  porque nasceu ou morreu alguém, etc.

No meu caso era para explicar para esse FDP onde é que estava buraco e com certeza não é no meu quintal. VSF.

Bom. E se foram os bombeiros que estiveram recentemente em casa, para cortar o Ipê Amarelo que morreu e tombou em cima do telhado da casinha da anciã dos fundos. ? Não acredito que sejam, mas ... a revolta também vai para qualquer um que tenha sido.

O Ipê morreu e os Pica-Paus foram embora.
Vizinho(a) de má entranha! (Obrigado Pedro Luis!)

Há tanta gente má!

Há tanta má gente! (Obrigado Amaury!)

Se te pego….

KKKKKKK

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