Este fim de semana, eu tive a feliz ideia de me
deslocar 450 km desde minha cidade até a sempre maravilhosa cidade de Rio de
Janeiro, que ao meu entender não só é “venerada” por suas belezas naturais e
por que não, físicas também, senão ademais por seus incríveis contrastes,
alguns deles, bem tristes. A maravilha nasceu da diversidade.
O Arnold Classic 2015, que transcorreu nas
instalações do RioCentro, é um magnânimo evento, com uma estrutura beirando a excelência,
geradora de inúmeros empregos temporários e com uma organização de elogiar.
É também uma máquina de fazer dinheiro, para
começar desde a chegada, onde o estacionamento custa a partir de 25 reais, o
que significa que andando na área dos carros, a cada 10 passos mais ou menos, teríamos
a cada lado uma arrecadação de 100 reais e lá você consegue dar centenas de 10
passos e por vários corredores lotados de carros estacionados. Sem falar do
custo dos ingressos, das opções de lanches, etc.
Para ser justo, o preço das
roupas, suplementos e produtos vendidos, em muitas ocasiões estava bem abaixo dos praticados em
lojas e sites e logicamente, o último dia é o ideal para
conseguir melhores descontos. Ninguém (os expositores) quer voltar carregado de
produtos e ter que pagar frete para retornar com a mercadoria, além de justificar
o que se pagou pelo stand.
São várias atividades paralelas e que acontecem
em diversos lugares, mas naquela área de eventos, funcionavam dois grandes
galpões. Um deles com competições e apresentações diversas que iam desde tae-kwon-do,
passando pela capoeira e o crossfit e tendo momentos de ápices com as
musculosas bailarinas de pole dance. No outro estavam localizados os espaços para a exposição e venda de produtos.
O ambiente garante um período de horas livres
ou alheio às desgraças humanas e naturais, sem terremotos, sem assaltos, sem assassinatos
e longe da última moda dos esfaqueamentos, sem aparente corrupção, sem notícias
da Dilma, do seu desgoverno, de todos os escandalosos “ão” que caracterizaram seus
mandatos e o seu partido de maneira geral, sem greves, sem manifestações, Zen.
Lá se reúnem desde simples admiradores da
beleza física, exibicionistas de toda índole até humanos preocupantemente
obcecados com quebrar os limites do corpo, os que supostamente não fazem mal a ninguém,
só a eles mesmos, sempre que não se tornarem aliciadores, captadores e
recrutadores de novas vítimas.
Sai daquele evento, que é doentiamente sadio, com
uma convicção: toda aquela beleza brutal e escultural, em hipótese alguma, é o
resultado da indústria mostrada na feira. Dedicação e suplementação são
determinantes e ajudam. Mas ao mesmo tempo, sugiro um evento paralelo ou posterior, mais sincero e honesto, para evitar que desconhecedores se iludam e acreditem que somente com muita dedicação e o consumo daqueles suplementos, alcançarão aquela
brutalidade corporal.
A viagem foi também a oportunidade de
compartilhar o tempo com um grande velho amigo, para o qual dei uma definitiva
enorme mostra da minha amizade, ao me fazer aguardar numa fila por espaço
de 30 minutos, para bater uma foto com uma linda celebridade do momento. Ele é
extasiado com a beleza da “menina” (lembrem-se da trilogia: mulher, carro e
futebol) e queria chegar junto, só por chegar. Aquilo sempre me pareceu fútil
desnecessário e cafona, mas não prejudica a alma, nem reduz os neurônios e aproveitei
para fazer o que não teria feito nunca.
Os minutos passaram muito rápido, a quantidade
de informação visual que a feira proporciona, faz com que os instantes voem.
A beldade em questão era Aline Riscado. Fiz uma
homenagem também ao Verão que me recebeu nesta cidade, tendo saído da minha BH
com altos vestígios do inverno. A garota mostrou-se muito simpática e
acessível, tentando atender a todos. De indiscutível beleza feminina, sem
beirar a musculosidade masculina e impressionante amabilidade, nos recebeu
igual a todos, com a simpatia de quem não chegou ao patamar de uma estrela, ou
daquelas que têm o cérebro ofuscado pelo ego e que já se tornaram celebridades
inatingíveis. Só posso lhe desejar muito sucesso.
A convivência com o meu amigo, também me fez
descobrir um detalhe bem curioso, a relação diretamente proporcional entre o consumo
de batata doce e a quantidade e nível das flatulências: que maneira de peidar
aquele cara! Às vezes, à noite eu acordava pensando ter ouvido algum estrondo
ou barulho diferente, mas não era a guerra chegando, era a batalha de gases que estava
acontecendo no corpo do meu colega, mas qual não seria a minha surpresa, quando
me revelou, que se naqueles galpões, tivessem acendido um fósforo, aquilo tudo
estouraria em frações de segundo e que isso não era privilégio só dele.
Por lá desfilavam e posavam para fotos, muitas
fotos, várias deusas, gigantes, celebridades, subcelebridades e outros e
outras querendo virar notícia.
É incrível como a TV pode alterar a imagem das
pessoas, para bem e para mal também.
Acho que este corpo dispensa apresentações. Nem mostrar o rosto se faz necessário. Sabe quem é?
Como bom aprendiz de mineiro que sou, que carece de praias,
curti um pouco no Recreio, ainda que o mar naquela região seja apropriado para
surfistas, mas o ambiente do lugar enfeitiça qualquer um.
Nas areias, tive uma surpresa. Uma famosa linda
atriz, apresentadora, modelo, ganhadora de diversos realities, etc., estava
fazendo uma sessão de fotos com um fotógrafo profissional e passei, de maneira
discreta, apreciei o “material”, continuei andando e involuntariamente, enquanto andava,
me voltava para ver desde outros ângulos, mas tive uma repentina decepção,
quando numa das minhas viradas, a peguei no pulo literalmente, no instante em que se levantava e uma
deformidade em forma de bico, apareceu em cada glúteo.
Parece que o silicone porfiava em marcar
presença e com vontade própria ia para onde queria. Ela, visivelmente
constrangida corria para vestir uma sainha por cima do sensual biquíni. Nada: um
dia, a verdade escondida aparece e o que menos se espera acontece! Ela não é aquilo tudo que aparece nos pôsteres, mas mesmo assim, a baixinha é muito bonita. Foi traída pela vaidade e cá entre
nós, acho que não precisava desses excessos, já que os atributos que fizeram com que ficasse desejada e como referência de beleza, nunca estiveram relacionados com abundância traseira, mas como elas vivem da imagem,
... vale tudo!
Voltando ao evento.
Este stand com a sua decoração, suas belezas físicas, sua animação e fundamentalmente seus rockeiros, fez a diferença.
A minha nota 10 vai para o
público.
Hoje, no país onde vivemos, é praticamente impensável ver tantas pessoas dividindo um mesmo espaço e sem nenhum incidente lamentável,
que tirasse a calma dos frequentadores que se divertiam a plenitude. Sem
arrastões, sem correrias, sem tensões.
Em fim: foi muito bom ter ido e fugido da minha realidade.