sexta-feira, 5 de junho de 2015

O Tamanho.

Certa vez, há alguns anos atrás, coincidi numa pre-operação com um pequeno grupo de colegas, onde o ambiente e o relacionamento era muito bom, o que não costumava ser sempre assim em outros grupos, outras empresas e outras circunstâncias.

As atividades transcorriam num estado bem distante, numa região remota e de difícil acesso.

Eu fui por poucos dias para dar um suporte, mas rapidamente me integrei na dinâmica do coletivo.

Naqueles paragens existiam, como em tantos outros no nosso país e no mundo, um grupo de meninas que se dedicavam a fazer mais amena a estadia dos visitantes e chegavam ao ponto de estabelecer relações mais estreitas com a galera.

Lembrou-me de uma noite, em que sentados à mesa do único bar da comarca, uma delas que era bem para frente e sem papos na língua, contava história dos casos com os caras, dos exageradamente bem dotados, os sujos, os toscos, os incansáveis, os broxas, etc.

Nesse dia, não estava presente um dos nossos colegas que é de origem asiática e que também tinha desfrutado várias vezes das bondades da moça.

Na mesa também estava presente outro achegado, que não tem vergonha de nada e vocês sabem como é a questão do bulling com os amarelos, com relação ao tamanho “daquilo”.

E não é que ele perguntou para a mocinha, se o tamanho do bilau do japonês era pequeno mesmo.

Ela sorriu, desconversou e continuou a contar histórias.

De vez em quando o cara insistia com o assunto e mais porque ela dava pé com o proceder evasivo.

Até que em fim decidiu responder depois de uma pequena pausa e de fazer aquele rostinho sapeca que a caracterizava.

Talvez essa foi a melhor e mais completa resposta que escutei em anos.

Ela disse: se você quer saber como é, então dá para ele que nem eu fiz!

Aquilo foi um balde de água gelada e todos rimos até...., mas, nunca mais se falou do assunto, nem se comentou o incidente.

Passados mais de 05 anos, eu estava conversando com o meu amigo, o japonês e contei toda aquela história que inacreditavelmente, ninguém nunca compartilhou com ele. O tempo tudo mostrou-se preocupado e curioso por saber qual foi a resposta da garota.

Ele ficou abismalmente surpreso quando soube da resposta.

Nunca imaginou, que uma pessoa que supostamente era o protótipo da falta de moral e de ética, tivesse tido esse cuidado para com ele, aquele respeito.

Várias vezes perguntou-me, não acreditando.

Aquela curiosidade pelas intrigantes dimensões íntimas, não foi além de uma brincadeira, porque a dizer verdade, ninguém estava realmente interessado em saber o tamanho, já que não teria a menor importância, nem utilidade, não somente para mim, nem para quem fez a pergunta, nem para qualquer um dos colegas que estávamos nos divertindo aquele dia, em volta de algumas garrafas de cerveja.

O meu amigo não é muito alto.

O meu amigo é mais bem miúdo, mas é enorme, é gigante, é de um tamanho, dos que já não se fabricam mais, ou pelo menos custa encontrar.


Parece que não fui eu o único que reconheceu o valor do meu caro, onde a grandeza não se poderia equiparar a centímetros de falsa virilidade.

Mesmo sem ele saber, hoje deu-me mais uma mostra do seu tamanho, quando ele mesmo não acredita na percepção que os outros têm dele. Não tenha dúvidas, não. Você é bom!. Você é uma pessoa muito boa.

Meus eternos respeitos para a moça que teve mais moral e mais ética, que muitos que se intitulam moralistas e éticos.

Grande abraço para você, gente boa!

Aparece!

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