domingo, 26 de setembro de 2010

Artigo: O Mundo dos Terceiros. A Terceirização.

A terceirização: um assunto que não é tão simples como parece.

Pressupõe agilidade, rapidez e qualidade.

O avanço de um novo tipo de relacionamento entre clientes e fornecedores.

Estabelecimento de parcerias entre empresas em meio de uma economia capitalista.

São os novos tempos.

http://www.administradores.com.br/artigos/o-mundo-dos-terceiros-a-terceirizacao/43192/

1. INTRODUÇÃO

Desde que o conceito de terceirização foi assumido, como forma principal de condução dos negócios para muitas empresas, as experiências obtidas são variadas, mas infelizmente, o mecanismo necessário de retroalimentação para corrigir os erros cometidos durante o processo de funcionamento, não tem operado da maneira mais eficiente.

O presente artigo está destinado a abordar assuntos, concernentes ao universo da terceirização de serviços e trabalhos em geral, mas basicamente orientado a projetos no ramo da automação industrial, podendo ser facilmente aplicado a outras esferas..

São os novos tempos. Ex-funcionários reaproveitados diretamente pela contratante ou junto ao fornecedor.

2. CONTEÚDO DA TERCEIRIZAÇÃO

A terceirização é uma poderosa ferramenta de modernização empresarial, sendo uma das grandes tendências gerenciais atuais, incorporadas no dia-a-dia das empresas.

Este processo de delegação da execução das atividades, geralmente para pessoas jurídicas, que assumem responsabilidades dentro de certos limites, obedece a analises de relações de custo/benefício e até de inviabilidade de assumir o empreendimento em todas suas etapas ou parcialmente.

Para tomar esta decisão, na maioria dos casos são considerados aspectos financeiros, de qualidade, técnicos ou de especialização.

As regras da contratação e as fronteiras de responsabilidade, em ocasiões, carecem de precisão e albergam espaços para "furos" que devêm em prejuízos para o usuário final e "atoladeiros" para a contratante, ao tempo que propiciam a falta de comprometimento por parte dos terceirizados. 

A elaboração das mesmas inclui armadilhas em extremo perigosas na hora de solucionar conflitos, evidenciando deficiências no processo de identificação dos riscos.

Descuidos e leviandades acontecem, pelo pouco envolvimento do "intermediário" ou empresa representante com a finalidade real do projeto e/ou a falta de expertise necessária sobre os produtos e soluções ofertadas.

Em hipótese alguma, terceirizar é sinônimo de abandonar, não acompanhar ou simplesmente cobrar. É ante tudo, ter ciência da responsabilidade perante o cliente final, participar e se posicionar corretamente em todas as situações, assumindo a postura de parceiro com a empresa que está nos representando, sem paternalismos, sem arrogâncias e com a qual se deve manter uma relação o mais duradoura possível, o que será proveitoso para ambas as partes e para os clientes também.

Parceria significa convergência de interesses, trabalho em conjunto, em torno de objetivos comuns, facilitando deste modo o entrosamento, a adaptação e o aprimoramento.

Em contraposição com o enfoque tradicional do modelo de gestão, a parceria gera confiança, estabelece uma relação de sócio com os fornecedores e não de adversário, no caminho para a instauração do fornecedor único, que possibilita melhores e preferenciais condições.

As empresas não podem se colocar fundamentalmente como emissoras de notas fiscais, usufruindo dos benefícios dos acordos estabelecidos com terceiros.

A responsabilidade da contratante, nunca poderá ser transferida por completo para o contratado. As instituições contratadas, deverão ter bem definidos e esclarecidos os marcos das obrigações que lhes competem e representam, sob penalidades legais e devidamente discutidas e observadas por todos os interessados com responsabilidade em sentido ascendente.

É essencial evitar tensões, desgastes e complexidades que podem comprometer os benefícios do negócio.

Com tudo, a mesma deve ser praticada com cautela.

3. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Durante muitos anos, esta atividade de terceirização, limitou-se a relativamente poucos segmentos, sendo o de logística o mais favorecido e disseminado, mas atualmente, sob o impacto das novas tecnologias, as atividades empresariais já adotam estas soluções em outras direções.

Existem inúmeros exemplos de resultados positivos no que se refere à terceirização dentro da automação industrial, sempre que observados os requerimentos necessários e estabelecidos os procedimentos essenciais para o sucesso da atividade.

Este processo não pode ser visto como um conjunto de diretivas a seguir, porque cada caso têm as suas particularidades, dependendo de:

-Envergadura do empreendimento,

-Foco e peso principal das empresas envolvidas,

-Estágio de desenvolvimento de cada instituição,

-Melhores práticas atuantes no processo de contratação.

Assim teremos relatos de situações similares com adoção de providências diferentes para conseguir os resultados desejados.

Dentro da automação industrial, estas atividades podem centrar-se em processos integramente de execução, ficando por conta da contratante tanto a solução praticada como a gerência total, ou já até entregam-se todas as fases do projeto, para terceiras empresas, dependendo da situação, mediando todo um processo de rendição periódica de contas e seguimento das ações executadas.

A concepção do processo de terceirização por si só, por muito bem que tinha sido feita, não garante o sucesso. Um momento fundamental o constitui o controle e diligenciamento.

A decisão de terceirizar é submetida a critérios desde a etapa da licitação e concorrência, mas costuma ter sensíveis variações durante o transcurso do tempo da realização, no referente ao grau ou intensidade e as formas de implementação.

Possibilita a entrada em áreas anteriormente impensadas, permitindo uma maior distribuição no mercado, modalidades diferentes de assumir os projetos, significando um ganho substancial para a atividade como um todo.

Sobre a base de um trabalho conhecido de análise dos riscos e situações de terceirização, adaptaremos ao nosso entorno, as dez competências-chave que podem ajudar as organizações a terem uma gestão eficiente durante a terceirização:[1]

-Gestão de estratégia: objetivos da terceirização têm de estar alinhados com os negócios da empresa. 

-Gestão de riscos: prevenir, detectar e reduzir os riscos dos fornecimentos pode diminuir substancialmente os níveis de risco em todas as ofertas. 

- Gestão financeira: formular metas financeiras com a empresa como, por exemplo, reduzir o custo total da terceirização num índice percentual determinado dentro de um período de tempo especificado. 

-Gestão de demanda: supervisionar e definir prioridades de serviços no core business da organização para otimizar recursos e competências em todas as atividades terceirizadas. 

-Gestão de serviço: alinhar os serviços internos e externos para chegar, sem emendas e paliativos não recomendados, ao resultado final. 
-Gestão de programa: alinhar estratégias para que os projetos alcancem os resultados desejados. 

-Gestão civil: manter relações com todos os prestadores de serviços e definir expectativas de desempenho. 

-Gestão de Pessoas. 

-Gestão de desempenho: ajuda a otimizar os custos e assegurar que os objetivos de negócio, novos ou revistos, sempre são atingidos. 

-Gestão de contrato: manter os contratos internos e as melhores práticas para uso futuro.

4. TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS EM PROJETOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

O processo de terceirização dentro de uma empresa de automação industrial, não foge dos princípios básicos estabelecidos para esta implementação, onde a atividade-fim, mantém sob a responsabilidade total da empresa contratante.

Dentro deste setor, há atividades cuja terceirização é bem difundida, enquanto outras estão praticamente em fase bem incipiente, quase que experimental.

No ponto alto do funcionamento da terceirização neste tipo de projetos, encontram-se a coordenação de todos os fatores e atividades, o gerenciamento eficiente, o planejamento detalhado e preciso, assim como uma eficaz fiscalização dos recursos, investimentos e movimentações financeiras.

As empresas de automação industrial de pequeno porte constituem a canteira para o desenvolvimento dos trabalhos de terceirização, e dada à estrutura simples que geralmente possuem, absorvem a maior quantidade de serviços internos, solicitando por vezes os auxílios de contadores, advogados, companhias de limpeza, auxiliares de escritório e de outros profissionais liberais, para eventos específicos.

Estas pequenas empresas costumam também formar parcerias com pessoas jurídicas que complementam os trabalhos solicitados.

Terceirizações mais aplicadas dentro das empresas de automação industrial de mediano e grande porte:

Trabalhos específicos, relacionados com a atividade final:

1.- Programação. Terceirização das atividades de software, programação desde os níveis mais baixos (CLP's e similares), passando por sistemas supervisórios completos ou de maneira parcial, fundamentalmente desenho de telas, seguindo para níveis superiores e mais corporativos, tais como PIMS, MES, etc., que requerem às vezes de conhecimentos maiores e mais aperfeiçoados, assim como outros serviços mais específicos de baixa demanda geral.

2.- Fabricação de painéis. Esta é uma atividade em extremo especializada e de custos significativos e para a qual existem empresas com o perfil direcionado, incorporando profissionais. Os testes dos painéis são guiados, assumidos e aprovados pela contratante, como parte da responsabilidade contraída com o cliente final.

3.- Projeto de Instalação eletromecânica. Geralmente há empresas dedicadas a este tipo de atividade exclusivamente, já que implica um conhecimento muito pontual de aspectos específicos segundo o tipo de indústria e processo a ser automatizado. As empresas de automação costumam apresentar as especificações a repassar a realização.

Serviços altamente especializados e focalizados:

4.- Gráfica. Empresas especializadas em serviços de desenhos e gráfica, encarregam-se da entrega e apresentação, a partir de esboços e instruções recebidas nos moldes combinados, usando ferramentas custosas e de última geração, necessárias para os padrões de entrega exigidos pelos clientes.

5.- Montagem eletromecânica. É uma atividade que foge do padrão dos perfis das equipes nas empresas deste tipo. Inclui uma quantidade de mão-de-obra elevada, em dependência das dimensões do empreendimento, mas de custo relativamente baixo e para ser empregada por um período de tempo bem definido. Composta de pessoal especializado em realizar serviço de campo fundamentalmente.

6.- Transportação. Esta atividade, incluindo o transporte de materiais, equipamentos, etc., fica por conta de transportadoras, especializadas nestes trâmites.

Serviços gerais de apoio:

7.- Limpeza e manutenção predial. As empresas costumam ter um administrador próprio que gerencia, organiza e serve de interface com a instituição prestadora de serviços afins. Há casos onde esta figura local não existe e estabelecem-se acordos e bases para a realização dos serviços, ficando por conta da contratada o controle da atividade e o desempenho dos seus funcionários, que são os encarregados de executar todos os serviços de limpeza e manutenção geral da instalação civil.

8.- Relações públicas. O marketing externo, o posicionamento da empresa no mercado, divulgação dos trabalhos e sucessos para a imprensa, ficam por conta de empresas do ramo de publicidade, existindo nas empresas de automação uma pessoa responsabilizada em passar as informações requeridas, assim como outros detalhes sobre o que será publicado e a finalidade.

Há também um conjunto de atividades, que vêm ganhando um espaço maior dentro da terceirização por parte das empresas de automação industrial de mediano e grande porte, mas ainda não constituem uma generalidade. Dentre elas podemos citar:

1.- Planejamento. Há empresas que contratam estes serviços a profissionais especializados em esta atividade para ser executada durante todo o empreendimento ou mais comumente para a fase de posta em marcha na obra propriamente dito.

2.- Gerenciamento. É uma atividade de alto custo a ser desempenhada por profissionais diferenciados no mercado, dependendo da envergadura do projeto e para a qual as empresas estão optando por contratar e contar com a experiência, competência e responsabilidade de especialistas afins.

3.- Importação. Não é raro que as empresas de automação industrial, visando reduzir os custos e usando as vantagens da globalização, negociem diretamente com os fornecedores e produtores, mas para a efetivação dos pedidos, apóiam-se em empresas de importação, que possuem os meios necessários e conhecem dos requisitos legais exigidos, contando com reconhecimento alto nesta atividade, pela segurança e eficiência.

4.- Consultoria jurídica. Atividade muito especializada e para a qual os escritórios de advocacia reservam espaços e profissionais para tratarem assuntos concernentes a contratos de projetos, questões trabalhistas, etc., estabelecendo parcerias e vínculos duradouros com empresas deste ramo industrial.

5. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA TERCEIRIZAÇÃO

O conceito de terceirização, estabelecido com regras e bases, data desde a II Guerra Mundial, praticado pela indústria bélica e foi introduzido pelos Estados Unidos. Já no Brasil, consolidou-se a partir da década de 1990 e começou pelas indústrias têxteis e automobilísticas.

A abertura do mercado e a globalização da economia facilitaram o fortalecimento desta atividade, forçando às empresas a desenvolverem estratégias competitivas baseadas na cooperação, para alcançar maior produtividade e qualidade, num cenário cada vez mais exigente.

Certamente a qualidade de um serviço ou de um produto, é um termo impreciso, mas em princípio precisa atender às necessidades e expectativas do cliente, assim como deve ter adequação ao uso a que se destina.

Como toda atividade humana, a terceirização tem suas imperfeições e acertos, ou como comumente conhece-se: vantagens e desvantagens.

Assim temos momentos paradoxais, tais como, por exemplo, a idoneidade do terceiro. Se achada, constitui uma vantagem, mas se errarmos na escolha, tornasse uma desvantagem significativa.

5.1 Vantagens da Terceirização

Nem sempre é possível abarcar tudo sob uma única estrutura empresarial por carecermos dos itens, produtos ou expertise suficiente em determinado assunto e desde esta ótica, a terceirização veio como uma solução viável de integração de diferentes atividades, administradas por um núcleo organizador, diretor e responsável.

A contratação de serviços dentro das convenções da terceirização nos poupa da necessidade de manter uma equipe própria que pode se tornar custosa e em época de carga baixa, obrigarmos a tomar decisões drásticas de diminuição do número de empregados, etc. Assim uma única empresa especializa-se em determinadas funções e atende a demanda para questões pontuais.

O gerenciamento de certos temas adquire matizes diferentes e menos traumáticos, ao prescindir de assumir salários, encargos sociais em geral, qualificação técnica do pessoal especializado assim como providenciar um espaço físico dentro da organização.

Atinge-se uma eficiência na racionalização e identificação das capacidades dos recursos humanos, garantindo um melhoramento da gestão das pessoas, ao serem direcionadas para aquilo que foram treinadas e onde podem demonstrar maiores e reais competências.

Geralmente os chamados consórcios que conseguem ganhar grandes projetos, baseiam-se neste princípio de dividir a execução e responsabilidade sobre as diferentes partes do empreendimento. Estes conseguem envolver uma quantidade considerável de grandes e pequenas empresas, mas para os efeitos do cliente final há um responsável vendedor, com o qual estabelecem os vínculos para cobranças, reclamações, planejamento e todo o relacionado com os serviços contratados e agregados.

A terceirização não pode ser enxergada exclusivamente como um caminho para reduzir os custos de mão-de-obra. Ela gera um ganho de qualidade, eficiência, especialização, eficácia no desenvolvimento e produtividade geral.

Por outro lado, também constitui uma alternativa de sobrevivência para muitas empresas que não pretendem, não podem, nem estão interessadas em se afastar da atividade fundamental, mas apresentam certa urgência na redução de custos. 

Possibilita o crescimento sem grandes investimentos, preservando a focalização da empresa na sua área de atuação.

5.2 Desvantagens da Terceirização.

Uma terceirização mal fundamentada, concebida com graves erros, pode colocar em perigo a imagem da empresa responsável, privando-a do seu diferencial competitivo.

Para empresas que contemplam a produção e implementação de seus próprios produtos, a terceirização apresenta-se como uma arma poderosa para que mais usuários adotem suas produções, mas ao mesmo tempo obriga a estas empresas a estarem um passo à frente dos integradores para não serem constantemente cobradas pela falta de conhecimentos e de domínio de uma ferramenta em específico.

Os terceiros podem e têm o direito de andar pelos seus próprios pés e nesta tentativa a fuga da expertise e do capital humano é quase que inevitável, dadas as vantagens de valorização futura que o pessoal adquiriria na nova empresa. 

Em outras palavras, aumenta a dependência de terceiros.

O poder de barganha do fornecedor responsável, sobre o executante possuidor da inteligência, diminui e as condições da negociação variam.

Não necessariamente, terceirização implica redução de custos, mesmo que no papel, todos os cálculos que foram feitos, indicassem este resultado.

Uma má gestão pode implicar um descontrole e desconhecimento da mão-de-obra, a contratação involuntária de pessoas inadequadas, perdas financeiras em ações trabalhistas movidas pelos empregados terceirizados, dentre outros problemas.

Outro ponto negativo seria a elaboração de contratos não projetados para proporcionar a flexibilidade necessária, durante um momento de rápida adaptação a um mercado em mudança, como costuma acontecer na prática.

As estruturas do poder sofrem constantes alterações, dada a relatividade das relações hierárquicas.

Dificuldades para a empresa alcançar uma identidade. Facilidades para perdê-la. 

A terceirização tanto pode ser vilã como pode se tornar heroína.
Ela pode destruir todos os esforços feitos na etapa da realização como um todo, gerando insatisfação extrema nos clientes, ao tempo que pode acrescentar muito ao processo principal, funcionando como um acabamento perfeito da atividade.

Terceirizar, em muitos casos, é uma necessidade real e insubstituível.

Para não concluirmos em que é um Bem ou um Mal necessário, o melhor seria: ficarmos de olho!

5.3 Resistência à Terceirização.

Torna-se cada vez mais freqüente, o surgimento de clientes finais que colocam restrições ao emprego de terceiros por parte da empresa contratada.

Este problema tem a sua explicação lógica. Os comportamentos na prática têm possibilitado o aparecimento destas posturas de rejeição.

Muitas empresas contratadas gabam-se de possuir a expertise dos projetos e das soluções, mas na prática não contam com a totalidade daquilo que professam, ao tempo que se convertem em reféns absolutos de terceiros, por elas carecerem da capacidade profissional suficiente e necessária, para resolver muitos problemas apresentados pelo cliente final, após a finalização do empreendimento.

Não existe um programa interno nestas empresas para assimilar e dominar o desenvolvimento feito pelos terceiros. Não há estrutura para suportar tanta informação, tanto serviço.

Os clientes recusam-se a depositar confiança e deixar o projeto em mãos diferentes daquelas para as quais foi vendido, porque mesmo existindo termos de compromisso e cláusulas que protegem judicialmente, os danos decorrentes da falta de manutenção e auxílio em situações críticas, são consideráveis.

O mais comum que está acontecendo e visando pressionar o grau de compromisso (ou como alguns gostam hoje de chamar: commitment) da contratada, assim como as responsabilidades pós venda e pós entrega, é os clientes aceitarem o uso de terceiros para desenvolver e apoiar, mas na hora de implementar, da posta em marcha, exigem a presença e envolvimento pleno da contratada no projeto.

Os terceiros não podem o tempo todo ficar a mercê de velhos contratos com empresas intermediárias. Eles precisam procurar novas receitas. Nem sempre, mesmo querendo, estão disponíveis para atender chamados feitos por antigos parceiros, em contratos nos quais não tinham a responsabilidade direta. Eles também podem estar interessados em mostrar serviço, em marcar presença, em um dia serem grandes e terem maior poder de barganha e negociação.

O tempo dos terceiros não está nem perto do fim, está só sofrendo modificações e continuará experimentando mudanças para se adequar às exigências do mercado e da produção.

O fenômeno da inversão de conceitos. A expertise está mais com os terceiros, os verdadeiros executantes, do que com os que terceirizam.

Muitas vezes a expertise dos que terceirizam vira "ridiculicie", vergonha e incompetência comprovadas.

Não haverá expertise sem real competência. A competência adquire-se em muitas ocasiões, primeiro de maneira teórica, mas a prática nunca deixará de ser critério da verdade.

6. CONCLUSÕES

Terceirizar serviços não significa perder o controle da empresa, ou o comando dos funcionários. A contratante pode ter controle total dos serviços terceirizados e de fato este é o caminho, para não experimentarmos a incômoda sensação, de perda do domínio da situação.

Sem dúvidas, a terceirização tem ajudado muito no processo de agregação de valor aos serviços e na elevação da qualidade em geral.

Hoje podemos contar com o auxílio de um serviço apoiado em tecnologia de ponta, sem precisarmos possuir a mesma, sem fazermos altos investimentos.

Parafraseando uma conhecida expressão, muito jocosamente empregada de maneira irônica num trabalho de publicidade na televisão brasileira, por uma companhia de telefonia celular: “Quem ama bloqueia”, neste caso a nossa dica seria: “Quem ama o seu negócio, fiscaliza os serviços terceirizados”.

Corre-se o risco do atual emprego ser substituído pela terceirização ou ser automatizado?

Ao respeito, citaremos textualmente um parecer publicado no Panorama Brasil: "A terceirização, que em parte é gerada pelo desemprego, também gera desemprego. "Nem sempre o mercado absorve toda a mão de obra dispensada".", mas isto é tema para outro artigo.

Apareceu mais um novo concorrente de peso. A resposta é prepare-se mais e melhor: qualifique-se! Alguém poderia responder: Até onde? Até quando?


7. REFERÊNCIAS

B2B Magazine. Riscos da Terceirização, Agosto 2009 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maio 2002 Priscilla Negrão. Panorama Brasil, Terceirização de serviços é economia para empresas. 21/05/2002

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