A terceirização: um assunto que não é tão simples como parece.
Pressupõe agilidade, rapidez e qualidade.
O avanço de um novo tipo de relacionamento entre clientes e fornecedores.
Estabelecimento de parcerias entre empresas em meio de uma economia capitalista.
São os novos tempos.
Pressupõe agilidade, rapidez e qualidade.
O avanço de um novo tipo de relacionamento entre clientes e fornecedores.
Estabelecimento de parcerias entre empresas em meio de uma economia capitalista.
São os novos tempos.
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1. INTRODUÇÃO
O presente artigo está destinado a abordar assuntos, concernentes ao universo da terceirização de serviços e trabalhos em geral, mas basicamente orientado a projetos no ramo da automação industrial, podendo ser facilmente aplicado a outras esferas..
São os novos tempos. Ex-funcionários reaproveitados diretamente pela contratante ou junto ao fornecedor.
2. CONTEÚDO DA TERCEIRIZAÇÃO
A terceirização é uma poderosa ferramenta de modernização empresarial, sendo uma das grandes tendências gerenciais atuais, incorporadas no dia-a-dia das empresas.
Este processo de delegação da execução das atividades, geralmente para pessoas jurídicas, que assumem responsabilidades dentro de certos limites, obedece a analises de relações de custo/benefício e até de inviabilidade de assumir o empreendimento em todas suas etapas ou parcialmente.
Descuidos e leviandades acontecem, pelo pouco envolvimento do "intermediário" ou empresa representante com a finalidade real do projeto e/ou a falta de expertise necessária sobre os produtos e soluções ofertadas.
3. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
Durante muitos anos, esta atividade de terceirização, limitou-se a relativamente poucos segmentos, sendo o de logística o mais favorecido e disseminado, mas atualmente, sob o impacto das novas tecnologias, as atividades empresariais já adotam estas soluções em outras direções.
A concepção do processo de terceirização por si só, por muito bem que tinha sido feita, não garante o sucesso. Um momento fundamental o constitui o controle e diligenciamento.
-Gestão de riscos: prevenir, detectar e reduzir os riscos dos fornecimentos pode diminuir substancialmente os níveis de risco em todas as ofertas.
- Gestão financeira: formular metas financeiras com a empresa como, por exemplo, reduzir o custo total da terceirização num índice percentual determinado dentro de um período de tempo especificado.
-Gestão de demanda: supervisionar e definir prioridades de serviços no core business da organização para otimizar recursos e competências em todas as atividades terceirizadas.
-Gestão de serviço: alinhar os serviços internos e externos para chegar, sem emendas e paliativos não recomendados, ao resultado final.
-Gestão de programa: alinhar estratégias para que os projetos alcancem os resultados desejados.
-Gestão civil: manter relações com todos os prestadores de serviços e definir expectativas de desempenho.
-Gestão de Pessoas.
-Gestão de desempenho: ajuda a otimizar os custos e assegurar que os objetivos de negócio, novos ou revistos, sempre são atingidos.
-Gestão de contrato: manter os contratos internos e as melhores práticas para uso futuro.
4. TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS EM PROJETOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
O processo de terceirização dentro de uma empresa de automação industrial, não foge dos princípios básicos estabelecidos para esta implementação, onde a atividade-fim, mantém sob a responsabilidade total da empresa contratante.
Dentro deste setor, há atividades cuja terceirização é bem difundida, enquanto outras estão praticamente em fase bem incipiente, quase que experimental.
No ponto alto do funcionamento da terceirização neste tipo de projetos, encontram-se a coordenação de todos os fatores e atividades, o gerenciamento eficiente, o planejamento detalhado e preciso, assim como uma eficaz fiscalização dos recursos, investimentos e movimentações financeiras.
As empresas de automação industrial de pequeno porte constituem a canteira para o desenvolvimento dos trabalhos de terceirização, e dada à estrutura simples que geralmente possuem, absorvem a maior quantidade de serviços internos, solicitando por vezes os auxílios de contadores, advogados, companhias de limpeza, auxiliares de escritório e de outros profissionais liberais, para eventos específicos.
Estas pequenas empresas costumam também formar parcerias com pessoas jurídicas que complementam os trabalhos solicitados.
Terceirizações mais aplicadas dentro das empresas de automação industrial de mediano e grande porte:
Trabalhos específicos, relacionados com a atividade final:
1.- Programação. Terceirização das atividades de software, programação desde os níveis mais baixos (CLP's e similares), passando por sistemas supervisórios completos ou de maneira parcial, fundamentalmente desenho de telas, seguindo para níveis superiores e mais corporativos, tais como PIMS, MES, etc., que requerem às vezes de conhecimentos maiores e mais aperfeiçoados, assim como outros serviços mais específicos de baixa demanda geral.
2.- Fabricação de painéis. Esta é uma atividade em extremo especializada e de custos significativos e para a qual existem empresas com o perfil direcionado, incorporando profissionais. Os testes dos painéis são guiados, assumidos e aprovados pela contratante, como parte da responsabilidade contraída com o cliente final.
3.- Projeto de Instalação eletromecânica. Geralmente há empresas dedicadas a este tipo de atividade exclusivamente, já que implica um conhecimento muito pontual de aspectos específicos segundo o tipo de indústria e processo a ser automatizado. As empresas de automação costumam apresentar as especificações a repassar a realização.
Serviços altamente especializados e focalizados:
4.- Gráfica. Empresas especializadas em serviços de desenhos e gráfica, encarregam-se da entrega e apresentação, a partir de esboços e instruções recebidas nos moldes combinados, usando ferramentas custosas e de última geração, necessárias para os padrões de entrega exigidos pelos clientes.
5.- Montagem eletromecânica. É uma atividade que foge do padrão dos perfis das equipes nas empresas deste tipo. Inclui uma quantidade de mão-de-obra elevada, em dependência das dimensões do empreendimento, mas de custo relativamente baixo e para ser empregada por um período de tempo bem definido. Composta de pessoal especializado em realizar serviço de campo fundamentalmente.
6.- Transportação. Esta atividade, incluindo o transporte de materiais, equipamentos, etc., fica por conta de transportadoras, especializadas nestes trâmites.
Serviços gerais de apoio:
7.- Limpeza e manutenção predial. As empresas costumam ter um administrador próprio que gerencia, organiza e serve de interface com a instituição prestadora de serviços afins. Há casos onde esta figura local não existe e estabelecem-se acordos e bases para a realização dos serviços, ficando por conta da contratada o controle da atividade e o desempenho dos seus funcionários, que são os encarregados de executar todos os serviços de limpeza e manutenção geral da instalação civil.
8.- Relações públicas. O marketing externo, o posicionamento da empresa no mercado, divulgação dos trabalhos e sucessos para a imprensa, ficam por conta de empresas do ramo de publicidade, existindo nas empresas de automação uma pessoa responsabilizada em passar as informações requeridas, assim como outros detalhes sobre o que será publicado e a finalidade.
Há também um conjunto de atividades, que vêm ganhando um espaço maior dentro da terceirização por parte das empresas de automação industrial de mediano e grande porte, mas ainda não constituem uma generalidade. Dentre elas podemos citar:
1.- Planejamento. Há empresas que contratam estes serviços a profissionais especializados em esta atividade para ser executada durante todo o empreendimento ou mais comumente para a fase de posta em marcha na obra propriamente dito.
2.- Gerenciamento. É uma atividade de alto custo a ser desempenhada por profissionais diferenciados no mercado, dependendo da envergadura do projeto e para a qual as empresas estão optando por contratar e contar com a experiência, competência e responsabilidade de especialistas afins.
3.- Importação. Não é raro que as empresas de automação industrial, visando reduzir os custos e usando as vantagens da globalização, negociem diretamente com os fornecedores e produtores, mas para a efetivação dos pedidos, apóiam-se em empresas de importação, que possuem os meios necessários e conhecem dos requisitos legais exigidos, contando com reconhecimento alto nesta atividade, pela segurança e eficiência.
4.- Consultoria jurídica. Atividade muito especializada e para a qual os escritórios de advocacia reservam espaços e profissionais para tratarem assuntos concernentes a contratos de projetos, questões trabalhistas, etc., estabelecendo parcerias e vínculos duradouros com empresas deste ramo industrial.
5. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA TERCEIRIZAÇÃO
O conceito de terceirização, estabelecido com regras e bases, data desde a II Guerra Mundial, praticado pela indústria bélica e foi introduzido pelos Estados Unidos. Já no Brasil, consolidou-se a partir da década de 1990 e começou pelas indústrias têxteis e automobilísticas.
A abertura do mercado e a globalização da economia facilitaram o fortalecimento desta atividade, forçando às empresas a desenvolverem estratégias competitivas baseadas na cooperação, para alcançar maior produtividade e qualidade, num cenário cada vez mais exigente.
Certamente a qualidade de um serviço ou de um produto, é um termo impreciso, mas em princípio precisa atender às necessidades e expectativas do cliente, assim como deve ter adequação ao uso a que se destina.
Como toda atividade humana, a terceirização tem suas imperfeições e acertos, ou como comumente conhece-se: vantagens e desvantagens.
Assim temos momentos paradoxais, tais como, por exemplo, a idoneidade do terceiro. Se achada, constitui uma vantagem, mas se errarmos na escolha, tornasse uma desvantagem significativa.
5.1 Vantagens da Terceirização
Nem sempre é possível abarcar tudo sob uma única estrutura empresarial por carecermos dos itens, produtos ou expertise suficiente em determinado assunto e desde esta ótica, a terceirização veio como uma solução viável de integração de diferentes atividades, administradas por um núcleo organizador, diretor e responsável.
A contratação de serviços dentro das convenções da terceirização nos poupa da necessidade de manter uma equipe própria que pode se tornar custosa e em época de carga baixa, obrigarmos a tomar decisões drásticas de diminuição do número de empregados, etc. Assim uma única empresa especializa-se em determinadas funções e atende a demanda para questões pontuais.
O gerenciamento de certos temas adquire matizes diferentes e menos traumáticos, ao prescindir de assumir salários, encargos sociais em geral, qualificação técnica do pessoal especializado assim como providenciar um espaço físico dentro da organização.
Atinge-se uma eficiência na racionalização e identificação das capacidades dos recursos humanos, garantindo um melhoramento da gestão das pessoas, ao serem direcionadas para aquilo que foram treinadas e onde podem demonstrar maiores e reais competências.
Geralmente os chamados consórcios que conseguem ganhar grandes projetos, baseiam-se neste princípio de dividir a execução e responsabilidade sobre as diferentes partes do empreendimento. Estes conseguem envolver uma quantidade considerável de grandes e pequenas empresas, mas para os efeitos do cliente final há um responsável vendedor, com o qual estabelecem os vínculos para cobranças, reclamações, planejamento e todo o relacionado com os serviços contratados e agregados.
A terceirização não pode ser enxergada exclusivamente como um caminho para reduzir os custos de mão-de-obra. Ela gera um ganho de qualidade, eficiência, especialização, eficácia no desenvolvimento e produtividade geral.
Por outro lado, também constitui uma alternativa de sobrevivência para muitas empresas que não pretendem, não podem, nem estão interessadas em se afastar da atividade fundamental, mas apresentam certa urgência na redução de custos.
Possibilita o crescimento sem grandes investimentos, preservando a focalização da empresa na sua área de atuação.
5.2 Desvantagens da Terceirização.
Uma terceirização mal fundamentada, concebida com graves erros, pode colocar em perigo a imagem da empresa responsável, privando-a do seu diferencial competitivo.
Para empresas que contemplam a produção e implementação de seus próprios produtos, a terceirização apresenta-se como uma arma poderosa para que mais usuários adotem suas produções, mas ao mesmo tempo obriga a estas empresas a estarem um passo à frente dos integradores para não serem constantemente cobradas pela falta de conhecimentos e de domínio de uma ferramenta em específico.
Os terceiros podem e têm o direito de andar pelos seus próprios pés e nesta tentativa a fuga da expertise e do capital humano é quase que inevitável, dadas as vantagens de valorização futura que o pessoal adquiriria na nova empresa.
Em outras palavras, aumenta a dependência de terceiros.
A terceirização tanto pode ser vilã como pode se tornar heroína.
Ela pode destruir todos os esforços feitos na etapa da realização como um todo, gerando insatisfação extrema nos clientes, ao tempo que pode acrescentar muito ao processo principal, funcionando como um acabamento perfeito da atividade.
Terceirizar, em muitos casos, é uma necessidade real e insubstituível.
Para não concluirmos em que é um Bem ou um Mal necessário, o melhor seria: ficarmos de olho!
5.3 Resistência à Terceirização.
Torna-se cada vez mais freqüente, o surgimento de clientes finais que colocam restrições ao emprego de terceiros por parte da empresa contratada.
6. CONCLUSÕES
Terceirizar serviços não significa perder o controle da empresa, ou o comando dos funcionários. A contratante pode ter controle total dos serviços terceirizados e de fato este é o caminho, para não experimentarmos a incômoda sensação, de perda do domínio da situação.
Parafraseando uma conhecida expressão, muito jocosamente empregada de maneira irônica num trabalho de publicidade na televisão brasileira, por uma companhia de telefonia celular: “Quem ama bloqueia”, neste caso a nossa dica seria: “Quem ama o seu negócio, fiscaliza os serviços terceirizados”.
Corre-se o risco do atual emprego ser substituído pela terceirização ou ser automatizado?
B2B Magazine. Riscos da Terceirização, Agosto 2009 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maio 2002 Priscilla Negrão. Panorama Brasil, Terceirização de serviços é economia para empresas. 21/05/2002
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