terça-feira, 28 de setembro de 2010

Artigo: Perigo a vista para os Clientes

Reflexões sobre certos cuidados a serem tomados pelos clientes no ambiente organizacional e ao tomar certas decisões.

http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao=14083

De uma forma ou outra, todos somos clientes.

Ficar nas mãos de um único fornecedor é um tiro no pé a curto prazo, tão curto como o tempo que demore o fornecedor em entender que você está nas mãos dele.

O teu poder de barganha diminui até se reduzir a zero. A dependência é extrema e total.

Já se foram os tempos em que podia exigir e sentar à mesa de negociações e sentirá saudades do clima que reinava. No teu reino, o rei mudou de lugar e você nem percebeu que foi você mesmo que o colocou nesta posição.

Com o decorrer dos dias começará a receber respostas vagas quando fizer reclamações, depois respostas grossas em circunstâncias de pedidos, que pouco tempo atrás eram rotineiros hoje são vistos como inusitados, até parar de receber respostas e se submeter à vontade e as exigências de quem outrora se desfazia em modos para te atender e agradar.

Hoje tudo é tão lindo, maravilhoso, ideal que impede enxergar a realidade que te espera no horizonte.

Um bom dia mudará todo o conceito do fornecimento, sem condições de usar os recursos antigos e te imporá uma substituição custosa da tua aparelhagem, alegando que a nova não tem conectividade com a existente e que a única solução é adquirir o que está sendo oferecido por completo.

O nosso sistema, o capitalismo, com todas as imperfeições que apresenta suas crueldades e injustiças, tem demonstrado a eficiência para o avanço e o progresso da vida, da humanidade (até com requintes desumanos) por cima de outros sistemas que sucumbiram e sucumbe. Uma das suas divisas a constitui a pluralidade, a diversidade, a existência de opções, a liberdade, a democracia e junto com tudo o anteriormente citado temos a concorrência, que é o motor impulsor da economia, do desenvolvimento do homem e do crescimento profissional.

Às vezes não entendemos por que os funcionários pedem demissão e nos parece ilógico não encontrarmos uma razão de peso, -entenda-se dinheiro – salário-, para ter dado esse passo. A maioria das pessoas gosta de fazer coisas diferentes, de enriquecer espiritualmente a nossa breve passagem por este mundo, reparar que com o passar do tempo não ficaram enclausuradas e reduzidas a uma gama de atividades e a um leque escasso de conhecimentos.

Admiramos a um colega que arriscou, não teve medo, foi empreendedor e procurou um espectro melhor para os seus dias. Pouco tempo depois já aprendeu e assimilou tantas coisas que os que ficaram no lugar durante anos não as aprenderam e o pior é que pelo visto, nada ou quase nada mudará a julgar pelos comportamentos dos que têm o poder de decidir.

É lamentável ver como os gestores que devem estimular o conhecimento e as habilidades das equipes, se mantêm tão aferrados e imersos na zona de conforto. Há um medo intrínseco a experimentar, a analisar e tomar decisões.

Não faço uma apologia da anarquia e da irresponsabilidade, senão pelo contrário, chamo a atenção para termos juízo e não cairmos em modismos efêmeros.

O momento mais crítico desse flagelo que é a censura o constitui a auto-censura.

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