segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Foto: Veneza. Itália.

Esta foto foi tomada no lado não turístico da ilha. Ainda bem que a vista é para o exterior. Os habitantes do lugar precisam se proteger da avalanche de turistas e dos altos preços que isto acompanha. Se algum dia visitar este legendário lugar e quiser economizar e ver como vive sua gente, procure se sair do roteiro turístico e com certeza o seu bolso agradecerá pelo que levar à boca.



Do lado de canal principal, o mais limpo de todos com saída / entrada direta do mar. É por aqui que navegam as famosas gôndolas fundamentalmente para turistas. Onde se conseguem ver as realizações dos sonhos de vários casais de fazerem um passeio pelos canais de Veneza e todo aquele romantismo que envolve. Será que eu sou tão pouco romântico que não consegui entender este misticismo?

A Praça de São Marcos (Piazza de San Marco). Não é tão grande como possa parecer para alguns, mas é bonita e aconchegante. É uma de manhã, outra de tarde e a noite muda novamente, só pelo matiz das coisas que nela acontecem. É famosa por vários eventos, o inesquecível show de Pink Floyds, porque quando a maré está alta, as águas do mar a invadem e outros de maior relevância histórica. Ela fica muita próxima ao cais por onde chegam os vaporettos carregados de estrangeiros ávidos por descobrir o mundo como era há tantos séculos atrás.

Logicamente eu não me hospedei na cidade, fiquei na localidade de Jesolo, no continente, numa praia do lado do Mar Adriático e todos os dias ia para Veneza.

Devo contar-lhes uma jocosa anedota relacionada com esta viagem. Estava morando e trabalhando em Paris e decidi junto com dois colegas brasileiros pagar uma excursão da Aliança Francesa, que costumam ser bem baratas e têm destinos às vezes inusuais ou incomuns.

Era um feriado prolongado e decidimos encarar esta viagem. A mesma seria em ônibus leito, onde a única semelhança com o que nós conhecemos por leitos é o nome, o resto dista muito de ser no referente a condições para dormir e conforto. As poltronas atingem um ângulo de inclinação muito próximo do nada, quase não reclinam. Surpreesivamente transformam-se num curioso esquema de beliches que quando chega a noite, o motorista pede para todos saírem e começa a montagem, de estreitas “camas” para duas pessoas e sem delimitações, ou seja, os pés de um dando na cara do outro e assim por diante, além de duras, fora de tomar em consideração o demorado do percurso, mesmo passando por lindos lugares entre eles o Mont Blanc, Milão, Genova, etc.

A guia era uma senhora idosa, uma “gracinha”! No Comments.

Quando chegamos ao nosso destino, depois de percorrer a ilha a pé, o que pode ser feito em pouco tempo, começamos a odisséia por achar uma outra via de retorno para Paris, porque ficamos traumatizados com aquele coletivo, tentamos de avião, de trem, de TGV, a qualquer preço e nada deu certo. Tivemos que pegar, dois dias depois, o trem para a cidade de Mestre onde majestosamente aguardava a nossa querida condução.

Foi um martírio e uma experiência única porque nunca a repetiria.

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